A adoção de criptomoedas como meio de pagamento está crescendo a passos largos. Em tal sentido, o Brasil se destaca nesse cenário como uma das nações mais promissoras da América Latina.
Sendo assim, à medida que o mercado amadurece, empresas, consumidores e o próprio governo começam a enxergar as moedas digitais, como por exemplo o Bitcoin (BTC), o Ethereum (ETH) e as outras altcoins, como alternativas viáveis ao dinheiro tradicional.
Desse modo, seja para comprar produtos, pagar serviços ou até mesmo realizar transações internacionais, os brasileiros já vivem uma nova era em termos de liberdade financeira e inovação. Ou seja, o que antes parecia distante, agora é uma realidade: sim, é possível pagar com criptomoedas no país.
Assim, neste artigo, iremos entender o pagamento com Bitcoin e outras criptomoedas no Brasil e também explorar os motivos que levaram à essa realidade. Em conjunto a isso, listaremos as consequências dela para o mercado cripto brasileiro, bem como pensaremos se o país pode influenciar outras nações nessa tendência. Por último, iremos discutir se esse uso das moedas virtuais pode se expandir no futuro.
Entenda o pagamento com Bitcoin e outras criptomoedas no Brasil
Nos dias atuais, não é raro encontrar estabelecimentos comerciais no Brasil que já aceitam transações em moedas digitais. Isso ocorre em especial entre redes varejistas de médio e grande porte. Em outras palavras, desde cafeterias até lojas de eletrodomésticos, o pagamento com BTC e outros ativos digitais já faz parte da experiência de consumo de muitos brasileiros.
Assim, a tendência é algo que acompanha um movimento global. Nesse sentido, de acordo com a plataforma de pagamentos B2BinPay, nos Estados Unidos, cerca de 37% dos vendedores de e-commerce já aceitam criptos, e as vendas com criptomoedas nesse setor ultrapassam a marca dos US$18 bilhões.
Setores com maior adesão
No Brasil, alguns setores estão se destacando na adoção dos criptoativos como forma de pagamento. Sendo assim, detalhamos eles abaixo:
- Turismo e hospitalidade: empresas de aluguel de veículos, reservas de hotéis e passagens aéreas já aceitam criptomoedas;
- Educação: algumas universidades e plataformas EAD permitem o pagamento de cursos, mensalidades e até bolsas com Bitcoin e outras moedas virtuais;
- Saúde: clínicas e laboratórios adotaram as criptos como um meio de pagamento para exames, consultas e até seguros;
- Eventos e entretenimento: ingressos para shows, festivais e jogos esportivos também podem ser adquiridos com ativos digitais.
Facilitação de operações internacionais
Além do uso interno, as criptomoedas têm sido responsáveis por facilitar as operações transfronteiriças. Dessa maneira, os profissionais autônomos e as empresas que trabalham com clientes no exterior enfrentam menos barreiras burocráticas, taxas reduzidas e uma maior agilidade nos pagamentos ao utilizar blockchain como estrutura de liquidação.
Motivos que levaram a esse contexto das criptos no Brasil
Criptomoedas oferecem mais do que pagamento
A expansão do ecossistema cripto no Brasil está longe de ser apenas uma moda. Por outro lado, há razões sólidas que são responsáveis por explicar o crescimento acelerado dessa tecnologia no país.
Em primeiro lugar, os ativos digitais trazem eficiência, autonomia e inclusão ao sistema financeiro tradicional. Isso se deve ao fato de que o uso de blockchain permite transações rápidas, seguras e sem intermediários, o que se traduz em menor custo tanto para os consumidores quanto para as empresas.
Descentralização como diferencial
Diferente de ferramentas como por exemplo o Pix ou os cartões de crédito, que dependem de instituições financeiras e do sistema bancário nacional, as criptomoedas são descentralizadas. Isso significa que não há fronteiras geográficas limitando seu uso, o que permite que usuários façam pagamentos ou recebam valores de qualquer lugar do mundo com total liberdade.
Inovação financeira no Brasil
O Brasil tem sido terreno fértil para a inovação financeira. Em tal sentido, a chegada de fintechs, o sucesso do Pix e a postura moderna do Banco Central são aspectos que têm criado um ecossistema preparado para absorver novas tecnologias. Desse modo, tal abertura à inovação fortalece a confiança nas criptomoedas como instrumento viável de pagamento.
Dados sobre adoção no Brasil
Segundo o relatório “Status do Pagamento com Criptomoedas no Brasil 2024”, da Foxbit Business, 16% dos estabelecimentos comerciais do país já aceitam moedas virtuais como forma de pagamento.
Em paralelo, há um dado que é ainda mais significativo: 78% dos consumidores brasileiros disseram ter interesse em utilizar ativos digitais em suas compras do dia a dia. Ou seja, esses números refletem um ambiente favorável para o avanço desse modelo econômico.
Consequências dessa realidade para o mercado cripto do Brasil
Valorização dos criptoativos como ativos funcionais
Com o aumento da aceitação de criptomoedas como meio de pagamento no Brasil, há uma clara tendência de valorização dos ativos digitais além da perspectiva de investimento. O Bitcoin, por exemplo, que antes era visto apenas como uma reserva de valor, agora começa a ser reconhecido como um meio de troca legítimo e funcional.
Estímulo à criação de infraestrutura
Esse novo cenário também é responsável por estimular o desenvolvimento de soluções em infraestrutura digital, como por exemplo carteiras cripto de uso fácil, terminais de pagamento compatíveis com blockchain e plataformas de integração para e-commerces.
Sendo assim, diversas startups brasileiras já estão explorando esse nicho com ferramentas inovadoras que aproximam o uso do criptoativo da experiência do cartão de crédito tradicional.
Geração de empregos e novos modelos de negócio
Com o crescimento do setor, novas oportunidades surgem em áreas como programação blockchain, análise de dados, marketing digital para ativos cripto, atendimento ao cliente em plataformas descentralizadas, entre outras. Devido a isso, o Brasil começa a ver um novo ecossistema de negócios surgindo. Tal contexto possui foco em inovação, segurança e descentralização.

O Brasil pode influenciar outros países nessa tendência?
O Brasil é atualmente uma das maiores economias da América Latina e, por isso, suas decisões e tendências têm grande potencial de influenciar os países vizinhos. No mercado de criptoativos, o país já exerce um papel de liderança, tanto pelo volume expressivo de transações quanto pelas iniciativas regulatórias em andamento.
Sendo assim, esse protagonismo vem sendo consolidado por uma combinação de fatores. Eles incluem o engajamento do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na construção de um ambiente legal que seja mais claro e também mais seguro.
Exportação de modelos regulatórios
A criação de um marco regulatório sólido, que seja responsável por equilibrar inovação e segurança jurídica, pode ser um marco que irá transformar o Brasil em uma referência internacional.
Países emergentes, especialmente os da América Latina, podem adotar como modelo as diretrizes brasileiras, adaptando-as às suas realidades. Logo, esse movimento posiciona o país como um ponto de referência global em termos de regulação de moedas virtuais.
Parcerias internacionais
Em conjunto a isso, empresas brasileiras estão utilizando criptoativos com o intuito de facilitar pagamentos e transações internacionais, o que as torna mais competitivas no cenário global.
Tecnologias como por exemplo blockchain e contratos inteligentes estão sendo aplicadas para reduzir custos, aumentar a transparência e acelerar os processos comerciais. Com isso, o Brasil não apenas fortalece suas relações comerciais. Adicionalmente, também abre novas rotas de exportação que têm base em inovação tecnológica.
Esse uso das criptomoedas no Brasil pode se expandir no futuro?
A expansão do uso de criptomoedas no Brasil é algo que tem potencial para ajudar no processo de reduzir desigualdades. Em outras palavras, nos locais onde o acesso bancário é limitado, o uso de uma carteira digital descentralizada pode ser responsável por representar a primeira oportunidade de participação efetiva na economia virtual.
Educação financeira como pilar
A expansão sustentável do uso de criptoativos no país é algo que passa necessariamente por programas de educação financeira. Nesse sentido, iniciativas públicas e privadas têm surgido para capacitar a população a entender o funcionamento das moedas digitais, como protegê-las e usá-las de forma segura.
Avanço da regulamentação
Com o avanço das regulações específicas para criptoativos, como por exemplo o Marco Legal das Criptomoedas, que já está em tramitação, o uso de moedas virtuais tende a se consolidar no cotidiano. Isso dará mais segurança para consumidores, investidores e empresas, o que pode impulsionar ainda mais o crescimento desse setor.
Previsão otimista para os próximos anos
Nos próximos 5 a 10 anos, o cenário mais provável é o da consolidação dos ativos digitais como um meio de pagamento comum no Brasil. Dessa maneira, a união de fatores como educação, infraestrutura digital e ambiente regulatório tornará a experiência cada vez mais natural para o usuário final, seja ele uma empresa ou pessoa física.
Em conclusão, o avanço das criptomoedas como meio de pagamento no Brasil é mais do que uma tendência passageira. Paralelamente, é um movimento estrutural que transforma a forma como lidamos com dinheiro, consumo e acesso a serviços. A adoção crescente por parte de empresas e consumidores, aliada à evolução das regulamentações e da infraestrutura, coloca o Brasil como referência global nesse novo cenário digital.
Está pronto para fazer parte dessa revolução? Comece agora mesmo a aceitar ou pagar com moedas virtuais e aproveite tudo que o futuro reserva para o mercado financeiro do Brasil.