A “Corrida do Ouro” do Bitcoin (BTC) é um dos eventos mais comentados entre os entusiastas de criptomoedas. Desse modo, iniciada em 2024, ela é um processo que promete mudar o cenário financeiro global. Mas o que isso realmente significa?
Então, neste artigo, entenderemos quando e como termina a “Corrida do Ouro” do Bitcoin e também como começou a mesma. Juntamente com isso, iremos discutir como esse processo pode influenciar o setor dos ativos digitais, bem como se, pensando nisso, vale comprar BTC no longo prazo.
Quando e como termina a “Corrida do Ouro” do Bitcoin?
O processo do Bitcoin, que se chama “Corrida do Ouro”, segundo Michael Saylor, começou em janeiro de 2024. Esse evento é descrito como um marco crucial na trajetória da moeda virtual. Saylor afirma que a corrida terminará em novembro de 2034. Nessa data, 99% de todo o BTC existente já terá sido minerado.
Após essa data, o processo de mineração será drasticamente reduzido. Sendo assim, o último 1% dos Bitcoins levará cerca de 100 anos para ser extraído. Isso significa que, na prática, a relação entre o estoque e o fluxo de BTC se tornará praticamente infinita. Tal dinâmica transformará o Bitcoin em uma cripto extremamente escassa, comparável ao ouro.
No entanto, por que isso importa? Porque a escassez é um dos principais fatores que determinam o valor do BTC. Em outras palavras, quanto menor o fluxo de novas criptomoedas, maior tende a ser o interesse do mercado. Assim, novembro de 2034 não é apenas uma data simbólica. Paralelamente, ela marca uma mudança fundamental na economia do Bitcoin.
Em conjunto a isso, essa corrida destaca a previsibilidade do sistema monetário do BTC. Ou seja, diferentemente das moedas fiduciárias, a oferta do ativo digital segue um cronograma rigoroso e imutável. Isso confere à criptomoeda uma característica única: a segurança de que sua escassez não será alterada.
Como começou a “Corrida do Ouro”?
De acordo com Michael Saylor, mudanças significativas no mercado financeiro foram responsáveis por impulsionar o início da “Corrida do Ouro”. Antes de 2024, instituições financeiras tradicionais, como bancos e corretoras, não tinham interesse em investir em Bitcoin. Em adição, não existiam ETFs à vista, o que limitava o acesso de investidores institucionais à moeda virtual.
Apesar disso, tudo mudou com a aprovação dos primeiros ETFs de BTC. Dessa forma, Saylor descreveu tal acontecimento como um “incêndio” que desencadeou um aumento significativo de interesse no mercado. Nos momentos seguintes, o Bitcoin deixou de ser apenas um ativo de nicho para se tornar um investimento viável para grandes instituições.
Da mesma maneira, Michael Saylor usa uma metáfora (“o gênio saiu da garrafa”) que ilustra bem o impacto dessa transformação. Logo, após a superação dessas barreiras regulatórias, o BTC ganhou uma legitimidade inédita na realidade do mercado financeiro global. A partir de então, a opinião de políticos, reguladores ou banqueiros perdeu relevância em relação ao destino da cripto.
Por fim, essa mudança também trouxe maior confiança para investidores individuais. Nesse sentido, a presença de instituições renomadas dentro do mercado de Bitcoin é algo que reforçou a credibilidade do mesmo. Isso criou um efeito em cadeia, que atraiu ainda mais pessoas para o universo das moedas virtuais.
![As ETFs de Bitcoin foram o marco que iniciou a "Corrida do Ouro" da criptomoeda.](https://i0.wp.com/eduka.ai/wp-content/uploads/2024/12/etfs.webp?resize=696%2C696&ssl=1)
Como esse contexto pode influenciar o mercado?
A “Corrida do Ouro” do BTC tem implicações profundas para o mercado financeiro. Em primeiro lugar, a entrada de grandes instituições aumenta a liquidez do mercado. Isso facilita transações e reduz a volatilidade, tornando o Bitcoin mais atrativo como reserva de valor.
Segundamente, o aumento da demanda institucional tende a elevar o preço do ativo digital. Com a oferta limitada, o interesse crescente cria pressão para cima nos preços. Esse cenário pode beneficiar investidores que entrarem cedo no mercado.
Do mesmo modo, outro ponto importante é a adoção do BTC como uma ferramenta de diversificação. Muitos fundos de investimento estão incluindo a criptomoeda em seus portfólios. Isso ocorre porque o Bitcoin possui baixa correlação com ativos tradicionais, como ações e títulos. Dessa forma, ele pode servir como proteção contra crises econômicas.
Por outro lado, a maior participação institucional também traz desafios. Em outras palavras, regulares ao redor de todo o mundo estão atentos ao crescimento do mercado de moedas virtuais. Isso pode resultar em novas regras que impactem tanto o uso quanto a negociação de BTC. Assim, é essencial que investidores acompanhem de perto as mudanças regulatórias.
Finalmente, a escassez projetada para 2034 pode levar a uma nova dinâmica no mercado. Com 99% dos Bitcoins minerados, o foco pode ser voltar para o uso da criptomoeda como uma reserva de valor definitiva. Isso pode consolidar o BTC como o “ouro digital” do século XXI.
Pensando nisso, vale comprar Bitcoin no longo prazo?
Dada a escassez do Bitcoin e o crescente interesse institucional, investir na cripto pode ser uma estratégia interessante. Entretanto, é crucial considerar alguns fatores antes de tomar uma decisão.
Primeiramente, o BTC é um ativo altamente volátil. Seu preço pode variar significativamente em curtos períodos. Devido a isso, é importante ter uma visão de longo prazo e evitar decisões impulsivas baseadas em movimentos de curto prazo.
Além disso, o mercado de Bitcoin ainda é relativamente jovem. Isso significa que ele está sujeito a mudanças rápidas, tanto em termos de tecnologia quanto de regulamentação. Ou seja, investidores devem estar preparados para se adaptar a essas mudanças.
Outro ponto é a diversificação. Sendo assim, colocar todo o capital em BTC pode ser algo arriscado. Dessa maneira, uma estratégia mais segura é alocar uma parte do portfólio em criptomoedas, mantendo o restante em ativos que são mais estáveis.
Em resumo, o Bitcoin apresenta características únicas como reserva de valor. Sua escassez, segurança e descentralização o tornam um ativo promissor para o futuro. Para investidores dispostos a lidar com a volatilidade e os riscos associados, ele pode ser uma opção valiosa no longo prazo. Então, avaliar o contexto e os objetivos financeiros pessoais é essencial para tomar decisões estratégicas e aproveitá-lo ao máximo.