Altcoins: O que esperar da ADA e outras até maio deste ano?

As altcoins, criptomoedas alternativas ao Bitcoin, têm chamado a atenção tanto de investidores experientes quanto de novatos. No ano de 2025, com um primeiro trimestre e um mês de abril marcados por desafios macroeconômicos e um desempenho aquém das expectativas do BTC, muitos se perguntam: o que esperar das altcoins até maio deste ano?

Então, neste conteúdo, exploraremos o que esperar das altcoins até o mês de maio, bem como explicaremos como essas moedas virtuais surgem. Além disso, iremos listar alguns ativos digitais alternativos para ficar de olho nesse período e também elencar lições que podem ser aprendidas com o contexto atual deles. Por último, discutiremos se, pensando nesse contexto, vale investir nas criptos alternativas no atual momento.

O que esperar das altcoins até maio?

O ano de 2025 começou com o pé esquerdo para as criptomoedas. Em tal sentido, enquanto o Bitcoin teve uma queda de cerca de 13% no primeiro trimestre, as altcoins sofreram ainda mais. Segundo dados da plataforma Ripio, as perdas entre as 20 maiores moedas virtuais do mercado variaram de 35% a 50% entre janeiro e março.

Tal diferença de desempenho pode ser explicada por uma combinação de fatores. Em primeiro lugar, o BTC costuma ser considerado um “porto seguro” dentro do universo cripto, com menor volatilidade e maior aceitação institucional. Já as altcoins, por serem projetos mais novos ou com menos capitalização, tendem a sofrer mais em momentos de instabilidade.

Paralelamente, outro fator importante é o cenário macroeconômico. De acordo com André Franco, CEO da Boost Research, uma retomada consistente nos preços dos ativos digitais (incluindo altcoins e o próprio Bitcoin) depende do aumento da liquidez global. Isso pode ocorrer por meio da impressão de moeda (quantitative easing) ou cortes nas taxas de juros.

A influência da política monetária global

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, manteve a taxa de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano no mês de março de 2025. No entanto, a instituição sinalizou a possibilidade de dois cortes até o final do ano. 

Apesar disso, esse cenário pode ser alterado por fatores políticos, especialmente se o presidente Donald Trump implementar uma política tarifária agressiva. Essa abordagem tende a alimentar a inflação, o que obrigaria o Fed a repensar qualquer flexibilização monetária.

Mesmo assim, há otimismo no mercado. Sebastián Serrano, CEO da Ripio, acredita que o avanço da criptoeconomia é inevitável, mesmo diante de tropeços no curto prazo. Ele destaca que, com o amadurecimento do setor e a adoção institucional crescente, as altcoins podem se beneficiar substancialmente até maio, e mais ainda no médio e longo prazo.

Como surgem as altcoins?

As altcoins surgem como alternativas ao BTC com o objetivo de solucionar limitações percebidas na blockchain original ou de atender a novos casos de uso. Enquanto o Bitcoin foi criado no ano de 2009 com o objetivo de ser um sistema de dinheiro eletrônico peer-to-peer, outras criptos vieram com propostas distintas, como por exemplo contratos inteligentes, privacidade aprimorada ou velocidade de transações.

Nesse sentido, Ethereum (ETH), por exemplo, foi uma das primeiras altcoins a propor um diferencial claro: uma plataforma de contratos inteligentes que permitia a criação de aplicativos descentralizados (dApps). A partir dela, surgiram dezenas de outras criptomoedas com propósitos semelhantes, como Solana (SOL) e Cardano (ADA).

Tipos de altcoins

É possível classificar as altcoins em várias categorias:

  • Plataformas de contratos inteligentes: como Ethereum, Cardano e Solana;
  • Moedas de privacidade: como Monero (XMR) e Zcash (ZEC);
  • Stablecoins: como USDC e USDT, que visam manter paridade com moedas fiduciárias;
  • Tokens de governança: como AAVE, que permitem aos detentores votarem em decisões do protocolo;
  • Tokens de utilidade: usados em plataformas específicas, como SUI na blockchain Sui;

O surgimento de altcoins é, portanto, uma resposta à diversidade de necessidades dentro da criptoeconomia. Em outras palavras, a inovação constante gera novas moedas virtuais com diferentes propostas e modelos de negócio, o que amplia as opções, mas também exige maior discernimento dos investidores.

As altcoins surgem de projetos que podem ter diversas finalidades e intuitos dentro do contexto digital.
As altcoins surgem de projetos que podem ter diversas finalidades e intuitos dentro do contexto digital. | Foto: DALL-E 3

Altcoins para ficar de olho até maio

No início de abril, as corretoras brasileiras identificaram algumas altcoins que possuem potencial de crescimento ou relevância estratégica no mercado cripto. Sendo assim, entre as mais mencionadas estão:

  • Solana (SOL): ela é conhecida por sua alta escalabilidade e baixos custos de transação. Sua performance recente tem se destacado, inclusive com uso crescente em NFTs e games;
  • XRP (XRP): apesar das batalhas regulatórias nos EUA, continua sendo uma moeda virtual importante para transferências internacionais;
  • Sui (SUI): projeto emergente com foco em desempenho de rede e facilidade para desenvolvedores;
  • Aave (AAVE): um dos principais protocolos de empréstimos descentralizados, com uma comunidade ativa e estrutura de governança sólida;
  • Ondo Finance (ONDO): especializada em tokenização de ativos do mundo real, como por exemplo títulos de dívida;
  • Cardano (ADA): continua sendo uma das principais altcoins do mercado, com foco em segurança, escalabilidade e sustentabilidade.

Juntas, todas essas criptomoedas somam um valor de mercado que é de aproximadamente US$217 bilhões, conforme dados do CoinMarketCap. Mesmo após a retração dos preços no primeiro trimestre, elas mantêm fundamentos que justificam atenção redobrada.

Cardano (ADA): ainda promissora?

A Cardano, em especial, continua atraindo interesse devido a sua abordagem científica e peer-reviewed no desenvolvimento da blockchain. Desse modo, com atualizações regulares e uma comunidade engajada, a ADA pode se beneficiar de qualquer melhoria no cenário macroeconômico, além de novas parcerias no setor de educação e desenvolvimento sustentável.

Lições a aprender com o contexto atual das altcoins

Volatilidade é inerente

Uma das principais lições que todo investidor em criptoativos deve aprender desde cedo é que a volatilidade é parte integrante desse mercado. Ela não é uma exceção, mas sim uma característica constante. As altcoins, por serem geralmente projetos mais novos e menos consolidados que o Bitcoin, tendem a apresentar oscilações de preço ainda mais intensas. 

Isso significa que os momentos de alta podem ser extremamente lucrativos, mas as quedas também podem ser abruptas. Dessa maneira, é fundamental ter uma estratégia que seja clara e bem definida, além de conhecer o próprio perfil de investidor e entender até que ponto está disposto a correr riscos.

O papel da diversificação

Diversificar é outra lição valiosa. Em outras palavras, concentrar todos os investimentos em uma única altcoin, por mais promissora que pareça, pode ser um erro, principalmente em períodos de incerteza econômica global. 

Uma carteira bem equilibrada, composta por uma combinação de ativos como BTC, moedas alternativas com fundamentos sólidos e até mesmo stablecoins, pode ajudar a reduzir riscos e oferecer uma proteção maior contra a volatilidade excessiva.

Análise fundamentalista é crucial

Por fim, o cenário atual reforça a importância de uma análise fundamentalista que seja profunda. Investir apenas com base em “hype” ou promessas vagas pode ser perigoso. É essencial estudar o projeto, conhecer a equipe de desenvolvimento, entender quais problemas aquela altcoin se propõe a resolver e quais são seus diferenciais tecnológicos. 

Isso se deve ao fato de que uma decisão de investimento bem fundamentada é uma postura que aumenta significativamente as chances de sucesso dentro do mercado cripto no longo prazo.

Pensando nesse contexto, vale investir em altcoins agora?

Mesmo com o primeiro trimestre negativo, há argumentos para acreditar que as altcoins possam se recuperar até maio, ou ao menos começar um movimento de recuperação. O possível corte nas taxas de juros nos Estados Unidos, combinado com o aumento da adoção institucional, pode trazer de volta parte da liquidez necessária para impulsionar os preços dos criptoativos.

Por outro lado, o risco permanece elevado. A política econômica dos EUA, incertezas regulatórias e a imprevisibilidade do mercado cripto são fatores que podem atrasar ou até frustrar uma retomada consistente no curto prazo.

Estratégia para investidores

Para quem já está exposto ao mercado, o momento pode ser de rebalanceamento da carteira. Em outras palavras, reforçar posições em projetos sólidos, reduzir exposição a tokens muito voláteis e manter uma reserva em stablecoins pode ser uma boa estratégia.

Já para novos investidores, o ideal é entrar com cautela. Investimentos em altcoins devem ser feitos com uma visão de médio a longo prazo, evitando apostas baseadas apenas em tendências momentâneas ou “hypes” de redes sociais.

Conclusão

O que esperar das altcoins até maio de 2025 é uma questão que exige atenção ao cenário econômico global, aos fundamentos de cada projeto e também ao comportamento do mercado. Mesmo diante de um primeiro trimestre desafiador, há sinais de que o setor pode começar a se recuperar, principalmente se houver cortes nos juros e aumento da liquidez. 

Em resumo, criptomoedas como por exemplo Solana, ADA e AAVE continuam entre as mais promissoras, mas o momento é algo que pede cautela, análise criteriosa e estratégia clara. Portanto, para quem busca diversificação e está disposto a navegar na volatilidade do mercado cripto, as altcoins ainda representam uma oportunidade relevante.

Se você está pronto para aproveitar esse possível movimento de alta e deseja ampliar seus conhecimentos ou portfólio no universo cripto, comece agora a explorar mais sobre as altcoins e tome decisões informadas com base em dados, tendências e fundamentos sólidos.

Artigos recentes