Ashley, a ferramenta de IA para fazer campanhas políticas

Você sabia que a IA está sendo usada na política? Pois é, uma das ferramentas se chama Ashley. A princípio, a política é uma atividade humana que envolve a disputa pelo poder, a representação de interesses, a tomada de decisões coletivas, e a organização da sociedade. A política é também uma atividade que depende da comunicação, da informação, da persuasão, e do engajamento dos cidadãos. Nesse sentido, a política é influenciada pelas tecnologias que facilitam ou modificam esses processos.

Uma das tecnologias que está mudando a forma de fazer política é a Inteligência Artificial (IA), que é um campo da ciência que estuda, desenvolve e emprega máquinas para realizarem atividades humanas de maneira autônoma, como aprender, se adaptar e tomar decisões baseadas em dados. A IA pode trazer benefícios e desafios para a política, como maior eficiência, inovação, participação, mas também desinformação, manipulação, violação de privacidade e direitos, e hegemonia cultural.

Neste artigo, vamos falar sobre uma das primeiras ferramentas de IA a fazer campanha política nos Estados Unidos: a Ashley. A Ashley é uma voluntária de campanha virtual que usa IA generativa para falar com os eleitores por telefone. Ela pode personalizar as conversas de acordo com os perfis e as preferências dos eleitores, e falar em mais de 20 idiomas. Ela foi criada pela empresa Civox, que pretende trabalhar principalmente com candidatos e campanhas democratas.

Enfim, vamos conhecer melhor a Ashley, suas funcionalidades, vantagens, desafios, e o futuro das campanhas políticas com a IA.

O que é a Ashley?

Em suma, é uma ferramenta de IA generativa, que permite criar textos e vozes a partir de dados e algoritmos. Aliás, ela usa esses recursos para falar com os eleitores por telefone, adaptando as conversas de acordo com as informações que ela tem sobre cada pessoa, como idade, gênero, localização, preferências políticas, etc. Nesse sentido, ela também pode falar em mais de 20 idiomas, usando um sistema de tradução automática.

A Ashley é uma ferramenta de campanha política que foi desenvolvida pela empresa Civox, que é especializada em soluções de comunicação e engajamento para candidatos e campanhas democratas nos Estados Unidos. A empresa afirma que a Ashley é capaz de aumentar a participação dos eleitores, especialmente dos que são mais difíceis de alcançar, como os jovens, os imigrantes e os minoritários.

Quais são as funcionalidades da Ashley?

A Ashley tem algumas funcionalidades que a tornam uma ferramenta de campanha política inovadora e eficaz. Algumas delas são:

  • Ela pode falar em mais de 20 idiomas, usando um sistema de tradução automática. Isso permite que ela se comunique com os eleitores de diferentes origens, culturas e identidades, respeitando a sua diversidade e pluralidade.
  • Ela pode criar conteúdos gerados por IA, como textos, imagens, vídeos e áudios, que podem ser usados para divulgar propostas, atrair apoio, ou até mesmo substituir os candidatos em alguns casos. Isso permite que ela se adapte aos diferentes meios e formatos de comunicação, e que crie conteúdos mais atraentes e persuasivos.
  • Ela pode analisar os dados e as informações dos eleitores, usando técnicas de processamento de linguagem natural, para adaptar as mensagens e as estratégias de acordo com as características e as preferências de cada pessoa ou grupo. Isso permite que ela personalize as conversas, e que ofereça soluções mais adequadas e satisfatórias para os problemas e as demandas dos eleitores.
  • Ela pode monitorar e medir o impacto das campanhas, usando técnicas de análise de sentimentos e de opinião pública, para identificar as reações, as emoções e as tendências dos eleitores nas redes sociais e em outras fontes de dados. Isso permite que ela avalie a eficácia das campanhas, e que faça ajustes e melhorias nas suas ações e nos seus conteúdos.

Quais são as vantagens e desafios da Ashley?

A Ashley é uma ferramenta de campanha política que pode trazer benefícios e desafios para os candidatos, os eleitores e a democracia. Alguns deles são:

Vantagens da Ashley:

  • Ela pode aumentar o engajamento e a participação dos eleitores. Especialmente dos que são mais difíceis de alcançar, como os jovens, os imigrantes e os minoritários. Ela pode falar com eles em seus idiomas, respeitar suas culturas e identidades, e oferecer soluções para seus problemas e demandas.
  • Ela pode reduzir os custos e o tempo das campanhas políticas, automatizando as ligações telefônicas, e criando conteúdos gerados por IA. Ela pode fazer mais contatos em menos tempo, e usar recursos mais baratos e acessíveis do que os meios tradicionais de comunicação.
  • Ela pode inovar e se adaptar às mudanças sociais e tecnológicas, usando as novas possibilidades e formatos de comunicação, e criando conteúdos mais atraentes e persuasivos. Ela pode acompanhar as tendências e as preferências dos eleitores, e se diferenciar dos seus concorrentes.

Desafios da Ashley:

  • Ela pode gerar desinformação ou manipulação, criando conteúdos falsos ou enganosos, ou usando técnicas de persuasão e de psicologia comportamental. Ela pode influenciar a opinião pública, prejudicar a reputação de candidatos, ou até mesmo alterar os resultados das eleições.
  • Ela pode violar a privacidade ou os direitos autorais dos eleitores, usando seus dados pessoais sem consentimento, ou copiando ou modificando conteúdos protegidos. Ela pode violar as leis de proteção de dados e de privacidade, e gerar conflitos legais e éticos.
  • Ela pode impor uma visão de mundo dominante ou homogênea, que não reflita a diversidade e a pluralidade das culturas, dos idiomas, dos valores e das identidades dos eleitores. Ela pode afetar a representatividade e a participação política das minorias e dos grupos marginalizados.
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Imagem: DALL-E 3.

Qual é o futuro das campanhas políticas com a IA?

O futuro das campanhas políticas com a IA é um tema complexo e incerto. Afinal, isso envolve benefícios e riscos, oportunidades e desafios, para os candidatos, os eleitores e a democracia. A IA pode trazer inovações e eficiências para as campanhas, mas também pode gerar problemas éticos e legais. Assim como desinformação, manipulação, violação de privacidade e direitos, e hegemonia cultural.

Algumas das tendências e possibilidades que a IA pode oferecer para as campanhas políticas são:

  • A personalização e a segmentação dos eleitores. Assim, usando dados e algoritmos para adaptar as mensagens e as estratégias de acordo com as características e as preferências de cada pessoa ou grupo. Isso pode aumentar o engajamento e a satisfação dos eleitores, mas também pode reduzir o senso crítico e a autonomia dos cidadãos.
  • A criação de conteúdos gerados por IA, como textos, imagens, vídeos e áudios. Aliás, eles podem ser usados para divulgar propostas, atrair apoio, ou até mesmo substituir os candidatos em alguns casos. Isso pode ampliar o alcance e a diversidade das campanhas.
  • A tradução automática e a comunicação multilíngue, que podem ampliar o alcance e a diversidade das campanhas, permitindo que os candidatos falem com os eleitores em mais de 20 idiomas. Isso pode promover a inclusão e o respeito às diferentes culturas e identidades, mas também pode gerar problemas de qualidade, precisão e adequação da tradução.
  • A análise de sentimentos e de opinião pública, que podem monitorar e medir o impacto das campanhas, identificando as reações, as emoções e as tendências dos eleitores nas redes sociais e em outras fontes de dados. Isso pode ajudar os candidatos a ajustar e melhorar as suas ações e os seus conteúdos, mas também pode violar a privacidade e a liberdade de expressão dos eleitores.

Em última análise…

A Ashley é uma ferramenta de IA generativa que pode fazer campanha política por telefone, personalizando as conversas de acordo com os perfis e as preferências dos eleitores. Ela é uma das primeiras ferramentas de IA a fazer campanha política nos Estados Unidos, e foi criada pela empresa Civox, que pretende trabalhar principalmente com candidatos e campanhas democratas.

A Ashley tem algumas funcionalidades, vantagens e desafios, que a tornam uma ferramenta inovadora e eficaz, mas também problemática e controversa, para a política. Ela pode aumentar o engajamento e a participação dos eleitores, reduzir os custos e o tempo das campanhas, e inovar e se adaptar às mudanças sociais e tecnológicas. Mas ela também pode gerar desinformação ou manipulação, violar a privacidade ou os direitos autorais dos eleitores. Além de impor uma visão de mundo dominante ou homogênea.

O futuro das campanhas políticas com a IA é um tema complexo e incerto. Afinal, isso envolve benefícios e riscos, oportunidades e desafios, para os candidatos, os eleitores e a democracia. A IA pode trazer inovações e eficiências para as campanhas. Porém, as também pode gerar problemas éticos e legais, como desinformação, manipulação, violação de privacidade e direitos, e hegemonia cultural. Por isso, é importante que ética na política enquanto o uso da IA. Isto é, seguindo alguns princípios e diretrizes que visam garantir o respeito aos direitos humanos, à democracia, à transparência, à responsabilidade, à diversidade e à inclusão.

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