Os carros elétricos estão ganhando espaço no mercado. No entanto, um ponto que ainda chama a atenção sobre eles é o custo elevado da bateria dos mesmos. Desse modo, esse componente essencial para o funcionamento pode representar uma grande parte do custo total do carro.
Então, neste artigo, exploraremos o preço da bateria de alguns modelos populares de carros elétricos, bem como as razões para os valores elevados desse componente. Além disso, iremos discutir tanto a perspectiva de redução de custos quanto se investir em um veículo elétrico é uma decisão que vale a pena.
Veja o valor da bateria de alguns modelos de carro elétrico
- BYD Dolphin: a bateria do modelo é de 44,9 kWh e oferece garantia de 8 anos e sem limite de quilometragem. Seu custo é de R$62.490,00;
- Renault Kwid-e: possui uma bateria de 27 kWh, com garantia de 8 anos ou de 120 mil quilômetros. O preço desse componente é de R$41.290,00;
- Peugeot e-208 GT: sua bateria de 50 kWh tem garantia de 8 anos ou de 160 mil quilômetros, e o valor de reposição é de R$71.890,00;
- Nissan Leaf: tem uma bateria de 40 kWh, garantida por 8 anos ou 160 mil quilômetros, cujo gasto é de R$78.349,00;
- Renault Zoe: este modelo possui uma bateria de 41 kWh, com 8 anos ou 160 mil quilômetros de garantia, e custo de R$67.890,00;
- Chevrolet Bolt: equipado com uma bateria de 66 kWh, que possui uma garantia de 8 anos ou 160 mil quilômetros. O valor é de R$96.909,00;
- Fiat 500e: sua bateria de 42 kWh tem garantia de 8 anos ou 160 mil quilômetros, e o preço dela é de R$101.190,00;
- Porsche Taycan: provido com uma bateria que tem a capacidade de 93,4 kWh que oferece garantia de 8 anos ou 160 quilômetros. O gasto desse componente é de R$280.291,00;
- Tesla Cybertruck: a bateria deste modelo é de 123 kWh e conta com uma garantia de 8 anos ou 240 mil quilômetros. O preço é de R$291.990,00;
Por que esses componentes costumam ser caros?
O preço elevado da bateria de alguns modelos de carros elétricos é resultado de uma combinação de fatores, incluindo a tecnologia empregada, os materiais utilizados e a escala de produção.
Nesse sentido, as baterias de íons de lítio, amplamente utilizadas, exigem metais raros e caros, como por exemplo lítio, cobalto e níquel. A extração desses materiais é complexa e enfrenta desafios ambientais e logísticos, o que eleva seus custos. Juntamente com isso, a demanda global por esses metais em outros setores, como a indústria de eletrônicos, também contribui para o aumento dos preços.
Da mesma forma, a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias representam outro componente significativo dos custos. Empresas como Tesla, LG Chem e Panasonic investem bilhões em inovação para criar baterias mais eficientes, seguras e duráveis. Esses investimentos, inevitavelmente, são repassados aos consumidores.
Adicionalmente, outro ponto importante é a produção em escala. Embora o mercado de veículos elétricos esteja crescendo, ele ainda não atingiu um nível de maturidade que permita diluir os custos de produção em larga escala, como acontece com os veículos movidos a combustão.
Por fim, os impostos e taxas alfandegárias têm um impacto significativo, principalmente em países como o Brasil. Logo, essa carga tributária aumenta consideravelmente o preço final da bateria dos modelos, tornando os carros elétricos menos acessíveis.
É possível que a bateria dos carros elétricos fique mais barata?
Apesar dos desafios atuais, há grandes expectativas de que os preços da bateria dos modelos de carros elétricos diminuam nos próximos anos. Sendo assim, diversos fatores contribuem para essa projeção otimista.
Uma das principais tendências é o desenvolvimento de novas tecnologias, como as baterias de estado sólido. Elas prometem ser mais baratas, eficientes e seguras, em conjunto à utilização de materiais mais abundantes, como sódio e enxofre. Tais inovações podem reduzir significativamente os custos de produção.
Outro fator importante é o aumento da capacidade produtiva. Grandes fábricas, como as Gigafactories da Tesla, estão sendo construídas em diferentes partes do mundo, o que permite uma produção em larga escala. Isso deve reduzir os custos unitários e tornar os veículos elétricos mais acessíveis.
Paralelamente, a reciclagem de baterias também é uma solução promissora. Empresas estão desenvolvendo tecnologias para recuperar materiais valiosos de baterias usadas, como lítio e cobalto. Isso não apenas reduz a dependência da mineração, mas também diminui os custos de produção.
Além disso, governos de todo o mundo estão incentivando a adoção de veículos elétricos. Subsídios e incentivos fiscais ajudam a baratear os carros para os consumidores. Enquanto isso, investimentos em infraestrutura impulsionam a demanda e criam economias de escala.
Portanto, com esses avanços, a expectativa é de que o custo por quilowatt-hora, uma métrica-chave para determinar o preço das baterias, caia pela metade até 2030. Isso tornará os carros elétricos mais competitivos em relação aos veículos a combustão.
Vale a pena investir em um carro elétrico?
Ainda que o custo das baterias seja elevado, investir em um carro elétrico pode ser uma escolha vantajosa para quem busca sustentabilidade, economia a longo prazo e alinhamento com as tendências futuras.
Ou seja, embora o preço inicial de um veículo elétrico seja alto, os benefícios ao longo do tempo compensam isso. Menores custos de manutenção, economia com combustível e incentivos governamentais são algumas das vantagens. Da mesma maneira, as baterias têm garantia de longo prazo, reduzindo os riscos associados à sua substituição.
Para quem valoriza a preservação ambiental, os carros elétricos são uma excelente alternativa. Eles ajudam a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promovem uma mobilidade mais sustentável.
Em suma, com a rápida evolução tecnológica e as expectativa de redução nos custos de componentes, como a bateria, investir em um carro elétrico hoje pode ser um passo estratégico para o futuro.