iFood desconfortável com chegada do delivery chinês Keeta? Veja!

O iFood, principal plataforma de delivery no Brasil, pode estar enfrentando um momento de grande inquietação com a chegada do Keeta, o serviço de entrega da gigante chinesa Meituan. 

Em outras palavras, a entrada desse novo concorrente promete transformar o mercado, trazendo altos investimentos e uma possível oferta de remuneração mais atraente para os entregadores. Tal cenário, que coloca o aplicativo frente a um dos maiores desafios desde sua consolidação no país, levanta dúvidas e especulações sobre o real impacto dessa novidade para a líder do setor.

Portanto, neste artigo, iremos entender o contexto de um possível desconforto do iFood com a chegada do Keeta, bem como explorar as possíveis consequências dele. Além disso, apresentaremos a resposta do app ao mesmo e também pensaremos na importância de concorrentes para o serviço no setor de delivery. Finalmente, iremos elencar algumas lições que podem ser aprendidas com essa situação.

Entenda o contexto de um possível desconforto do iFood com a chegada do Keeta

Líder no setor de entregas por aplicativo no Brasil, o iFood pode estar prestes a enfrentar seu maior desafio desde que se consolidou como principal plataforma do país. Nesse sentido, a chegada do Keeta, marca de delivery da gigante chinesa Meituan, promete movimentar o mercado. 

Isso se deve ao fato de o delivery chinês contar com a promessa de altos investimentos e possível remuneração mais vantajosa para entregadores, o que pode redesenhar completamente a disputa por trabalhadores e consumidores no setor.

A Meituan e sua estratégia global

A Meituan é uma das maiores plataformas de delivery do mundo, presente principalmente no mercado asiático, em especial na China. Sua expertise tecnológica e modelo de negócios já revolucionaram o setor naquele país, usando Inteligência Artificial, logística avançada e uma política agressiva de incentivos para atrair entregadores e usuários. 

Ou seja, com a entrada no Brasil, via Keeta, a empresa traz um pacote robusto de recursos que pode mudar o equilíbrio da disputa no mercado brasileiro, dominado há anos pelo iFood.

O cenário brasileiro antes da chegada do Keeta

O iFood consolidou-se como líder ao oferecer um ecossistema completo, que conecta milhares de restaurantes, entregadores e consumidores. A plataforma conseguiu criar uma base sólida de usuários fiéis, além de manter uma operação que se adaptou à dinâmica e às necessidades do mercado local. 

No entanto, o setor já enfrentava desafios significativos: entregadores frequentemente reclamam das condições de trabalho e dos baixos valores pagos por entrega. Enquanto isso, restaurantes apontam as altas taxas cobradas e a dificuldade para aparecer nas primeiras posições da plataforma.

Quais as possíveis consequências da chegada do Keeta para o iFood?

O iFood já lida com pressões constantes vindas de diferentes frentes. Por um lado, entregadores insatisfeitos cobram melhorias urgentes nas condições de trabalho e no valor das corridas. Em paralelo, restaurantes se queixam das altas comissões cobradas e da dificuldade em obter visibilidade dentro da plataforma.

Além disso, empresas concorrentes como Rappi e 99Food têm ampliado suas operações e apostado em incentivos agressivos para atrair tanto parceiros comerciais quanto trabalhadores de entrega.

Pressão maior sobre a remuneração dos entregadores

A entrada do Keeta, que declarou um investimento inicial de R$5,6 bilhões para o mercado brasileiro, reforça a possibilidade de uma oferta mais atraente para os entregadores. Vale ressaltar que ainda não houve divulgação dos detalhes completos sobre a política de pagamentos da nova plataforma.

No entanto, há um consenso entre especialistas de que, caso a Keeta pague valores superiores aos praticados atualmente, o iFood poderá enfrentar uma migração em massa dos entregadores insatisfeitos.

Essa saída em massa pode gerar um efeito cascata, impactando diretamente a qualidade e a velocidade das entregas, prejudicando o atendimento ao cliente e, consequentemente, a imagem da marca iFood.

Impacto na relação com os restaurantes

A chegada do novo serviço pode também provocar mudanças na relação entre iFood e os restaurantes parceiros. Com um concorrente oferecendo comissões menores ou condições comerciais mais vantajosas, o app pode ser pressionado a revisar sua política de comissões e serviços para manter os parceiros engajados.

Restaurantes, especialmente os de pequeno e médio porte, têm reclamado das taxas elevadas cobradas, que muitas vezes comprometem a rentabilidade do negócio. Se o Keeta conseguir oferecer melhores condições, a liderança do iFood poderá ser ameaçada.

A disputa acirrada pelo consumidor final

Para o consumidor, a concorrência tende a ser benéfica no curto prazo, com ofertas promocionais, descontos e serviços mais competitivos. Entretanto, a entrada do Keeta também obriga o iFood a investir em inovação e melhorias constantes para não perder seu público fiel.

A experiência do usuário, a variedade de opções, a rapidez das entregas e o atendimento ao cliente serão áreas de disputa intensa entre as plataformas. Tal contexto beneficiará diretamente os consumidores.

A chegada do Keeta pode ser responsável por gerar diversas consequências para o iFood.
A chegada do Keeta pode ser responsável por gerar diversas consequências para o iFood. | Foto: DALL-E 3

A resposta do iFood a esse contexto

Em resposta ao cenário cada vez mais competitivo, o iFood anunciou novas regras de remuneração para entregadores a partir de junho. A partir de agora, quem faz entregas de moto ou carro recebe no mínimo R$7,50 por rota de até 4 km. Já para bicicletas, o valor mínimo é de R$7. Vale ressaltar que cada quilômetro extra rende R$1,50, e entregas adicionais em uma mesma viagem somam R$3 por pedido.

Reação dos entregadores à nova política

Apesar da atualização, a recepção entre os entregadores foi morna. Muitos apontam que os valores ainda são insuficientes diante da carga de trabalho, dos custos com manutenção de veículos e dos riscos enfrentados diariamente nas ruas.

Sendo assim, representantes da categoria defendem um piso de R$10 por entrega e R$2,50 por quilômetro, além de bônus mais justos para entregas múltiplas. Esse debate evidencia que o iFood terá que ir além de reajustes pontuais para garantir a fidelidade e satisfação dos seus principais colaboradores.

Estratégias complementares do iFood

Juntamente com o reajuste, o iFood também tem investido em melhorias tecnológicas para otimizar as rotas e facilitar a vida dos entregadores, bem como em campanhas de fidelização e benefícios adicionais, como por exemplo planos de saúde e incentivos para entregadores parceiros.

Outra frente importante é o investimento em marketing e comunicação para reforçar sua marca e consolidar a confiança dos consumidores. Tais aspectos são a base para o sucesso contínuo da plataforma.

A importância de concorrentes para o iFood no setor de delivery

Embora a chegada do Keeta represente um desafio, a concorrência é um fator fundamental para o amadurecimento do mercado de delivery no Brasil. O iFood, ao enfrentar rivais como Rappi, 99Food e agora a Meituan, é impulsionado a inovar e buscar melhorias constantes.

Concorrência como motor de inovação

A disputa por entregadores, restaurantes e clientes estimula o desenvolvimento de soluções tecnológicas mais eficientes, a criação de novos modelos de negócio e a implementação de práticas mais justas. Sem concorrentes fortes, o mercado pode se tornar estagnado, prejudicando tanto trabalhadores quanto consumidores.

Benefícios para o consumidor e o mercado

A entrada do Keeta pode trazer vantagens como preços mais competitivos, maior diversidade de ofertas e melhores condições para os entregadores. Isso pode refletir em um serviço mais qualificado para o consumidor final.

Para o setor, a competição saudável contribui para o fortalecimento das plataformas nacionais e estrangeiras. Isso se deve ao fato de que ela fomenta investimentos e cria um ecossistema sustentável e dinâmico.

Lições a aprender com essa situação do iFood

O possível desconforto do iFood com a chegada do delivery chinês Keeta serve como um alerta sobre a importância de se adaptar continuamente em um mercado em constante transformação.

Foco no trabalhador e na sustentabilidade do negócio

A insatisfação dos entregadores é uma questão crucial que o iFood precisa enfrentar. Em outras palavras, garantir remuneração justa, melhores condições de trabalho e segurança deve estar no centro da estratégia da empresa para manter sua base de colaboradores e evitar migrações para concorrentes.

Reforço no relacionamento com restaurantes parceiros

O iFood deve buscar equilíbrio entre as taxas cobradas e a oferta de valor para os restaurantes. Nesse sentido, modelos de comissão flexíveis, transparência e ferramentas que aumentem a visibilidade dos parceiros podem fortalecer essa relação e aumentar a fidelidade.

Inovação tecnológica constante

O investimento em tecnologia para melhorar a experiência do usuário, otimizar logística e oferecer diferenciais competitivos é fundamental para que o iFood mantenha sua liderança diante de novos entrantes como por exemplo o Keeta.

Comunicação transparente e foco no cliente

Por fim, fortalecer a comunicação clara com entregadores, restaurantes e consumidores ajuda a construir confiança e a consolidar a marca em meio a uma concorrência cada vez mais acirrada.

Em última análise, o possível desconforto do iFood diante da chegada do delivery chinês Keeta ao Brasil não é apenas uma questão de competição. Paralelamente, é também um convite à inovação, revisão de práticas e maior atenção às necessidades de todos os envolvidos no ecossistema de entregas por aplicativo. 

Somente com essas estratégias o iFood poderá manter sua posição de liderança e continuar crescendo em um mercado cada vez mais dinâmico. Quer acompanhar de perto as novidades e análises sobre o mercado de delivery? Então, fique atento às notícias e tendências sobre para estar sempre um passo à frente!

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