Geração Z tem mais intimidade com IA? Verdade ou Fake?

A Geração Z, nascida entre 1995 e 2010, cresceu em um mundo onde a tecnologia digital é presente em todos os ambientes. Nesse sentido, com smartphones, Internet de alta velocidade e redes sociais, esses jovens estão mais imersos em um contexto tecnológico do que qualquer geração anterior.

Paralelamente, a Inteligência Artificial evoluiu de maneira rápida, passando de conceitos teóricos para aplicações práticas que permeiam diversos aspectos da vida cotidiana. Essas questões vão desde assistentes virtuais até algoritmos de recomendação.

Sendo assim, diante dessa realidade, surge uma pergunta intrigante: a Geração Z tem mais intimidade com a tecnologia da IA do que as gerações que antecederam ela? Logo, iremos explorar essa questão ao analisar as características da Geração Z, bem como o desenvolvimento da Inteligência Artificial. Além disso, iremos refletir sobre a relação específica dessa geração com ela e como democratizar o uso dela entre todas as gerações.

Entenda o que é a Geração Z

Também conhecida como Gen Z ou zoomers, a Geração Z refere-se às pessoas nascidas entre 1995 e 2010. Desse modo, essa geração cresceu em um mundo digital, onde a Internet, smartphones e redes sociais não são apenas ferramentas, mas parte integral da vida cotidiana.

Então, diferentemente das gerações anteriores, os zoomers não conheceram um mundo onde não existia conectividade instantânea, bem como acesso à informação a qualquer momento.

Além da realidade da tecnologia, a Geração Z é marcada por alguns valores. Entre eles, temos: diversidade e inclusão, preocupação com questões ambientais e também uma mentalidade global.

Logo, eles são consumidores críticos e exigentes, com uma inclinação para a autenticidade e transparência nas relações, tanto pessoais quanto profissionais. Essa familiaridade com a tecnologia e o ambiente digital desde cedo é o que muitos acreditam ser a base para uma suposta intimidade maior com a Inteligência Artificial.

O avanço da Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial é definida como a capacidade das máquinas de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana. Essas habilidades incluem: aprendizado, reconhecimento de padrões e tomada de decisões e tem avançado de forma significativa nas últimas décadas. Desde assistentes virtuais como Siri e Alexa até algoritmos de recomendação em plataformas como Netflix e Spotify, a IA está cada vez mais presente no dia a dia.

Várias inovações tecnológicas podem explicar o avanço da Inteligência Artificial. Dentro delas temos o aumento da capacidade de processamento, a disponibilidade de grandes volumes de dados (big data) e avanços nos algoritmos de aprendizado de máquina (machine learning).

Portanto, devido à ampla gama de funções que pode realizar, a IA não apenas está transformando indústrias e negócios. Ela também está mudando a forma como interagimos com a tecnologia em nível pessoal.

Nesse sentido, as aplicações de Inteligência Artificial são diversas. Sendo assim, variam desde chatbots em serviços de atendimento ao cliente até sistemas complexos de análise de dados usados em setores como por exemplo saúde, finanças e segurança.

Dessa maneira, a universalidade da IA em diversos aspectos da vida moderna levanta uma questão. Será que a Geração Z, que cresceu com essas tecnologias, possui uma intimidade especial com a Inteligência Artificial?

Aplicativos de streaming, como Netflix e Spotify, usam Inteligência Artificial para proporcionar recomendações personalizadas.
Aplicativos de streaming, como Netflix e Spotify, usam Inteligência Artificial para proporcionar recomendações personalizadas. | Foto: DALL-E 3

A Geração Z tem mais intimidade com a IA?

Para responder se a Geração Z tem mais intimidade com a Inteligência Artificial, é crucial analisar como essa geração interage com a tecnologia em comparação com as gerações anteriores. 

Primeiramente, há argumentos que apontam que sim, os zoomers possuem uma vantagem natural quando se trata de IA. Isso acontece devido ao seu crescimento, que ocorreu em um ambiente saturado de tecnologia.

Desse modo, se pode perceber que a Gen Z é frequentemente mais adaptável a novas tecnologias. Juntamente com isso, ela tem uma curva de aprendizado mais rápida quando se trata de usar novas ferramentas digitais.

Além disso, estudos indicam que a Geração Z é mais propensa a usar dispositivos móveis para uma variedade de tarefas, desde educação até entretenimento. Nesse sentido, muitas dessas experiências têm mediação da Inteligência Artificial.

Por exemplo, a personalização de conteúdo em redes sociais ou até mesmo o uso de assistentes virtuais são aspectos que fazem parte do cotidiano para os jovens da Geração Z.

No entanto, intimidade não significa necessariamente compreensão profunda. Embora os zoomers possam estar mais confortáveis utilizando tecnologias que têm base em IA, isso não implica que compreendam de forma plena os mecanismos que estão por trás dessas tecnologias.

Portanto, o uso rotineiro de Inteligência Artificial por parte da Gen Z não equivale a uma familiaridade técnica ou a um entendimento crítico sobre como ela funciona e os impactos éticos e sociais que seu uso pode trazer.

Como democratizar o uso de Inteligência Artificial para outras gerações

Para garantir que a intimidade com a IA não seja algo exclusivo da Geração Z, é necessário promover a democratização do uso de Inteligência Artificial entre todas as gerações. Algumas estratégias para alcançar isso incluem: 

  • Educação e treinamento: programas educacionais devem ser desenvolvidos para ensinar habilidades digitais e conhecimentos sobre IA desde a escola básica até a educação continuada para adultos. Sendo assim, cursos online, workshops e seminários podem ajudar a reduzir a lacuna de conhecimento entre diferentes gerações;
  • Acessibilidade: tornar as tecnologias de Inteligência Artificial acessíveis é fundamental. Isso pode ser alcançado através da redução de custos de dispositivos tecnológicos, desenvolvimento de interfaces amigáveis e implementação de iniciativas governamentais que promovam a inclusão digital;
  • Conscientização: campanhas de conscientização sobre a IA e suas implicações éticas, sociais e econômicas são essenciais. Dessa forma, é importante informar a sociedade sobre os benefícios e riscos da Inteligência Artificial, incluindo questões de privacidade, segurança e impacto no mercado de trabalho;
  • Inclusão: garantir que o desenvolvimento e a implementação de tecnologias de IA sejam feitos com a inclusão em mente. Isso significa considerar as necessidades de diferentes grupos sociais e demográficos. Assim, a Inteligência Artificial poderá beneficiar a todos, não apenas a uma parcela da população;

Em última análise, a questão de saber se a Geração Z tem mais intimidade com a IA é complexa. Embora seja evidente o costume dos zoomers em interagir com tecnologias que se baseiam em Inteligência Artificial, essa familiaridade pode não se traduzir em um entendimento profundo.

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