A.I. – Inteligência Artificial (2001): resumo e resenha crítica do filme

“A.I. – Inteligência Artificial” é um dos filmes mais fascinantes do início do século XXI, que contou com a direção de Steven Spielberg, mas com uma forte influência da visão de Stanley Kubrick. Com lançamento no ano de 2001, o filme explora questões filosóficas profundas sobre a natureza humana, o que significa ser “humano”, e os limites da Inteligência Artificial. 

A trama, ambientada em um futuro distópico, apresenta um mundo onde a humanidade criou robôs altamente sofisticados para desempenhar papéis essenciais na sociedade. Ou seja, a história do filme gira em torno de David, um protótipo de Mecha projetado para amar, que busca a aceitação e o amor de uma “mãe” humana.

Então, neste conteúdo, iremos fazer um resumo e também uma resenha crítica sobre o filme “A.I. – Inteligência Artificial”. Juntamente com isso, explicaremos onde a produção está disponível e discutiremos algumas lições a aprender com ela. Ademais, iremos refletir se vale a pena assistir a mesma.

Resumo do filme A.I – Inteligência Artificial

A história de “A.I. – Inteligência Artificial” se passa durante o século 22, um período em que o aquecimento global causou a elevação do nível do mar e alterou o clima do planeta. Isso foi algo que destruiu cidades costeiras e fez com que a população humana diminuísse consideravelmente. 

Em tal contexto, as grandes nações do mundo criaram robôs humanoides conhecidos como “Mechas”. Tais dispositivos desempenham papéis importantes na sociedade, de trabalhadores a assistentes pessoais. A empresa Cybertronics, localizada nas ruínas de Nova Iorque, é uma das principais fabricantes desses robôs.

A criação de David

David, um protótipo Mecha de onze anos, é criado para ser capaz de sentir emoções, como o amor. Ele é dado a Henry e Monica Swinton, uma família que está passando por dificuldades, já que o filho biológico do casal, Martin, está em animação suspensa devido a uma doença rara. 

Monica, inicialmente desconfortável com a presença de David, começa a desenvolver um vínculo afetivo com ele. Essa realidade ativando o seu “protocolo de impressão afetiva”, que faz com que David a ame incondicionalmente.

O conflito com Martin

Quando Martin é curado e volta para casa, ele começa a zombar de David, levando a uma série de eventos trágicos, que culminam no abandono de David por Monica. David, então, foge para encontrar a “Fada Azul”, um ser místico que ele acredita que pode transformá-lo em um humano de verdade, fazendo com que sua mãe o ame.

A jornada de David

Durante sua jornada, ele é acompanhado por Teddy, um ursinho de pelúcia robótico, e Gigolo Joe, um Mecha prostituto. Ao longo da história, David enfrenta a dura realidade de sua existência como uma máquina, tentando entender o que significa ser humano e encontrar um propósito para sua vida.

O encontro com a nova geração de Mechas

David acaba sendo resgatado por uma nova geração de Mechas, que recriam Monica a partir do material genético de um fio de cabelo. No final, David passa um dia perfeito com Monica, vivendo o amor que sempre desejou, mas com a tristeza de saber que ela não pode ser revivida.

Resenha crítica do filme A.I. – Inteligência Artificial

Quando se fala sobre “A.I – Inteligência Artificial”, o primeiro nome que vem à mente de muitos é Steven Spielberg. No entanto, a verdade é que o filme carrega uma forte influência de Stanley Kubrick. 

Em tal sentido, Kubrick, o gênio do cinema, foi o mentor por trás da ideia original e da produção do filme. Ou seja, ele baseou a obra no conto “Super-Toys Last All Summer Long”, de Brian Aldiss, e idealizou o conceito tanto visual quanto narrativo. 

Stanley era um perfeccionista, e sua visão permeia todo o filme, especialmente na trilha sonora. Ela é densamente tensa, o que é algo típico de suas obras. Spielberg, que assumiu a direção, trouxe sua própria sensibilidade emocional para a história, mas sempre sob o olhar de Kubrick.

Temas profundos de amor e criador

A história de “A.I – Inteligência Artificial” toca em temas profundos, como por exemplo a relação entre criador e criatura. Isso é algo que Kubrick explorou amplamente em “2001: Uma Odisseia no Espaço”. David, o robô criado para amar, busca constantemente o amor de sua mãe adotiva, Monica. 

Sua jornada se torna uma metáfora sobre o que significa ser humano. Em outras palavras, como espectadores, somos forçados a refletir sobre nossos próprios sentimentos de aceitação, amor e rejeição. 

Adicionalmente, o filme também coloca questões filosóficas sobre a responsabilidade dos criadores. Isso acontece quando a produção mostra que, embora David seja uma criação, ele se torna mais do que apenas uma máquina, desenvolvendo emoções genuínas.

A atuação de Haley Joel Osment como David

A atuação de Haley Joel Osment como David é impressionante. Sua capacidade de interpretar um Mecha com sentimentos humanos é o que dá ao filme uma força emocional significativa. O robô David não é apenas uma máquina em busca de sua mãe, mas um reflexo de nossas próprias buscas por amor e aceitação. Em muitos aspectos, o filme é uma exploração da nossa própria humanidade.

A relevância contemporânea sobre humanidade e tecnologia

Além disso, o filme toca em questões contemporâneas sobre a relação entre humanos e tecnologia. Nos dias de hoje, com a crescente presença da Inteligência Artificial em nossas vidas, o filme se torna ainda mais relevante.

Isso acontece pois ele questiona as implicações de criar seres artificiais que sejam capazes de sentir emoções e de agir de forma autônoma. Como sociedade, seremos capazes de lidar com a criação de IA que se assemelha tanto aos humanos?

Onde o filme A.I – Inteligência Artificial está disponível?

Para quem deseja assistir a “A.I. – Inteligência Artificial”, o filme está disponível em diversas plataformas de streaming e aluguel. Em primeiro lugar, no Amazon Prime Video, é possível comprar a produção por R$9,90 ou alugá-la por R$4,90. 

Segundamente, no Mercado Play, o filme está disponível gratuitamente, mas com a presença de anúncios. Já para quem preferir alugar em outras plataformas, a Apple TV oferece o aluguel por R$7,90, enquanto no YouTube o preço de aluguel é R$11,90.

Existem diversas opções de plataformas para quem tem o desejo de assistir o filme "A.I. - Inteligência Artificial".
Existem diversas opções de plataformas para quem tem o desejo de assistir o filme “A.I. – Inteligência Artificial”. | Foto: DALL-E 3

Lições a aprender com o filme A.I. – Inteligência Artificial

“A.I – Inteligência Artificial” é uma produção que oferece várias lições que vão além de sua trama futurista e tecnológica. Primeiramente, uma das principais lições do filme é sobre a natureza do amor e da aceitação. David, sendo uma máquina, busca desesperadamente o amor de sua mãe, e sua jornada nos leva a refletir sobre a nossa própria busca por afeto e a necessidade de ser aceito.

Em segundo lugar, outro aprendizado importante é sobre a responsabilidade que temos ao criar algo, seja um ser humano, uma Inteligência Artificial ou até mesmo qualquer outra forma de vida. 

Os criadores de David, como o Professor Hobby, representam a figura do criador que não consegue compreender totalmente o impacto de sua criação. Isso levanta questões sobre como lidamos com as consequências de nossas ações, principalmente quando se trata de criar algo que pode desenvolver emoções e desejos próprios.

Adicionalmente, o filme também nos ensina sobre a importância de entender quem somos e o que nos torna humanos. David, apesar de ser uma máquina, demonstra emoções que são incrivelmente humanas. 

Sendo assim, ele não é apenas uma máquina de buscar a perfeição. Do mesmo modo, é também um ser que experimenta o desejo e a dor de uma maneira que muitos humanos também experimentam. Portanto, a produção nos desafia a repensar o que realmente define a humanidade.

Vale a pena assistir o filme A.I. – Inteligência Artificial?

A resposta para essa pergunta é: sim, “A.I – Inteligência Artificial” é um filme que vale muito a pena ser assistido. Isso acontece em especial para as pessoas que apreciam uma boa reflexão filosófica sobre pontos como a tecnologia e a humanidade. 

Nesse sentido, a obra de Spielberg, que conta com a forte influência de Kubrick, é um conto visualmente impressionante e que também nos leva a questionar aspectos profundos da existência humana.

Caso você seja fã de filmes que misturam ficção científica com questões emocionais e filosóficas, essa produção é uma excelente escolha. A atuação de Haley Joel Osment e a complexidade do roteiro tornam a experiência cinematográfica muito mais do que apenas uma narrativa sobre robôs. Paralelamente, é uma jornada de autodescoberta e compreensão das nossas próprias emoções.

Em conjunto a isso, a relevância do filme só cresce à medida que a tecnologia avança, e questões sobre a Inteligência Artificial se tornam cada vez mais presentes em nosso cotidiano.

Logo, se você ainda não viu, não perca a chance de assistir “A.I – Inteligência Artificial” e se envolver em uma reflexão profunda sobre o futuro da humanidade e de sua relação com a tecnologia.

Concluindo, quer saber mais sobre a relação entre seres humanos e IA? Não deixe de conferir o filme “A.I – Inteligência Artificial”, uma obra cinematográfica que vai além da ficção e nos leva a questionar o que significa ser verdadeiramente um ser humano.

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