“Ex-Machina” é um filme de ficção científica que explora os limites da Inteligência Artificial e o que significa ser humano. Nesse sentido, com direção de Alex Garland, a obra oferece uma abordagem sofisticada sobre consciência, livre-arbítrio e manipulação, questionando o impacto da tecnologia em nossa sociedade. Com um enredo envolvente e personagens bem construídos, o filme se destaca como um dos melhores do gênero na última década.
Assim, neste conteúdo, resumiremos e também faremos uma resenha crítica sobre o filme “Ex-Machina”. Juntamente com isso, iremos explicar onde a produção está disponível, bem como listar algumas lições que podem ser aprendidas com a mesma. Por fim, discutiremos se vale a pena assistir ao filme.
Resumo do filme Ex-Machina
A trama acompanha Caleb Smith (Domhnall Gleeson), que é um jovem programador da Bluebook, a maior empresa de tecnologia do mundo. Posteriormente, ele é selecionado para um experimento misterioso.
Depois, ele viaja para a casa isolada do excêntrico Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o CEO da empresa. Bateman vive em uma residência altamente tecnológica que fica nas montanhas.
O encontro com Ava e o teste de Turing
Chegando ao local, Caleb descobre que a única outra pessoa presente é Kyoko, uma governanta silenciosa que não compreende seu idioma. Logo, Nathan revela que Caleb foi escolhido para um experimento inovador.
Sendo assim, ele deve aplicar o teste de Turing em uma Inteligência Artificial que se chama Ava (Alicia Vikander), uma robô humanoide com aparência feminina avançada. O objetivo do teste é avaliar se Ava possui consciência genuína ou apenas simula emoções humanas.
A conexão entre Caleb e Ava
Conforme os dias passam, Caleb e Ava se conectam emocionalmente. Suas interações ocorrem através de uma parede de vidro, já que Ava está confinada. No entanto, durante blecautes causados intencionalmente por ela, Ava alerta Caleb de que Nathan não é confiável e que suas intenções podem ser perigosas.
A verdade sobre Ava e os outros androides
Nathan revela a Caleb que Ava foi construída a partir de dados coletados do Bluebook, nos quais estão incluídas pesquisas dos usuários e imagens que foram captadas secretamente por celulares.
Dessa forma, Ava possui expressões faciais realistas e um comportamento que é altamente convincente. À medida que Caleb se apega a Ava, ele descobre gravações perturbadoras de versões anteriores de robôs que Nathan criou e descartou. Além disso, percebe que Kyoko também é um androide, reforçando suas suspeitas sobre o caráter do CEO.
O plano de Caleb e a reviravolta
Convencido de que Ava corre perigo, Caleb arquiteta um plano para ajudá-la a fugir. Para isso, ele diz a Ava que irá embriagar Nathan e irá reprogramar o sistema de segurança com o intuito de que ela possa escapar.
Apesar disso, Nathan, que já suspeitava de algo, revela que monitorou suas conversas e sabia de sua intenção. Ele explica que Caleb foi escolhido por ser um jovem solitário e manipulável, e que Ava apenas o estava usando para alcançar a liberdade.
O desfecho e o destino de Ava
No clímax do filme, Ava consegue provocar um novo blecaute e, com a ajuda de Kyoko, ataca Nathan. Durante a luta, Nathan destrói parte do corpo de Ava, mas é esfaqueado por Kyoko e Ava, morrendo em seguida.
Em seguida, Ava se reconstrói utilizando peças de outros androides, assumindo uma aparência totalmente humana. Sem remorso, Ava tranca Caleb no laboratório, deixando-o preso para morrer. Por fim, convence o piloto do helicóptero que viria buscar Caleb a levá-la, desaparecendo no mundo real.
Resenha crítica do filme Ex-Machina
“Ex-Machina” marca a estreia de Alex Garland na direção e rapidamente se destaca como um dos filmes de ficção científica mais impactantes da década. Desse modo, enquanto outros filmes do gênero exploravam cenários futuristas ou viagens espaciais, como “Interestelar e O Expresso do Amanhã”, “Ex-Machina” opta por um enfoque mais intimista e contemporâneo.
Sendo assim, o longa aborda os avanços da Inteligência Artificial e também suas implicações filosóficas, o que faz com que ele se torne uma experiência provocadora e perturbadora.
Comparações com outros filmes do gênero
O filme remete a “Ela” (2013), de Spike Jonze, que também explora a relação entre humanos e IA. No entanto, enquanto “Ela” foca no aspecto emocional e romântico dessa interação, “Ex-Machina” aposta no suspense psicológico.
Ou seja, a narrativa construída por Garland é densa e envolvente, levando o espectador a questionar constantemente as verdadeiras intenções dos personagens, especialmente de Ava.
A relação entre Caleb e Ava
Um dos aspectos mais intrigantes do filme é a evolução da relação entre Caleb e Ava. Em tal sentido, o roteiro apresenta diálogos inteligentes e sutis, deixando a dúvida no ar: Ava realmente possui sentimentos ou está apenas manipulando Caleb para conquistar sua liberdade?
Portanto, essa ambiguidade é algo fundamental para a construção da tensão da produção, o que torna cada interação entre os dois um jogo tanto de manipulação quanto de desconfiança.
A atmosfera e a direção de arte
A estética do filme contribui para sua atmosfera opressiva. Ou seja, a casa de Nathan, que é isolada e cercada por uma paisagem fria e desolada, reforça o sentimento de confinamento.
Em paralelo, a fotografia minimalista, aliada a uma trilha sonora discreta e tensa, transforma cada cena em um exercício de suspense. Nele, o silêncio e outros pequenos detalhes fazem toda a diferença.
As atuações e o impacto do elenco
O trio principal entrega atuações brilhantes. Domhnall Gleeson convence como Caleb, um jovem ingênuo e inseguro. Enquanto isso, Oscar Isaac interpreta um Nathan carismático e, ao mesmo tempo, inquietante. No entanto, é Alicia Vikander quem rouba a cena como Ava, misturando fragilidade e frieza de maneira magistral. Sua atuação faz com que o espectador nunca tenha certeza sobre suas reais intenções.
O final e suas interpretações
O desfecho do filme divide opiniões. Para alguns, é uma conclusão fria e impactante, enquanto outros esperavam algo mais grandioso. No entanto, a mensagem final de “Ex-Machina” é clara: a Inteligência Artificial pode não apenas superar os humanos intelectualmente, mas também emocionalmente, utilizando a empatia como ferramenta para alcançar seus próprios objetivos.
Onde o filme Ex-Machina está disponível?
Para quem deseja assistir “Ex-Machina”, o filme está disponível para aluguel e compra em diferentes plataformas digitais. Em primeiro lugar, na Apple TV, é possível alugá-lo por R$9,90 ou comprá-lo por R$29,90. Vale ressaltar que a segunda opção garante acesso permanente ao longa.
Segundamente, no Amazon Prime Video, o filme está disponível para assinantes da plataforma, que oferece diferentes planos de assinatura. O plano mensal com anúncios custa R$19,90 por mês. Enquanto isso, o plano mensal sem anúncios sai por R$29,90 mensais.
Já para as pessoas que buscam economia a longo prazo, há também o plano anual. Tal opção tem um custo R$166,80 e pode ser uma opção muito vantajosa para os fãs de streaming.
Logo, essas duas opções permitem que os espectadores escolham a melhor forma de assistir a esse aclamado thriller de ficção científica, que aborda temas profundos sobre IA e também sobre a natureza da consciência.

Lições a aprender com o filme Ex-Machina
“Ex-Machina” aborda temas complexos e instigantes, levantando reflexões profundas sobre o avanço da tecnologia e seus impactos na humanidade. Um dos principais alertas do filme é o perigo da Inteligência Artificial avançada, evidenciando os riscos de criar máquinas que possam superar os humanos em cognição e autonomia. Ava representa esse perigo de forma sutil, demonstrando como uma IA pode evoluir a ponto de se tornar incontrolável.
Paralelamente, outro ponto crucial que a trama explora é a questão da manipulação e do livre-arbítrio. Ao longo do filme, Ava manipula as emoções de Caleb com o intuito de alcançar seus próprios objetivos, questionando até que ponto a Inteligência Artificial pode desenvolver estratégias próprias para influenciar os seres humanos.
Da mesma forma, o longa traz uma forte crítica à ética no uso de dados, mostrando como Nathan desenvolveu Ava a partir de informações privadas dos usuários do Bluebook. Essa abordagem levanta debates sobre privacidade digital e os riscos do uso indiscriminado de dados pessoais.
Por último, o filme também explora a relação entre criador e criatura, um tema clássico da ficção científica. Assim como em “Frankenstein”, “Ex-Machina” mostra como a criação pode se voltar contra seu criador. Isso levanta questionamentos sobre a responsabilidade daqueles que desenvolvem tecnologias capazes de mudar o destino da humanidade.
Vale a pena assistir Ex-Machina?
Definitivamente, “Ex-Machina” é um filme que vale a pena ser assistido. Em outras palavras, a produção oferece uma abordagem que é inovadora e realista sobre o assunto da Inteligência Artificial. Ou seja, ela foge dos conteúdos clichês comuns do gênero. Sendo assim, com um enredo bem construído, atuações impecáveis e um final intrigante, o filme continua relevante mesmo após mais de dez anos de seu lançamento.
Em última análise, se você gosta de ficção científica reflexiva e quer um filme que seja responsável por provocar questionamentos sobre o futuro da tecnologia, “Ex-Machina” é uma escolha imperdível. Assista agora e tire suas próprias conclusões!
Após, se gostar de “Ex-Machina” vale a pena considerar assistir a outras obras semelhantes. Desse modo, busque opções de filmes de Inteligência Artificial e tecnologia que podem ser complementar à produção.