Deep Learning e Machine Learning: entenda a diferença.

A Inteligência Artificial (IA) tem se consolidado como uma das tecnologias mais influentes e transformadoras do nosso tempo. Nesse sentido, entre os diversos ramos que compõem esse campo, dois termos se destacam: Deep Learning e Machine Learning. Dessa forma, embora frequentemente usados de forma intercambiável, esses conceitos possuem diferenças significativas.

Portanto, neste texto, iremos explorar o avanço da Inteligência Artificial e também o que é o Deep Learning e o Machine Learning. Além disso, explicaremos as diferenças que existem entre esses dois conceitos.

O avanço da Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial evoluiu de maneira impressionante nas últimas décadas, transformando-se de um campo experimental em uma força motriz da inovação tecnológica. Inicialmente, a IA estava restrita a laboratórios de pesquisa e universidades, onde os cientistas exploravam conceitos teóricos e algoritmos básicos. 

No entanto, com o avanço exponencial do poder computacional, o aumento da disponibilidade de dados e o aperfeiçoamento dos algoritmos, a Inteligência Artificial passou a ser aplicada em uma ampla gama de setores. Logo, ela impacta profundamente a maneira como vivemos e trabalhamos.

Hoje, a IA é parte integrante de muitos produtos e serviços que utilizamos diariamente, desde assistentes virtuais como Siri e Alexa, até recomendações personalizadas em plataformas de streaming e comércio eletrônico. 

Sendo assim, empresas de todos os tamanhos estão adotando soluções que possuem base em Inteligência Artificial com os mais variados intuitos. Como exemplos, temos: otimizar operações, melhorar a experiência do cliente e desenvolver novos produtos e serviços.

Em conjunto a isso, a IA está desempenhando um papel crucial em áreas como medicina, onde auxilia no diagnóstico precoce de doenças, e em transporte, com o desenvolvimento de veículos autônomos. Então, essa revolução tecnológica está apenas começando, e as possibilidades futuras são vastas. Desse modo, ela promete transformar ainda mais indústrias inteiras e redefinir o que é possível na era digital.

O avanço da Inteligência Artificial na sociedade é notório, com uma ampliação constante de seus usos nos mais diversos setores.
O avanço da Inteligência Artificial na sociedade é notório, com uma ampliação constante de seus usos nos mais diversos setores. | Foto: DALL-E 3

O que é Deep Learning?

O Deep Learning é uma subárea específica de Machine Learning que se baseia em redes neurais artificiais, que têm inspiração na estrutura do cérebro humano. Nesse sentido, o termo “deep” refere-se à profundidade das camadas nas redes neurais, que são compostas por diversas camadas de neurônios artificiais. 

Dessa maneira, essas camadas trabalham em conjunto com o intuito de processar e interpretar dados complexos, extraindo padrões e insights com um nível de sofisticação que vai além das abordagens tradicionais.

Assim, uma das principais características do Deep Learning é sua capacidade de lidar com grandes volumes de dados e realizar tarefas que exigem um alto nível de abstração. Entre elas, temos: reconhecimento de voz, processamento de linguagem natural e análise de imagens. 

Do mesmo modo, esses modelos são treinados com vastos conjuntos de dados e utilizam poderosas unidades de processamento gráfico (GPUs) para acelerar o processo de aprendizado. 

Por fim, a aplicação do Deep Learning tem sido crucial em áreas como medicina, onde é usado para diagnosticar doenças a partir de imagens médicas. Em paralelo, ele tem utilização em tecnologias de condução autônoma, onde é essencial para a interpretação de dados em tempo real.

O que é o Machine Learning?

O Machine Learning, por sua vez, é um campo mais amplo dentro da Inteligência Artificial. Ele se concentra em desenvolver algoritmos e técnicas que permitem aos sistemas aprender a partir de dados.

Sendo assim, diferente de programas tradicionais, que seguem instruções explícitas, os sistemas de Machine Learning são projetados para identificar padrões nos dados. Posteriormente, eles têm a função de fazer previsões ou tomar decisões com base nesses padrões.

Dessa forma, é possível dividir o aprendizado de máquina em três categorias principais: aprendizado supervisionado, não supervisionado e por reforço. Em primeiro lugar, no aprendizado supervisionado, ocorre o treinamento do modelo com um conjunto de dados rotulados, ou seja, dados onde a saída desejada é conhecida. 

Já o aprendizado não supervisionado envolve dados sem rótulos e o objetivo dele é descobrir estruturas ocultas nos dados. Por último, o aprendizado por reforço se baseia em um sistema de recompensa, onde o modelo aprende a tomar decisões por meio de um processo de tentativa e erro.

Então, o Machine Learning possui uma gama variada de aplicações. Nelas, estão inclusas: sistemas de recomendação (como os que a Netflix e a Amazon utilizam), detecção de fraudes em transações financeiras, personalização de anúncios e também análise preditiva em diversos setores.

Qual é a diferença entre o Deep Learning e o Machine Learning?

Apesar de o Deep Learning ser uma subárea do Machine Learning, as duas abordagens possuem diferenças significativas em aspectos como complexidade, capacidades e aplicações. 

Nesse sentido, o Machine Learning abrange uma variedade de técnicas e algoritmos que permitem aos sistemas aprender a partir de dados. Enquanto isso, o Deep Learning é uma abordagem mais específica, que utiliza redes neurais profundas para lidar com problemas mais complexos e com maior volume de dados.

Logo, a principal diferença reside na forma como acontece a construção e o treinamento dos modelos. Primeiramente, os modelos de Machine Learning tradicionalmente exigem que os engenheiros identifiquem e extraiam manualmente as características mais relevantes dos dados (um processo conhecido como feature engineering).

Por outro lado, o Deep Learning automatiza esse processo. Desse modo, ele permite que a própria rede neural aprenda a extrair as características mais relevantes diretamente dos dados brutos.

Além disso, os modelos de Deep Learning geralmente requerem mais poder computacional e grandes volumes de dados para que seu treinamento ocorra de forma eficaz. Isso é algo que os torna mais adequados para problemas que envolvem dados não estruturados, como por exemplo imagens e áudio. Em contraste, o Machine Learning pode ser aplicado com sucesso em cenários onde os dados são menores e mais estruturados.

Em última análise, enquanto o Machine Learning pode ser visto como o “guarda-chuva” sob o qual várias técnicas de aprendizado se encontram, o Deep Learning é uma dessas técnicas. Assim, ele é focado em redes neurais profundas e ideal para tarefas que exigem processamento de grandes volumes de dados não estruturados. Portanto, compreender essas diferenças é crucial para escolher a abordagem certa para cada problema.

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