Ansiedade: veja sua evolução entre millennials, geração Z e alpha.

A ansiedade é um dos temas centrais que vem ganhando destaque nas discussões relacionadas à saúde mental. Nesse sentido, isso acontece especialmente em um mundo onde as demandas e as pressões sociais parecem crescer de maneira exponencial. Essa condição da mente afeta as mais diversas gerações, sendo millennials, zoomers ou membros da geração alpha.

Logo, neste texto, vamos explorar as características específicas de cada um desses grupos e também o aumento das doenças da mente como um todo. Além disso, explicaremos como se deu a evolução da ansiedade entre as gerações, bem como discutiremos maneiras de combater essa condição entre cada uma delas.

O que são millennials, geração Z e alpha?

Para entendermos a evolução da ansiedade e de outras condições da mente, devemos primeiramente compreender características específicas das gerações que esse problemas mais afetam:

  • Millennials: também são conhecidos como a geração Y e nasceram entre 1980 e 1995. Eles cresceram em um período de grandes avanços tecnológicos, presenciando a transição de uma sociedade analógica para uma digital. Sendo assim, características marcantes dos millennials incluem a familiaridade com a tecnologia, o uso intensivo das redes sociais e uma valorização pela educação e desenvolvimento pessoal. Em paralelo, eles também são conhecidos por buscar um equilíbrio entre vida pessoal e profissional e por serem mais propensos a questionar normas tradicionais e buscar um propósito no trabalho;
  • Geração Z: compreende quem nasceu entre 1995 e 2010. Esta geração é a primeira a crescer com a internet e dispositivos móveis desde a infância, o que lhes proporciona um alto grau de familiaridade com a tecnologia desde cedo. Assim, descreve-se muitas vezes a geração Z como pragmática e realista, com um forte senso de justiça social e consciência digital. Adicionalmente, eles são nativos digitais, o que significa que sua vida social e de consumo é profundamente influenciada pelas mídias digitais e sociais;
  • Geração alpha: refere-se às crianças que nasceram a partir de 2010. Embora ainda estejam em suas fases iniciais de desenvolvimento, essa geração já está sendo moldada por um ambiente altamente tecnológico e conectado. Em outras palavras, eles são expostos à Inteligência Artificial, realidade aumentada e outras inovações tecnológicas desde cedo. Portanto, espera-se que a geração alpha seja ainda mais digitalmente fluente que seus predecessores, com uma habilidade inata para interagir com novas tecnologias e um potencial maior para adotar novas formas de aprendizado e comunicação;

O aumento nos problemas de saúde mental

É possível observar uma crescente significativa nos problemas de saúde mental em todo o mundo nas últimas décadas. Esse aumento pode ser atribuído a vários fatores, relacionados a mudanças econômicas, sociais e tecnológicas.

Em primeiro lugar, as mudanças na estrutura familiar, o aumento das expectativas educacionais e profissionais e as incertezas econômicas são fatores que afetam significativamente a saúde mental das pessoas. 

Adicionalmente, a globalização e a competitividade no mercado de trabalho também adicionam uma camada de estresse. Isso acontece principalmente para os jovens que estão tendo suas primeiras experiências dentro do mesmo.

Do mesmo modo, a onipresença da tecnologia e das redes sociais tem um impacto profundo na saúde mental. Nesse sentido, a pressão para estar sempre conectado, a comparação constante com os outros e a necessidade de apresentar uma imagem perfeita podem levar a sentimentos de inadequação e ansiedade. 

Dessa forma, estudos mostram que o uso excessivo das redes sociais está associado a maiores níveis de condições como ansiedade e depressão. Isso acontece especialmente entre jovens.

Por fim, a pandemia de COVID-19 exacerbou ainda mais os problemas de saúde mental. O isolamento social, a incerteza sobre o futuro e a interrupção das rotinas diárias contribuíram para um aumento significativo nos níveis de estresse e ansiedade em todas as faixas etárias, mas particularmente entre os jovens.

O uso excessivo da tecnologia é um dos fatores que contribuíram para o aumento dos problemas de saúde mental.
O uso excessivo da tecnologia é um dos fatores que contribuíram para o aumento dos problemas de saúde mental. | Foto: DALL-E 3

A evolução da ansiedade entre millennials, geração Z e alpha

A ansiedade tem se manifestado de maneira diferente entre as gerações, refletindo as circunstâncias e desafios únicos que cada grupo apresenta. Inicialmente, para os millennials, a ansiedade muitas vezes está ligada às pressões econômicas, como dívidas estudantis e a dificuldade de adquirir imóveis.

Para esses indivíduos, a busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional e a necessidade de encontrar um propósito no trabalho também são fontes comuns de estresse. Além disso, a constante comparação com os pares nas redes sociais pode aumentar a sensação de inadequação.

Já a geração Z enfrenta uma ansiedade significativa relacionada à incerteza do futuro. Desse modo, a crise climática, a instabilidade econômica e as questões sociais são preocupações constantes.

Em paralelo, a pressão para se destacar em um mundo hiperconectado e competitivo pode levar a níveis elevados de ansiedade. Esta geração também é mais aberta a falar sobre saúde mental e a buscar ajuda, o que pode contribuir para um maior diagnóstico de transtornos de ansiedade. 

Por último, embora ainda sejam jovens, as crianças da geração alpha já mostram sinais de estresse e ansiedade. Então, a exposição precoce à tecnologias e às mídias sociais pode influenciar negativamente sua saúde mental.

A pressão para estar constantemente conectado e a comparação com os outros desde cedo são fatores que podem contribuir para o desenvolvimento de ansiedade. Logo, à medida que crescem, a necessidade de adaptação rápida às mudanças tecnológicas e sociais provavelmente continuará a ser uma fonte de estresse.

Como combater a ansiedade entre as mais diferentes gerações

O combate à ansiedade exige abordagens personalizadas, que levem em consideração as características e necessidades específicas de cada geração: 

  • Millenais: para eles, é importante promover um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional. Assim, estratégias como mindfulness, terapia cognitivo-comportamental e a prática regular de exercícios físicos podem ajudar a reduzir os níveis de ansiedade. Além disso, as empresas podem apoiar seus funcionários oferecendo programas de bem-estar e promovendo um ambiente de trabalho flexível;
  • Geração Z: ela pode se beneficiar de uma abordagem que inclua apoio emocional, recursos educacionais sobre saúde mental e estratégias de coping. Em adição, incentivar o uso consciente da tecnologia e das redes sociais, promover atividades ao ar livre e a prática de esportes pode ser eficaz. As escolas e universidades também podem desempenhar um papel crucial, oferecendo programas de apoio psicológico e promovendo um ambiente inclusivo e acolhedor;
  • Geração alpha: para essa geração, é essencial criar um ambiente seguro e de apoio desde cedo. Limitar o tempo de tela, incentivar atividades físicas e promover interações sociais saudáveis podem ajudar a reduzir a ansiedade. Juntamente com isso, pais e educadores devem estar atentos aos sinais de estresse e oferecer suporte emocional adequado. Do mesmo modo, ensinar habilidades de resiliência e técnicas de gerenciamento de estresse desde a infância pode preparar melhor essas crianças para lidar com os desafios futuros;

Em suma, a ansiedade é um problema de saúde mental que afeta todas as gerações, mas se manifesta de maneiras diferentes em cada uma. Entender as características e desafios únicos de cada geração é fundamental para desenvolver estratégias eficazes de combate à essa condição.

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