O iFood, uma das principais empresas de tecnologia e delivery do Brasil, acaba de dar um passo ousado e visionário ao criar uma comunidade focada em Inteligência Artificial (IA). A iniciativa surge em um momento estratégico em que o desenvolvimento e a aplicação de IA ganham cada vez mais relevância no cenário global e nacional.
Sendo assim, com a proposta de fomentar a inovação e promover conexões entre os principais atores desse ecossistema, a empresa lança o AGI Club. Ele consiste em um grupo seleto que pretende reunir os maiores talentos do Brasil em torno de um objetivo comum: acelerar o avanço da Inteligência Artificial no país.
Desse modo, com essa iniciativa, a plataforma pretende posicionar-se não apenas como uma empresa usuária de IA em seus processos. Paralelamente, ela também se coloca como uma líder no fomento ao desenvolvimento dessa tecnologia no Brasil.
Logo, neste texto, iremos explicar quem participa da comunidade do iFood com foco em Inteligência Artificial e também explorar qual o intuito dela. Além disso, esclareceremos o processo de criação da mesma, bem como discutiremos a importância desse tipo de projeto. Finalmente, iremos refletir se outras empresas podem se inspirar na iniciativa da empresa de delivery.
Quem participa da comunidade do iFood com foco em IA?
O anúncio oficial da comunidade do iFood foi feito durante o Brazil at Silicon Valley, um evento organizado por estudantes das universidades de Stanford e Berkeley, realizado na Califórnia.
Esse foi o palco escolhido pela marca para apresentar a nova proposta, que busca construir pontes entre empresas, startups, desenvolvedores e acadêmicos engajados com IA. Nesse sentido, o nome do grupo, AGI Club, faz referência à “Artificial General Intelligence” (AGI), ou Inteligência Artificial Geral. Tal conceito representa o desenvolvimento de Inteligências Artificiais com capacidades cognitivas semelhantes às dos seres humanos.
A comunidade de IA criada pelo iFood já nasce com um grupo seleto de participantes. São aproximadamente 120 membros ativos, incluindo representantes de grandes empresas de tecnologia, startups promissoras, desenvolvedores renomados e acadêmicos respeitados no cenário nacional. Todos com uma característica em comum: uma forte ligação com o desenvolvimento ou estudo de Inteligência Artificial.
Como funciona o processo seletivo para o AGI Club?
Para manter o alto nível das discussões e garantir que a comunidade se mantenha como um espaço qualificado e produtivo, o iFood instituiu um processo seletivo criterioso. Os interessados precisam se inscrever, passar por uma entrevista e ter seu perfil técnico avaliado detalhadamente.
A boa notícia é que não há cobrança de taxa para participar do AGI Club. Ou seja, o acesso à comunidade é gratuito, desde que o candidato atenda aos critérios que o serviço de delivery exige.
Estrutura dos encontros e espaços de troca
A proposta do AGI Club é realizar pelo menos um encontro presencial por mês, sempre em locais variados, para facilitar a participação de membros de diferentes regiões. Juntamente com isso, haverá encontros virtuais mensais com a presença de especialistas da área. O primeiro evento oficial está marcado para o dia 8 de maio, no escritório do iFood, em Osasco (SP).
Para complementar as interações, foi criado também um fórum no Discord, que servirá como canal contínuo de discussão, troca de ideias e compartilhamento de conteúdos entre os membros. Com esses mecanismos, a marca pretende garantir que a comunidade funcione de forma ativa e contínua, fortalecendo o networking e a colaboração entre os participantes.
Qual o intuito da comunidade do iFood?
O principal objetivo do AGI Club é fomentar a troca de conhecimento e impulsionar o desenvolvimento de soluções em IA no Brasil. A inspiração para o projeto veio diretamente do Vale do Silício, berço de muitas das inovações tecnológicas mais importantes do mundo.
Em tal sentido, Thiago Silva, diretor de inovação do iFood, foi o responsável por liderar o projeto. Silva contou, em entrevista à Época NEGÓCIOS, como surgiu a ideia de criar essa comunidade.
Cultura de colaboração e o conceito de “serendipity”
De acordo com Silva, um dos grandes diferenciais do Vale do Silício é a cultura de colaboração e o senso de comunidade. Por lá, é comum que ideias inovadoras surjam de conversas informais, muitas vezes em cafés ou eventos descontraídos. É o conceito de “serendipity”, que descreve descobertas feitas por acaso, mas que acabam sendo extremamente valiosas.
O AGI Club quer replicar esse ambiente no Brasil. A proposta é permitir que conversas despretensiosas e encontros informais sirvam de gatilho para projetos inovadores e colaborações estratégicas. Para isso, os eventos da comunidade serão pensados de modo a incentivar essa troca orgânica entre os membros, sem a rigidez de eventos corporativos tradicionais.
Democratização do conhecimento em IA
Outro ponto fundamental do AGI Club é democratizar o acesso ao conhecimento sobre inteligência artificial. Ao reunir profissionais de diferentes setores e formações, o grupo pode gerar uma diversidade de perspectivas que enriquece o debate. Em conjunto a isso, o formato de eventos gratuitos e acessíveis ajuda a reduzir barreiras que muitas vezes afastam talentos do ecossistema tecnológico.
Como foi o processo de criação dessa comunidade do iFood?
Antes de lançar oficialmente o AGI Club, o iFood realizou uma série de estudos e testes para entender se seria possível replicar no Brasil o modelo de comunidades de inovação típico do Vale do Silício. Segundo Thiago Silva, o primeiro passo foi verificar se o país realmente possuía empresas e profissionais desenvolvendo tecnologias de ponta, e a resposta foi positiva.
O potencial tecnológico do Brasil
Durante esse processo, o iFood descobriu que há sim muitas iniciativas nacionais focadas em tecnologia avançada, inclusive em Inteligência Artificial. Sendo assim, startups, universidades e centros de pesquisa brasileiros estão produzindo soluções inovadoras que, muitas vezes, ficam invisíveis justamente por falta de uma rede de conexões eficaz.
A lacuna da conexão entre profissionais
A segunda etapa foi compreender por que, apesar desse potencial, ainda havia pouco intercâmbio de conhecimento entre os profissionais da área. Nesse sentido, a principal conclusão foi que faltava uma estrutura que facilitasse essa interação.
Foi aí que nasceu a ideia do AGI Club. Em outras palavras, a comunidade vem justamente para preencher essa lacuna, oferecendo um ambiente onde o compartilhamento de ideias e experiências seja estimulado.
O papel estratégico do iFood no cenário nacional
Para o diretor de inovação do iFood, a empresa tem uma posição estratégica para liderar esse movimento. Ou seja, por ser uma marca conhecida e respeitada, com forte atuação em tecnologia, a empresa acredita que pode influenciar positivamente o ecossistema nacional de inovação. Mais do que promover suas próprias soluções, a ideia é criar um ambiente onde a IA brasileira possa florescer como um todo.

A importância de projetos como o do iFood
Iniciativas como o AGI Club representam um novo capítulo no desenvolvimento tecnológico do Brasil. Ao criar uma comunidade focada em IA, o iFood não só fortalece sua posição no mercado, como também colabora para o crescimento do país como um todo.
Inovação como motor de transformação
A Inteligência Artificial já é considerada uma das tecnologias mais transformadoras da atualidade, com aplicações que vão desde o atendimento ao cliente até diagnósticos médicos. Ou seja, investir em IA significa estar preparado para o futuro, e fomentar o desenvolvimento local dessa tecnologia é essencial para que o Brasil não fique para trás.
Formação de talentos e novas oportunidades
Outro ponto relevante é o estímulo à formação de novos talentos. A comunidade pode servir como uma vitrine para profissionais promissores e abrir portas para oportunidades de carreira, pesquisas e projetos colaborativos. Em conjunto a isso, empresas que participam do grupo podem se beneficiar diretamente ao ter acesso a especialistas e ideias inovadoras.
Outras empresas podem se inspirar na comunidade do iFood?
Sem dúvida, o modelo adotado pelo iFood com o AGI Club pode (e deve) servir de inspiração para outras empresas brasileiras. Em tal sentido, mesmo organizações que não atuam diretamente com tecnologia podem se beneficiar de comunidades de inovação em suas áreas específicas.
Adaptar o modelo à realidade de cada setor
O segredo está em adaptar o conceito à realidade de cada empresa ou setor. Por exemplo, uma empresa do setor agrícola pode criar uma comunidade para discutir inovações em agro IA. Já uma empresa de logística pode reunir especialistas para falar sobre automação e otimização de rotas com algoritmos inteligentes.
O papel da colaboração no futuro dos negócios
O sucesso da economia do conhecimento é algo que depende, em grande parte, da colaboração. Quando empresas, universidades, startups e profissionais independentes trabalham juntos, os resultados tendem a ser mais criativos, robustos e sustentáveis. Dessa forma, o iFood entendeu isso e está mostrando como se faz.
Em resumo, o AGI Club é uma iniciativa que poderá ser responsável por impulsionar a colaboração em Inteligência Artificial no Brasil. Isso se deve ao fato de que a iniciativa conecta talentos e promove avanços tecnológicos.
Se você é desenvolvedor, pesquisador, empreendedor ou até mesmo um profissional com interesse em IA, inscreva-se agora no processo seletivo e faça parte da comunidade do iFood!