O mercado de criptomoedas cresceu exponencialmente nos últimos anos. No entanto, sua volatilidade ainda é um dos maiores desafios para investidores. Pensando nisso, algumas empresas estão criando soluções para tornar esse tipo de investimento mais seguro. Sendo assim, um exemplo é a startup brasileira Cainvest, que lançou um produto inovador que permite investir em Bitcoin com capital protegido. Mas será que essa estratégia é realmente viável?
Então, neste conteúdo, explicaremos se é viável investir em BTC com capital protegido e também exploraremos outro projeto da empresa do Brasil. Além disso, iremos refletir sobre o surgimento de soluções para investir em Bitcoin, bem como pensar se podemos ver outras soluções para investir nessa cripto. Finalmente, discutiremos se vale a pena realizar um investimento na moeda virtual da maneira da startup.
É viável investir em Bitcoin com capital protegido?
A Cainvest anunciou recentemente um produto que tem foco em investidores que têm o desejo de entrar no mercado de ativos digitais com maior segurança. Desse modo, esse novo investimento protege 85% do capital contra eventuais desvalorizações e, ao mesmo tempo, permite capturar aproximadamente 40% da valorização do Bitcoin.
Segundo a empresa, é possível acessar esse produto por meio de plataformas bancárias tradicionais e também de serviços de private banking internacionais. Como ele possui um código ISIN (International Securities Identification Number), é possível negociar o mesmo em qualquer plataforma que ofereça compra e venda de ações e títulos de renda fixa.
Nesse sentido, o grande diferencial desse modelo é que ele combina a exposição direta ao BTC com derivativos que são estruturados e que ajudam a reduzir os riscos. Com isso, os investidores não ficam totalmente vulneráveis à volatilidade do mercado.
Paralelamente, a Cainvest também oferece opções de investimento com 100% de proteção, mas, nesse caso, o potencial de valorização é menor. Em outras palavras, o modelo que protege 85% do capital e permite ganhos de até 40% foi definido como o melhor equilíbrio entre segurança e retorno.
Da mesma forma, o pagamento da rentabilidade do investimento acontece em dólares americanos no vencimento. Isso é algo que também pode ser responsável por reduzir a exposição do investidor às oscilações da moeda local. Logo, esse tipo de solução pode atrair um público que deseja investir em Bitcoin, mas que ainda tem receio dos riscos envolvidos nisso.
Como funciona a proteção do capital?
O mecanismo que a Cainvest utiliza para proteger o capital envolve uma estratégia que combina a compra direta de BTC com instrumentos financeiros que limitam perdas. Essa abordagem é conhecida como estruturação de derivativos e já possui ampla utilização no mercado financeiro tradicional com o intuito de proteger investimentos contra variações bruscas de preços.
Finalmente, os derivativos permitem que o investidor estabeleça um limite máximo de perdas. Isso garante que, em um cenário de queda acentuada, uma parte significativa do capital investido seja preservada. Esse modelo já é aplicado em ativos como por exemplo ações e commodities e agora está sendo adaptado para o mercado de criptomoedas.
Outro projeto da startup que acha investimento em Bitcoin com capital protegido viável
Juntamente com o produto de investimento com proteção de capital, a Cainvest também tem inovado no mercado cripto por meio do lançamento da BRL1. Ela consiste em uma stablecoin pareada ao real.
Sendo assim, a criação de tal ativo digital aconteceu em parceria com as exchanges Bitso, Foxbit e Mercado Bitcoin (MB). Em conjunto a isso, tem como objetivo aumentar a liquidez do mercado brasileiro.
A BRL1 visa eliminar barreiras na movimentação de valores em reais entre plataformas nacionais e internacionais, o que pode tornar as transações mais rápidas e eficientes. Para facilitar sua adoção, as exchanges do consórcio permitirão a conversão gratuita entre BRL1 e o real, sem taxas de transação.
Do mesmo modo, o projeto irá estabelecer a BRL1 na blockchain Polygon, que possui reconhecimento por sua escalabilidade e baixo custo de transação. Isso significa que será possível utilizar a stablecoin não apenas para transferências entre exchanges, mas também para aplicações em protocolos DeFi e outras soluções do ecossistema de moedas digitais.
Como a BRL1 impacta o mercado de Bitcoin?
A criação de uma stablecoin que tem lastro no real pode beneficiar o mercado de Bitcoin ao proporcionar maior liquidez e facilitar transações entre diferentes plataformas. Com a BRL1, os investidores terão mais facilidade para movimentar seus recursos.
Isso acontece pois ela permitirá tal processo sem a necessidade de conversões complexas ou custos adicionais. Ou seja, essa inovação pode ser responsável por ajudar a impulsionar a adoção do BTC no Brasil e torná-lo um ativo ainda mais acessível.
O surgimento de soluções para investir em Bitcoin
Nos últimos anos, diversas empresas têm desenvolvido soluções com o intuito de tornar o investimento em Bitcoin mais seguro e acessível. Além dos produtos com capital protegido e stablecoins, há outras alternativas que ajudam a reduzir os riscos associados às criptomoedas, o que torna o mercado mais atrativo para investidores institucionais e individuais.
ETFs de Bitcoin
Os fundos negociados em bolsa (ETFs) de BTC são uma opção cada vez mais popular para investidores que desejam exposição à cripto sem, no entanto, precisar lidar com a complexidade da compra direta.
Esses fundos replicam o desempenho do Bitcoin e é possível adquirir o mesmo em bolsas tradicionais, facilitando o acesso e tornando o processo mais simples e seguro. Da mesma maneira, os ETFs eliminam a necessidade de armazenar diretamente os ativos digitais, o que reduz riscos como por exemplo perda de chaves privadas ou ataques cibernéticos.
Custódia segura de criptomoedas
A custódia de moedas virtuais também evoluiu significativamente nos últimos anos. Nos dias de hoje, há serviços especializados que oferecem armazenamento seguro de BTC por meio de carteiras frias (cold wallets) e soluções institucionais.
Esses serviços garantem a proteção das criptomoedas contra ataques cibernéticos, perdas acidentais e até falhas humanas, o que proporciona maior tranquilidade para investidores de grande porte.
Estratégias de hedge
Outra abordagem eficaz para reduzir os riscos do investimento em Bitcoin é o uso de estratégias de hedge, como a compra de contratos futuros e opções. Tais estratégias permitem que investidores limitem suas perdas e protejam seus investimentos contra quedas abruptas de preço, proporcionando maior previsibilidade e segurança financeira no mercado cripto.

Podemos ver outras soluções para investir em Bitcoin?
Em conjunto às opções que já mencionamos, o mercado de ativos digitais continua evoluindo e apresentando novas formas de investir em Bitcoin de uma forma que seja mais segura. Sendo assim, algumas dessas soluções incluem:
- Fundos multimercado com exposição a moedas virtuais: esses fundos investem em uma cesta diversificada de ativos, incluindo BTC e outras criptomoedas, ações, títulos e até commodities. Isso ajuda a reduzir os riscos específicos associados ao Bitcoin, como a volatilidade extrema, ao mesmo tempo em que oferece uma oportunidade de exposição ao mercado cripto. Tal contexto ocorre sem depender exclusivamente da valorização de uma única cripto;
- Renda passiva com staking e DeFi: algumas plataformas oferecem a possibilidade de gerar renda passiva com ativos digitais por meio de staking (bloqueio de tokens para contribuir com a segurança de uma rede) e DeFi (finanças descentralizadas). Essas opções permitem que os investidores ganhem juros sobre suas moedas virtuais. Isso oferece retornos atrativos sem a necessidade de vender seus BTCs, o que pode ser um modo interessante de obter lucro adicional em um mercado de alta volatilidade;
- Tokens de segurança (STOs): os tokens de segurança são ativos tokenizados que representam participações em empresas ou projetos do setor cripto. Por serem regulamentados, oferecem uma alternativa mais segura e transparente para quem deseja investir em criptomoedas de maneira mais estruturada e com maior conformidade legal.
Então, com tantas alternativas surgindo, o mercado de Bitcoin está se tornando cada vez mais acessível. Ou seja, ele permite que investidores de diferentes perfis encontrem soluções que se adequem aos seus objetivos e tolerância ao risco.
Vale a pena investir em Bitcoin com capital protegido?
O investimento em BTC com capital protegido é uma solução inovadora que pode atrair tanto investidores conservadores quanto aqueles que já estão familiarizados com o mercado cripto, mas desejam reduzir riscos.
Em tal sentido, o modelo que a Cainvest lançou apresenta uma abordagem equilibrada entre proteção e retorno. Desse modo, ela garante que a volatilidade do mercado não comprometa o capital investido.
Da mesma forma, a possibilidade de resgate em dólares americanos e a acessibilidade por meio de plataformas bancárias tradicionais são aspectos que tornam esse tipo de investimento ainda mais interessante. Para investidores que desejam exposição ao Bitcoin sem assumir riscos excessivos, essa pode ser uma alternativa bastante viável.
Em conclusão, com a evolução do mercado e também com o surgimento de novas soluções, o investimento em Bitcoin está se tornando cada vez mais seguro e acessível. Se você deseja aproveitar as oportunidades desse mercado promissor sem correr riscos desnecessários, considere explorar as diversas maneiras de investimento com capital protegido.
Assim, não perca tempo e descubra agora mesmo como realizar um investimento em Bitcoin de modo seguro e rentável.