DREX: Você já ouviu falar da moeda digital do Banco Central do Brasil?

Você já ouviu falar da moeda digital do Banco Central do Brasil? Se ainda não está familiarizado, permita-me apresentar o DREX. Nos últimos anos, as criptomoedas têm ganhado destaque globalmente, e o Brasil está embarcando nessa jornada com seu próprio projeto de moeda digital emitido pelo banco central. 

Mas afinal, o que é o DREX e como ele funciona? Vamos explorar mais a fundo essa inovação que promete revolucionar o cenário financeiro nacional.

Entenda sobre a criptomoeda brasileira: a DREX. | Foto: DALL-E 3.

O que é a Drex?

O Drex é a versão virtual da moeda oficial do Brasil, o real, sob a regulamentação do Banco Central. Armazenado em uma plataforma digital, ele possibilita transações financeiras, com acesso por meio de carteiras digitais disponíveis em várias instituições financeiras. Seu funcionamento é baseado na tecnologia blockchain, a mesma utilizada para as criptomoedas. 

Vale ressaltar que, tradicionalmente, o Banco Central emite dinheiro em espécie, mas com o advento do Drex, ele também passará a emitir em formato virtual. Atualmente, em fase de testes, espera-se que a moeda seja disponibilizada para uso público entre 2024 e 2025.

Entenda mais o conceito da Drex

Durante anos, o Banco Central vem debatendo a ideia da nova moeda digital como parte de um plano para digitalizar a economia brasileira e reduzir os custos associados à produção e manutenção do dinheiro em forma física. Especificamente em 2020, esse conceito ganhou destaque.

Embora faça uso da tecnologia blockchain, é importante destacar que o Drex não se enquadra como uma criptomoeda. Seus princípios fundamentais são semelhantes aos do real físico, sendo uma representação virtual da moeda nacional.

O nome “Drex” é uma combinação das letras “d” e “r”, referindo-se ao Real, com o seguinte significado:

  • “D”: representa o aspecto “digital”;
  • “R”: simboliza o “Real”;
  • “E”: derivado da palavra “eletrônico”;
  • “X”: adiciona um toque de modernidade à denominação.

Qual será o funcionamento do Drex?

Essa moeda virtual oferecerá a capacidade de realizar compras, quitar boletos e até mesmo investir financeiramente. Sua acessibilidade será por meio de contas digitais, aplicativos e plataformas de pagamento, com o lançamento previsto entre o final de 2024 e 2025.

O Drex possibilitará uma variedade de transações financeiras seguras com ativos digitais e contratos inteligentes. Esses serviços financeiros avançados serão executados pelos bancos dentro da plataforma do Banco Central (BC), um ambiente em desenvolvimento que emprega a tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Technology – DLT).

Para acessar a Plataforma Drex, será necessário contar com um intermediário financeiro autorizado, como um banco. Esse intermediário facilitará a transferência do seu dinheiro depositado em conta para sua carteira digital da plataforma, permitindo que você realize transações com ativos digitais com total segurança.

É essencial destacar que o Drex não substitui as notas físicas; em vez disso, representa uma alternativa incorporada à blockchain.

Embora algumas pessoas ainda prefiram usar dinheiro em espécie, a maioria das transações já é conduzida eletronicamente. Por exemplo, o pagamento de salários é comumente realizado por meio de Pix, TED ou depósito bancário.

Onde podemos utilizar o Drex?

O Drex será exclusivamente utilizado em transações virtuais. Isso significa que não será possível sacar o Real Digital em caixas eletrônicos ou agências bancárias.

As pessoas poderão realizar operações com o Drex por meio de carteiras virtuais, como o Google Pay ou Apple Pay.

Qual é o valor de uma unidade de Drex?

O valor de 1 Drex equivale a 1 real. Portanto, ao realizar a conversão entre as duas moedas, você mantém o mesmo valor, sem perdas ou ganhos financeiros.

É importante destacar que a instituição financeira responsável pelo serviço determinará os custos relacionados às operações de conversão.

O Drex terá algum custo?

Segundo informações do Banco Central, ainda não há uma definição sobre os custos associados à nova criptomoeda. Inicialmente, cada banco terá a liberdade de estabelecer taxas relacionadas à moeda.

É possível que o serviço seja gratuito ou que apresenta custos inferiores aos de outros meios de pagamento, como o cartão de crédito.

Vantagens prometidas da Drex

O Banco Central tem grandes expectativas de que o Drex traga uma série de vantagens para os brasileiros. 

Aqui estão algumas delas:

Rapidez nas transações

Cada transferência realizada com o real digital será confirmada em questão de segundos, graças à natureza digital do dinheiro, eliminando a necessidade de verificações adicionais de saldo. Esse processo é especialmente benéfico para transações de alto valor, que costumam demorar mais para serem aprovadas.

Uso internacional

Com o Drex, será possível usar a moeda em qualquer país sem lidar com a burocracia ou taxas elevadas associadas ao uso de cartões no exterior.

Redução do risco de fraudes

O real digital promete ser uma das formas mais seguras de realizar transações online, oferecendo maior segurança contra fraudes em compras pela internet.

Velocidade aprimorada

A liquidez do Drex será equiparada à do Pix, tornando as transações mais rápidas devido aos instrumentos e ferramentas de liquidação próprias do Banco Central.

Transparência nos pagamentos

Uma das principais promessas do BC é que a implementação da nova moeda digital trará maior transparência para todas as transações. Isso será possível graças à tecnologia blockchain, que permite rastrear cada movimento financeiro com facilidade.

Regulamentação direta

O sistema de regulamentação do Drex, embora possa parecer extenso, é mais direto. Todas as diretrizes e políticas são estabelecidas diretamente pelo Banco Central, sem intermediários, o que aumenta a confiabilidade e a segurança para os brasileiros.

Diferenças entre Drex e Pix

Uma questão que pode gerar dúvidas é a distinção entre Drex e Pix. Segundo o Banco Central, a principal diferença entre os dois está relacionada à questão da responsabilidade. 

Veja, a seguir, para uma compreensão melhor:

  • Drex: Toda transferência feita com o real digital é de responsabilidade do Banco Central.
  • Pix: Todo o montante depositado por Pix em uma conta é de responsabilidade do banco.

Em resumo, pode-se dizer que o Drex será um integrante da família do Pix, mas não será a mesma ferramenta.

Artigos recentes