O Google anunciou recentemente uma parceria inovadora com a Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP). Ela tem o objetivo de combater o roubo e furto de celulares na capital paulista e, futuramente, em todo o estado.
A iniciativa, revelada durante o evento Google for Brasil, representa um passo importante na integração entre tecnologia e segurança pública. Isso se deve ao fato de que ela oferecerá aos cidadãos mais uma camada de proteção para seus dados pessoais e dispositivos móveis.
Nesse sentido, a partir do segundo semestre do ano de 2025, usuários de celulares Android poderão contar com a ajuda direta da PM para bloquear remotamente aparelhos roubados. Tal recurso irá torná-los inutilizáveis quase instantaneamente após o crime. Ou seja, tal colaboração promete impactar significativamente a forma como os crimes tecnológicos são enfrentados no país.
Portanto, neste artigo, iremos entender a parceria entre Google e Polícia Militar contra os celulares roubados em SP e também explicar como ela funcionará. Juntamente com isso, pensaremos sobre a importância dessa união, bem como refletiremos se ela pode se estender para outros lugares no futuro. Ademais, iremos discutir se outras empresas podem se inspirar na mesma.
Entenda a parceria entre Google e PM para celulares roubados em São Paulo
A partir do segundo semestre de 2025, vítimas de roubo e furto de celulares Android em todo o Brasil, especialmente no estado de São Paulo, poderão contar com o apoio da Polícia Militar. Nesse sentido, ela terá acesso a um novo recurso tecnológico para proteção imediata dos dados das vítimas.
Desse modo, essa parceria entre o Google e a PMESP permitirá que agentes da corporação bloqueiem, de forma remota, os aparelhos subtraídos. Isso irá ocorrer desde que o cidadão forneça o número de telefone correto.
Esse novo protocolo de ação tem como foco evitar o acesso indevido aos dados pessoais armazenados no celular da vítima, como por exemplo senhas, e-mails, aplicativos bancários e arquivos privados, diminuindo os danos causados por esse tipo de crime. O bloqueio remoto será realizado por policiais treinados, assim que forem informados do número de telefone do aparelho subtraído.
O sistema se baseia na integração dos dispositivos móveis usados pela Polícia Militar com o app Google Localizador, uma ferramenta da gigante de tecnologia que já auxilia usuários comuns a localizar seus dispositivos perdidos ou roubados. A principal diferença agora é que os policiais terão permissão especial para realizar o bloqueio de terceiros, desde que esse bloqueio seja solicitado diretamente pela vítima.
Essa medida representa um avanço considerável em termos de resposta imediata aos crimes patrimoniais relacionados a celulares. Além disso, tem potencial para reduzir os índices de reincidência de roubo e revenda ilegal de dispositivos móveis.
Proteção de dados imediata
A funcionalidade permitirá que o bloqueio aconteça em poucos minutos após a notificação à PM, ajudando a preservar dados sensíveis da vítima. Vale lembrar que, em muitos casos, os criminosos tentam rapidamente acessar os aplicativos bancários, e-mails e redes sociais do usuário. Isso pode levar a prejuízos financeiros e até mesmo à clonagem de identidade.
Em conjunto a isso, o bloqueio também dificulta a revenda do aparelho no mercado paralelo, já que o dispositivo se torna inutilizável sem as credenciais originais do proprietário.
Como funcionará a parceria entre Google e Polícia Militar em SP?
O funcionamento prático da parceria entre o Google e a Polícia Militar se baseia no recurso de Bloqueio Remoto. Ele foi lançado em 2024 pela empresa e, a partir de 2025, estará ativado por padrão nos novos aparelhos Android vendidos no Brasil.
A tecnologia será operada diretamente pelo aplicativo Google Localizador, que já vem instalado nos celulares corporativos da PMESP, cujo gerenciamento acontece através do Android Enterprise.
Sendo assim, quando um cidadão for vítima de roubo ou furto de seu celular, bastará informar o número da linha telefônica a um policial militar. Em seguida, ele poderá acionar imediatamente o bloqueio remoto da tela do dispositivo.
Pré-requisitos para o bloqueio funcionar
Apesar da agilidade prometida pela solução, alguns pré-requisitos são indispensáveis para que o bloqueio possa ser efetuado:
- O aparelho deve estar conectado à internet, seja via Wi-Fi ou rede móvel, no momento do bloqueio;
- O recurso de Bloqueio Remoto precisa estar ativado no aparelho. A partir de 2025, essa funcionalidade virá habilitada de fábrica nos dispositivos Android;
- A vítima precisa fornecer corretamente o número de telefone vinculado ao dispositivo;
Importância do Boletim de Ocorrência e registro de IMEI
Mesmo com a agilidade do novo recurso, o registro de um Boletim de Ocorrência (BO) continua sendo essencial. O BO serve como base legal para as investigações policiais e é necessário para outras providências, como a comunicação à operadora, ao seguro do aparelho e até ao bloqueio do IMEI, que impede o uso do dispositivo na rede de telecomunicações.
Logo, o novo sistema de bloqueio remoto não substitui os procedimentos legais tradicionais, mas sim os complementa com uma resposta mais rápida para proteger os dados do usuário.

A importância dessa parceria entre Google e PM
A capital paulista, sozinha, registrou 24,7 mil casos de roubo e furto de celulares apenas entre os meses de janeiro e abril de 2025, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública. Embora esse número represente uma queda de 12,9% em relação ao mesmo período de 2024, o volume de crimes ainda é preocupante.
Dessa maneira, a parceria entre o Google e a PMESP surge como resposta direta a esse cenário alarmante. A expectativa é que, com o uso do bloqueio remoto, criminosos se sintam menos encorajados a cometer esse tipo de crime, já que o aparelho subtraído rapidamente se tornará inútil para fins ilícitos.
Atualização dos TPDs e capacitação dos agentes
Os Terminais Portáteis de Dados (TPDs), utilizados pela PM em suas atividades diárias, serão atualizados ainda em junho de 2025 para incorporar essa nova funcionalidade. Em paralelo, os policiais já estão passando por treinamentos para que possam operar o sistema com máxima eficácia e segurança.
A Diretoria de Tecnologia da Informação da Polícia Militar esclarece que o uso do bloqueio remoto é uma medida emergencial de proteção de dados, e que os procedimentos legais (como o BO e a notificação do IMEI) continuam indispensáveis para investigações mais aprofundadas.
Essa parceria entre Google e Polícia Militar pode se estender para outros lugares no futuro?
Ainda que o projeto-piloto esteja sendo implementado inicialmente no estado de São Paulo, a ideia da empresa é levar a parceria para outros estados do Brasil e, eventualmente, para outros países com problemas semelhantes. O Google tem histórico de expansão de suas ferramentas de segurança conforme sua eficácia é comprovada em determinadas regiões.
Caso o modelo de atuação conjunta entre a empresa e a Polícia Militar paulista se mostre bem-sucedido, é plausível que a solução seja adaptada para corporações policiais de outros estados, com customizações que respeitem as peculiaridades de cada localidade.
Juntamente com isso, essa parceria pode servir de modelo para iniciativas em outros países da América Latina. Nesses locais, o roubo de celulares também representa um problema de segurança pública grave.
Outras empresas podem se inspirar nessa ação do Google?
A ação conjunta entre o Google e a Polícia Militar de São Paulo pode se tornar um referencial de boas práticas para outras empresas de tecnologia. Fabricantes de smartphones, desenvolvedores de sistemas operacionais e até operadoras de telefonia têm papel importante na prevenção e combate ao roubo de dispositivos móveis.
Empresas como Samsung, Motorola, Xiaomi e Apple já contam com sistemas de rastreamento e bloqueio remoto próprios. No entanto, a integração direta com agentes de segurança pública ainda é uma iniciativa rara. Com a visibilidade e o impacto esperado dessa ação, outras companhias podem ser incentivadas a colaborar de forma semelhante com autoridades locais.
A importância da responsabilidade compartilhada
Essa parceria mostra que a responsabilidade pela segurança digital não deve recair apenas sobre o usuário. As empresas de tecnologia, os governos e as forças de segurança precisam agir em conjunto para criar um ecossistema mais seguro. Nele, o prejuízo que crimes como o roubo causam será cada vez menor e, idealmente, inexistente.
Portanto, a iniciativa do Google representa uma forma concreta de traduzir essa responsabilidade compartilhada em ações práticas, com potencial de beneficiar milhões de usuários e inspirar mudanças em políticas públicas e estratégias corporativas.
Resumindo, em um cenário cada vez mais digital, onde nossos celulares funcionam como carteiras, escritórios e arquivos pessoais, medidas de proteção como o bloqueio remoto tornam-se indispensáveis. A parceria entre o Google e a Polícia Militar do Estado de São Paulo demonstra como a tecnologia pode, e deve, ser usada a favor da sociedade.
Ela não apenas protege dados, mas também envia uma mensagem clara de que o crime não será facilmente compensador. Ou seja, tal união entre uma gigante da tecnologia e agentes da lei pode ser o início de uma nova era de segurança digital no Brasil.
Se você se preocupa com sua privacidade e segurança digital, acompanhe as novidades sobre essa e outras iniciativas do Google para se manter sempre protegido.