Computação espacial já virou realidade? Veja alguns produtos.

A computação espacial está transformando a forma como a humanidade interage com o mundo ao seu redor. Nesse sentido, ao combinar tecnologias como Inteligência Artificial (IA), aprendizado de máquina e dados espaciais, ela cria uma interação entre o ambiente físico e o digital. Dessa maneira, ela está constantemente em processo de evolução.

Logo, iremos explorar o estado atual da computação espacial, bem como alguns produtos dessa tecnologia que já estão disponíveis. Juntamente com isso, listaremos os setores que estão sendo transformados pela mesma e também o que esperar dessa revolução tecnológica nos próximos momentos.

A computação espacial já é uma realidade?

A computação espacial já se tornou realidade, mesmo que ainda esteja em seus primeiros estágios de adoção na sociedade. Sendo assim, essa tecnologia permite que dispositivos “entendam” o ambiente físico e integrem informações digitais a ele. Em outras palavras, ao invés de interagir com telas, os usuários podem se engajar diretamente com projeções digitais no espaço ao seu redor.

Desse modo, um dos principais avanços nessa área são os dispositivos de realidade aumentada (RA) e realidade mista (RM), que permitem a sobreposição de elementos digitais em cenários reais.

Existem diversos dispositivos que podem ser citados como exemplos do jeito que essa integração está acontecendo. Tais aparelhos possuem recursos que têm o objetivo de mapear o ambiente e projetar objetos digitais em tempo real.

Grandes empresas como por exemplo Apple, Microsoft e Meta são as líderes quando se pensa em desenvolvimento da computação espacial. Assim, o investimento crescente nessas tecnologias é um forte indicador de sua importância estratégica para o futuro.

Devido a todo esse contexto, podemos afirmar que a computação espacial não é mais uma tecnologia da ficção científica. Na realidade, ela já está presente em produtos que utilizamos ou que se tornarão acessíveis nos próximos anos.

Contudo, sua adoção em larga escala ainda enfrenta barreiras. Os custos elevados e a complexidade tecnológica limitam sua acessibilidade. Apesar disso, as melhorias contínuas em hardware e software tornam a popularização inevitável. Logo, com os avanços em conectividade e IA, o impacto da computação espacial será cada vez maior.

Alguns produtos dessa tecnologia

Os avanços no setor da computação espacial deram origem a dispositivos inovadores que demonstram o potencial dessa tecnologia. Abaixo, vamos conhecer alguns exemplos, os quais possuem especificações impressionantes:

  1. HoloLens 2 (Microsoft): este dispositivo de realidade mista utiliza um processador HPU e Inteligência Artificial para processamento em tempo real. Além disso, oferece um campo de visão de 52°  e resolução 2K por olho, em conjunto a sensores que são responsáveis pelo rastreamento ocular e mapeamento 3D de alta precisão;
  1. Magic Leap 2: um dos headsets mais avançados de realidade aumentada, com campo de visão de 70° e escurecimento dinâmico para ambientes iluminados. Da mesma forma, alimentado por um processador AMD Zen 2, suporta gráficos detalhados e experiências complexas;
  1. ARKit (Apple): é uma plataforma para iOS que utiliza sensores LiDAR e câmeras TrueDepth para entregar quesitos como: mapeamento preciso, rastreamento de movimento e integração de objetos digitais ao espaço real;
  1. Oculus Quest 3: embora esse aparelho seja focado em realidade virtual, incorpora rastreamento espacial com sensores externos e resolução de 2064 x 2208 em cada olho. Juntamente com isso, é equipado com Snapdragon XR2 Gen 2, o que faz com que ofereça gráficos avançados e também alta imersão;
  1. Drones com SLAM: são equipamentos que possuem sensores LiDAR ou câmeras RGB-D, mapeiam espaços em tempo real e criam mapas 3D detalhados. Essas máquinas ampliam as aplicações da computação espacial além dos dispositivos móveis.
Atualmente, o principal produto da computação espacial é o óculos RV.
Atualmente, o principal produto da computação espacial é o óculos RV. | Foto: DALL-E 3

Quais setores essa tecnologia está mudando?

  • Saúde: na área médica, a computação espacial já está melhorando diagnósticos e tratamentos. Hologramas de órgãos em 3D ajudam cirurgiões a planejar procedimentos complexos. Em conjunto a isso, treinamentos para profissionais de saúde estão se tornando mais imersivos e eficazes;
  • Educação: com a realidade aumentada e mista, os alunos podem explorar conceitos de maneira interativa. Por exemplo, em uma aula de história, é possível “visitar” civilizações antigas por meio de simulações. Isso torna o aprendizado mais envolvente e prático;
  • Arquitetura e construção civil: projetos arquitetônicos podem ser visualizados em tamanho real antes da construção. Essa tecnologia ajuda a identificar no design e a criar soluções personalizadas para cliente;
  • Entretenimento e turismo: o primeiro já utiliza a computação espacial para criar experiências imersivas. Jogos de realidade aumentada, como Pokémon GO, são apenas o começo. Já no segundo, guias interativos com RA permitem que visitantes explorem locais históricos de modo inovador;
  • Indústria e logística: drones e robôs que utilizam mapeamento espacial são ferramentas essenciais em fábricas e armazéns. Eles ajudam a monitorar inventários e prever falhas em máquinas, otimizando operações;
  • Varejo: aqui, consumidores já podem experimentar roupas virtualmente ou visualizar como os móveis ficariam em suas casas. Essa personalização melhora a experiência do cliente e aumenta as vendas;

Futuro da computação espacial

O futuro da computação espacial traz inovações que irão transformar nossa relação com o mundo digital. Com o avanço do 5G e da IA, dispositivos mais acessíveis e eficientes serão uma realidade, ampliando sua adoção em escala global.

A miniaturização dos equipamentos é um dos avanços esperados, tornando óculos e sensores menores, mais leves e confortáveis para o uso diário. Essa evolução facilitará a integração dessa tecnologia em nossas rotinas.

Em paralelo, outra tendência é sua conexão com o metaverso, possibilitando a criação de espaços virtuais interativos para trabalho, lazer e aprendizado, revolucionando como interagimos socialmente.

Da mesma forma, a personalização será outro destaque. Soluções adaptadas às necessidades de cada usuário proporcionarão experiências únicas e funcionais. Juntamente com isso, a computação espacial contribuirá para cidades inteligentes, com dados espaciais otimizando transporte, segurança e sustentabilidade.

Apesar disso, desafios como a privacidade e a ética no uso de dados precisam ser enfrentados. Portanto, o impacto positivo dessa tecnologia irá depender de sua regulamentação e aplicação responsável.

Em suma, a computação especial já está moldando o presente e promete ser indispensável no futuro. Sendo assim, sua capacidade de integrar o digital ao físico abre caminhos para transformações profundas em diversos setores, tornando o que parecia impossível uma parte cotidiana das nossas vidas.

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