Geração Z é menos feliz que as anteriores. Entenda por quê.

A felicidade é um conceito subjetivo e complexo, variando de acordo com diferentes fatores, incluindo a geração em que uma pessoa vive. Nesse sentido, estudos recentes indicam que a Geração Z tende a ser menos feliz comparada às gerações anteriores. Dessa forma, este fenômeno tem despertado o interesse de pesquisadores, educadores e pais que buscam compreender as razões por trás dessa tendência

Então, neste texto, exploraremos o que define a Geração Z, bem como os motivos que podem explicar sua menor felicidade em comparação com as gerações anteriores. Juntamente com isso, iremos discutir as lições que podemos aprender com essa realidade e também possíveis soluções para enfrentar a mesma.

O que é a Geração Z?

A Geração Z, composta por indivíduos que nasceram entre os anos de 1995 e 2010 e também conhecida como Gen Z ou zoomers, é a primeira geração a crescer em um mundo totalmente digital.

Sendo assim, seus membros nasceram em um período marcado pelo avanço tecnológico e por isso tem familiaridade inata com smartphones, redes sociais e a internet. Logo, essa geração possui algumas características específicas.

Em primeiro lugar, eles possuem uma alta conectividade. Em outras palavras, cresceram com acesso constante à tecnologia e à internet, o que influencia profundamente sua maneira de se comunicar, aprender e se entreter.

Paralelamente, os zoomers valorizam a diversidade e inclusão. Isso significa que eles são mais abertos a diferentes culturas, identidades de gênero e orientações sexuais. Além disso, no aspecto de educação e carreira, são considerados autodidatas e empreendedores. Assim, buscam carreiras que ofereçam flexibilidade e propósito.

Em adição, possuem uma consciência social e ambiental. Isso faz com que demonstrem uma forte preocupação com questões relacionadas a esses aspectos, engajando-se em causas como mudanças climáticas e justiça social. Por fim, a pressão para se destacar academicamente e profissionalmente, aliada à exposição constante às mídias sociais, contribui para altos níveis de ansiedade e problemas de saúde mental.

Os zoomers costumam ser abertos aos mais diversos tipos de cultura, identidades de gênero e orientações sexuais, ou seja, dão muito valor à diversidade e inclusão.
Os zoomers costumam ser abertos aos mais diversos tipos de cultura, identidades de gênero e orientações sexuais, ou seja, dão muito valor à diversidade e inclusão. | Foto: DALL-E 3

Por que a Geração Z é mais infeliz que as gerações anteriores?

Vários fatores contribuem para a infelicidade percebida na Geração Z em comparação com as gerações anteriores: 

  • Pressão das redes sociais: as redes sociais criam uma comparação constante e uma busca incessante por validação externa. A exposição a vidas idealizadas e padrões inatingíveis de beleza e sucesso pode levar à baixa autoestima e sentimentos de inadequação;
  • Ansiedade e depressão: estudos mostram que a Geração Z é a mais propensa a relatar problemas de saúde mental, incluindo ansiedade e depressão. A pressão acadêmica, a incerteza econômica e o medo do futuro agravam essas condições;
  • Isolamento social: apesar de estarem hiperconectados digitalmente, muitos jovens da Gen Z relatam sentir-se socialmente isolados. A interação online não substitui o contato humano direto, essencial para o bem-estar emocional;
  • Incerteza econômica: os zoomers entraram no mercado de trabalho durante períodos de crise econômica e incerteza, como por exemplo a recessão global de 2008 e a pandemia de COVID-19. Essa instabilidade na economia gera preocupações sobre segurança financeira e estabilidade no emprego;
  • Mudanças culturais rápidas: crescer em um mundo de mudanças culturais e tecnológicas rápidas pode ser desorientador. As expectativas e normas sociais mudam rapidamente, criando desafios adicionais para a adaptação e o desenvolvimento pessoal;

Lições a aprender com essa questão

A análise da infelicidade na Geração Z oferece valiosas lições que podem ser aplicadas para melhorar o bem-estar desta e das futuras gerações. Primeiramente, mostra a importância da saúde mental.

Logo, precisamos reconhecer e priorizar a saúde mental, tanto em nível individual quanto em nível social. Isso inclui fornecer recursos adequados e acessíveis para o tratamento e a prevenção de problemas de saúde mental.

Em segundo lugar, exemplifica o valor das relações pessoais. Nesse sentido, as conexões humanas autênticas são cruciais para a felicidade. Portanto, devemos incentivar interações face a face e a construção de relacionamentos sólidos, além de promover ambientes sociais inclusivos e de apoio.

Do mesmo modo, demonstra que ensinar o uso saudável e equilibrado da tecnologia pode ajudar a reduzir os efeitos negativos das redes sociais e da hiperconectividade. Então, a alfabetização digital é essencial para navegar com segurança e responsabilidade no mundo online.

Adicionalmente, é um exemplo de como a adaptabilidade às mudanças rápidas do mundo moderno é uma habilidade vital. Assim, devemos promover a resiliência e a capacidade de enfrentar desafios de maneira positiva. Por último, também apresenta que continuar a valorizar e promover a diversidade e a inclusão em todos os aspectos da sociedade é fundamental para o bem-estar coletivo.

Como resolver essa questão?

Abordar a questão da infelicidade na Geração Z exigem uma abordagem multifacetada, envolvendo ações em diversos níveis:

  1. Políticas públicas de apoio à saúde mental: governos e instituições devem investir em políticas públicas que apoiem a saúde mental, oferecendo serviços acessíveis e gratuitos para prevenção e tratamento de transtornos mentais;
  1. Educação e sensibilização: implementar programas educacionais que abordem a saúde mental, o uso saudável da tecnologia e habilidades de enfrentamento desde a infância pode preparar melhor os jovens para os desafios da vida moderna;
  1. Ambientes de trabalho saudáveis: empregadores devem criar ambientes de trabalho que promovam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, além de fornecer suporte para a saúde mental dos funcionários;
  1. Comunidades de apoio: fortalecer comunidades e redes de apoio pode ajudar a combater o isolamento social. Grupos de interesse, clubes e organizações comunitárias podem proporcionar conexões significativas e suporte emocional;
  1. Uso consciente da tecnologia: incentivar um uso mais consciente e equilibrado da tecnologia, promovendo pausas regulares e a desconexão digital, pode melhorar o bem-estar mental;
  1. Iniciativas de empoderamento: programas e iniciativas que empoderem os jovens, oferecendo oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional, podem aumentar a confiança e a sensação de propósito;

Em resumo, ao compreender as razões por trás da infelicidade da Geração Z e implementar ações concretas, podemos criar um ambiente mais favorável para o bem-estar e a felicidade desta geração e das futuras. Então, a cooperação entre indivíduos, famílias, comunidades e instituições é essencial para enfrentar esse desafio complexo e construir um futuro mais saudável e feliz para todos.

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