Bryan Johnson (milionário da tecnologia) quer viver para sempre

Bryan Johnson é um milionário da tecnologia que está chamando atenção do mundo por um motivo no mínimo incomum: ele quer viver para sempre. Desse modo, o fundador da empresa de pagamentos Braintree, que foi vendida ao PayPal por US$800 milhões, não apenas sonha com a imortalidade, mas investe pesado nisso. 

Aos 47 anos, o empresário embarcou em uma jornada obsessiva em busca do rejuvenescimento e da longevidade, estabelecendo um dos mais ousados experimentos pessoais da atualidade. Seu projeto, chamado de Blueprint, combina ciência, tecnologia, medicina, dietas rigorosas e até transfusões de sangue com o objetivo de reverter sua idade biológica. 

Logo, neste conteúdo, entenderemos o contexto do milionário de tecnologia Bryan Johnson querer viver para sempre e também explicaremos como funciona seu projeto que visa essa situação. Além disso, iremos listar possíveis consequências do mesmo, bem como elencar algumas polêmicas sobre o contexto. Por fim, elencaremos lições que podem ser aprendidas com ele.

Entenda o contexto do milionário da tecnologia Bryan Johnson querer viver para sempre

Bryan Johnson é um milionário que tem um único objetivo na vida: viver para sempre. Mais do que um desejo excêntrico, sua meta é respaldada por dados, exames e uma rotina completamente voltada à longevidade. 

O empresário chama atenção por ser um homem de 47 anos que deseja ter um corpo de 18. Para isso, está disposto a colocar sua fortuna e o próprio corpo em risco, experimentando um protocolo antienvelhecimento meticulosamente elaborado.

Dessa maneira, o projeto de Bryan envolve o uso de dezenas de suplementos, remédios, terapias de ponta, exames constantes e uma rotina de exercícios físicos. Até agora, ele conseguiu retroceder sua idade biológica em 5 anos, em apenas 7 meses, o que significa que está envelhecendo a uma velocidade de 0,69. 

Isso quer dizer que, a cada 12 meses cronológicos, seu corpo envelhece apenas 8. Os resultados foram validados por uma equipe médica liderada pelo Dr. Oliver Zolman, especialista em longevidade e medicina regenerativa.

Blueprint, nome dado ao projeto, é uma iniciativa compartilhada mundialmente. Johnson disponibiliza informações detalhadas em seu site oficial, como protocolos, receitas, suplementos e exames. Ele também é o foco de um documentário da Netflix, “O Homem que Quer Viver para Sempre”, onde sua rotina extrema é exibida ao público.

A curiosa história de Bryan Johnson inspirou uma série da Netflix.
A curiosa história de Bryan Johnson inspirou uma série da Netflix. | Foto: DALL-E 3

Como funciona o projeto de Bryan Johnson para viver para sempre?

O projeto teve início quando Bryan Johnson conheceu o Dr. Oliver Zolman, um jovem médico britânico com formação em Cambridge, que passou anos estudando a ciência do envelhecimento. 

No documentário da Netflix, Zolman revela que, no começo, Bryan estava perdido, tentando diversos procedimentos sem eficácia comprovada. Para mudar esse cenário, o médico propôs uma estrutura clara, dividida em três níveis de sofisticação, com foco no monitoramento constante dos órgãos, que envelhecem em ritmos diferentes.

A filosofia por trás do Blueprint é tratar o envelhecimento como uma doença. O foco é desacelerar ou até mesmo reverter o processo natural do corpo humano. Para isso, Johnson realiza avaliações semanais de marcadores de saúde, exames sanguíneos, testes de imagem e medições genéticas.

A rotina diária de Bryan Johnson

A rotina do milionário é milimetricamente planejada. Ele acorda todos os dias às 4h30 da manhã, após dormir pontualmente às 20h30. Sua exposição à luz solar é feita por meio de dispositivos que simulam a luz do sol. Paralelamente, antes mesmo do café da manhã, ele consome cerca de 130 comprimidos contendo suplementos e substâncias medicinais variadas.

Em conjunto a isso, coloca eletrodos nos ouvidos que estimulam o sistema nervoso autônomo e faz uma hora de exercícios físicos diários. Do mesmo modo, ele também realiza estimulação eletromagnética de alta frequência no abdômen para manter os órgãos internos em ótimo estado.

Outro aspecto é que, dependendo do índice UV, ele sequer pode sair de casa. Nesse sentido, a exposição solar excessiva é considerada um fator de envelhecimento e, por isso, é evitada ao máximo.

Protocolos de terapia e exames

Bryan Johnson também se submete a terapias alternativas, como por exemplo a variação da frequência cardíaca, luz infravermelha e terapias sonoras. Uma das mais polêmicas é a terapia de ondas de choque para disfunção erétil, mesmo sem apresentar o problema. O objetivo é prevenir qualquer sinal de deterioração.

Adicionalmente, outros procedimentos incluem ressonância magnética do corpo inteiro, rejuvenescimento articular com células-tronco e acompanhamento médico constante. Vale ressaltar que qualquer efeito colateral detectado interrompe imediatamente o tratamento, como aconteceu com o uso do hormônio do crescimento humano, descontinuado após 110 dias.

Possíveis consequências do projeto de Bryan Johnson

Em parceria com Zolman, Bryan adotou uma abordagem alimentar que é extremamente rigorosa. Sendo assim, a dieta é baseada em dados coletados de seus órgãos, os quais “decidem” o que ele deve ou não consumir. Logo, o objetivo é fornecer ao corpo apenas nutrientes que promovam regeneração e longevidade.

O empresário consome cerca de 2 mil calorias por dia, com refeições que incluem uma variedade de legumes, frutas, castanhas e proteínas vegetais. Em outras palavras, nada é improvisado, pois cada ingrediente é medido com precisão, considerando seu impacto nos biomarcadores de envelhecimento.

Quando questionado se sentia fome, Bryan admitiu que sim, mas declarou que está disposto a esse sacrifício em nome de um corpo mais jovem e saudável. O controle emocional e mental também faz parte do plano, já que a alimentação é um dos principais fatores ligados ao envelhecimento.

Riscos físicos e psicológicos

Apesar de os resultados parecerem promissores, o projeto é extremamente arriscado. Em tal sentido, modificações genéticas, terapias experimentais e restrições severas podem gerar efeitos adversos de longo prazo. Da mesma forma, a pressão psicológica por manter um estilo de vida tão restrito também levanta preocupações.

Juntamente com isso, há a possibilidade de o projeto fracassar, já que a ciência do rejuvenescimento ainda está em estágio inicial. Testes em seres humanos são recentes, e muitos protocolos ainda não foram validados por estudos de longo prazo.

Polêmicas sobre o contexto de Bryan Johnson

A transfusão de sangue com o filho

Uma das maiores polêmicas que envolvem Bryan Johnson foi a troca de plasma sanguíneo com seu filho Talmage, de apenas 17 anos. Tal procedimento teve inspiração em estudos feitos com camundongos, onde a transfusão de sangue jovem foi responsável por reverter sinais de envelhecimento. O objetivo de Bryan era rejuvenescer seus órgãos com o sangue do filho, o que gerou forte reação pública.

Além da questão ética, a prática é vista com ceticismo pela comunidade científica. Zolman, seu médico, o advertiu sobre os perigos e também sobre a ausência de comprovação científica sólida. Mesmo assim, o empresário levou adiante o procedimento, sendo acusado por internautas de explorar o próprio filho.

Com isso, muitos o chamaram de vigarista e afirmaram que ele estava usando o projeto apenas como forma de autopromoção. Para alguns, Bryan Johnson está preso em uma utopia futurista, incapaz de apreciar o presente.

Críticas da comunidade científica

Outro ponto de conflito são as críticas vindas de cientistas renomados. Vadim Gladyshev, professor da Escola de Medicina de Harvard, afirmou que o projeto “não é ciência, é só atenção”. Segundo ele, o excesso de procedimentos e a abordagem isolada não contribuem para o avanço real da área da longevidade.

Apesar disso, Bryan segue em frente com otimismo. Um de seus últimos procedimentos foi a terapia genética, que é considerada uma das medidas mais extremas e arriscadas para modificar o envelhecimento. Em outras palavras, a técnica altera o DNA e o epigenoma, podendo resultar em mudanças imprevisíveis no corpo humano.

Lições a aprender com a situação de Bryan Johnson

Entre o fascínio e o perigo

A história de Bryan Johnson oferece insights importantes. Por um lado, ele se tornou um símbolo do que é possível alcançar com ciência, tecnologia e disciplina. Em contrapartida, levanta questões éticas, médicas e filosóficas profundas.

Sendo assim, seu projeto revela o fascínio humano pela juventude eterna e o medo da morte. Ou seja, é uma narrativa que mistura desejo, inovação e obsessão. Mesmo que muitos vejam loucura em sua busca, outros enxergam progresso. Afinal, sem pessoas como ele, será que a ciência teria coragem de explorar limites tão extremos?

Reflexão sobre o que é “viver para sempre”

Viver para sempre pode ser um sonho, mas também um fardo. Nesse sentido, o estilo de vida de Bryan exige abdicar de prazeres simples e viver sob um rigor quase militar. Mas, a pergunta que fica é: vale a pena prolongar a vida se o custo for abrir mão da liberdade?

Em resumo, mesmo sem seguir todos os passos de Bryan Johnson, podemos aprender com sua dedicação à saúde. Dessa maneira, alimentação equilibrada, sono de qualidade e exercícios são pilares acessíveis para uma vida longa. 

Com o projeto Blueprint, Bryan desafia os limites da ciência e levanta debates sobre medicina, ética e longevidade. Portanto, ele busca mais que viver para sempre: provocar reflexões sobre o que significa viver bem. 

Quer saber mais sobre longevidade e inovação? Acompanhe conteúdos sobre a história de Bryan Johnson e fique por dentro das tendências em ciência, tecnologia e saúde.

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