Mágico de Oz tem versão criada por IA do Google. Confira!

O clássico do cinema “Mágico de Oz”, lançado originalmente em 1939 e estrelado por Judy Garland, ganhou uma nova vida em pleno 2025 pelas mãos (ou melhor, pelos algoritmos) da IA do Google. 

Nesse sentido, a ousada reinterpretação da obra foi apresentada durante o evento Google Cloud Next ’25, em uma demonstração impactante no “The Sphere”, uma estrutura esférica de altíssima resolução localizada em Las Vegas. 

Com a ajuda de diversos modelos de Inteligência Artificial da plataforma Vertex AI, o Google reconstruiu cenas icônicas, criou novas dimensões visuais e sonoras, e apresentou uma experiência imersiva inédita que marca um ponto de virada na criação de mídia digital. 

Assim, neste conteúdo, exploraremos a versão de “Mágico de Oz” que foi criada pela IA do Google e também os cuidados necessários com produções desse tipo. Em conjunto a isso, iremos listar algumas possibilidades com elas, bem como discutir se outros clássicos podem passar pelo mesmo processo. Finalmente, discutiremos se esse conteúdo pode ser algo que irá atrair novos usuários para o recurso.

A versão de Mágico de Oz criada pela IA do Google

A versão recriada de “Mágico de Oz” é fruto da integração dos mais recentes modelos de Inteligência Artificial lançados pelo Google Cloud. Eles estão presentes em especial no ecossistema Vertex AI. 

Ou seja, essa plataforma passou a oferecer ferramentas capazes de gerar vídeos, imagens, discursos e músicas de forma completamente autônoma a partir de simples comandos textuais. Sendo assim, um dos grandes destaques foi a estreia do modelo Lyria, voltado para a criação de música, que se junta aos modelos Veo 2 (vídeo), Imagen 3 (imagens) e Chirp 3 (áudio/voz).

Durante a exibição no The Sphere, cenas icônicas do filme original foram reconstituídas com riqueza de detalhes, respeitando o estilo visual do longa de 1939, mas extrapolando suas limitações técnicas. Um exemplo foi a cena em que a cabeça da protagonista Dorothy aparece isolada: a IA gerou digitalmente o restante do corpo dançando, preenchendo a tela gigante com uma fluidez surpreendente.

Além disso, treinaram-se os modelos para entender descrições subjetivas. Com o Lyria, por exemplo, foi possível criar uma trilha sonora que refletisse emoções complexas como “o sentimento do tardar da noite em um clube de jazz esfumaçado”.

Tal descrição foi mesclada com instruções técnicas como “priorizar solos vertiginosos de saxofone e trompete”. Logo, essa união de arte e algoritmo tornou a nova versão do “Mágico de Oz” uma experiência audiovisual ricamente detalhada e sensorialmente envolvente.

Tecnologias envolvidas

  • Lyria: cria músicas com base em comandos textuais, que são capazes de captar nuances emocionais;
  • Veo 2: gera vídeos a partir de imagens estáticas ou descrições, com controle de câmera (como sobrevoos de drones);
  • Chirp 3: cria vozes personalizadas com apenas 10 segundos de áudio e adiciona narração a vídeos que já são existentes;
  • Imagen 3: retoca imagens e preenche áreas danificadas ou até mesmo ausentes com um realismo que é impressionante.

Esses modelos estão disponíveis para empresas e desenvolvedores na plataforma Vertex AI. Para se ter uma ideia, marcas como Adobe, Kraft Heinz, L’Oréal e Bending Spoons já utilizam a mesma em campanhas publicitárias, clipes e outras criações.

Cuidados necessários com criações como a versão de Mágico de Oz da IA do Google

Com o avanço das Inteligências Artificiais generativas, surgem também alguns debates, que são importantes, sobre os limites éticos da tecnologia. Em outras palavras, a criação de uma nova versão de “Mágico de Oz” por uma IA levanta questões como:

  • Direitos autorais e propriedade intelectual: quem detém os direitos sobre uma obra que foi gerada por Inteligência Artificial com base em uma criação original?;
  • Consentimento dos artistas originais: em casos como este, a imagem de Judy Garland foi estendida e manipulada digitalmente. Mesmo sendo um tributo, há implicações legais e morais sobre o uso da imagem de pessoas falecidas;
  • Manipulação da memória cultural: ao alterar ou expandir obras clássicas, corre-se o risco de modificar a forma como elas são lembradas ou reinterpretadas por novas gerações.

A importância da transparência

Outra questão crítica envolve a transparência no uso de IA. Em tal sentido, o público deve ser informado de que uma obra foi gerada, alterada ou até mesmo ampliada por sistemas automatizados. 

Isso é algo que ajuda a preservar a integridade cultural da obra original e também impede a disseminação de informações falsas. Juntamente com isso, é uma postura que é responsável por garantir o reconhecimento justo dos artistas e produtores humanos que participaram do conteúdo primário.

Possibilidades com criações como a versão de Mágico de Oz da IA do Google

Segundo o próprio Google Cloud, as ferramentas de IA aplicadas à recriação do “Mágico de Oz” visam expandir as possibilidades criativas para empresas de todos os setores. Logo, as capacidades que a plataforma Vertex AI oferece são responsáveis por permitir que:

  • Campanhas de marketing possam incluir trilhas sonoras personalizadas, cuja geração se deu em poucos minutos;
  • Vídeos promocionais ou institucionais não tenham a necessidade de equipes completas de produção em sua produção;
  • Podcasts ganhem vozes que são personalizadas e também narrações automáticas;
  • Experiências imersivas, como por exemplo apresentações em realidade aumentada ou exposições virtuais, contem com conteúdo audiovisual de alta qualidade que teve o processo de criação simplificado.

Por último, é visível que essas soluções podem reduzir drasticamente os custos de produção, ao mesmo tempo em que democratizam o acesso a ferramentas criativas de ponta. Dessa maneira, pequenas empresas e criadores independentes agora têm a possibilidade de competir com grandes estúdios em termos de qualidade de entrega.

Integrações com plataformas de criação já consolidadas

Outro fator promissor é a integração desses modelos com plataformas populares, como o Adobe Express, que agora incorpora o Imagen 3. Isso permite que designers e publicitários adicionem funcionalidades avançadas de Inteligência Artificial às suas rotinas, sem precisar abandonar as ferramentas com as quais já possuem familiaridade.

Apesar da existência de riscos, os novos recursos da IA do Google oferecem diversos benefícios aos usuários.
Apesar da existência de riscos, os novos recursos da IA do Google oferecem diversos benefícios aos usuários. | Foto: DALL-E 3

Outros clássicos além de Mágico de Oz podem passar por esse processo?

A reinterpretação do “Mágico de Oz” pode ser apenas o começo de uma revolução no modo como consumimos e interagimos com obras audiovisuais. Em tal sentido, com o avanço acelerado da Inteligência Artificial e sua crescente capacidade de recriar experiências multimídia completas, é plausível imaginar que outros clássicos do cinema possam passar por processos semelhantes de revitalização. 

Tais obras incluem “Casablanca”, “Cantando na Chuva”, “Cidadão Kane” e até mesmo produções mais recentes como “Titanic”. Em conjunto a isso, imagine, por exemplo, uma nova versão de “E o Vento Levou”, com cenas inéditas, atuações reinterpretadas digitalmente e trilhas sonoras modernas.

Ainda é possível pensar em uma releitura de “Star Wars” com ângulos de câmera que são inovadores e a IA irá gerar. Então, as possibilidades são imensas e inevitavelmente levantam questões importantes sobre os limites da criatividade, autoria e o conceito de originalidade na era digital.

Implicações para educação e preservação histórica

Além do entretenimento, essas recriações podem ter um impacto profundo em projetos educativos, culturais e museológicos. Ferramentas de Inteligência Artificial podem reconstituir filmes danificados, restaurar trilhas sonoras perdidas e criar experiências imersivas que tragam à vida momentos históricos. Isso contribui para a preservação e a valorização da memória coletiva.

Após a demonstração com Mágico de Oz, a IA do Google pode conquistar novos usuários?

A impressionante demonstração com “Mágico de Oz” não serviu apenas como uma vitrine tecnológica. Da mesma maneira, ela foi responsável por representar uma clara mensagem do Google.

De agora em diante, qualquer pessoa com uma ideia e acesso à Vertex AI pode transformar essa ideia em uma experiência multimídia completa. Isso atraiu a atenção de diversos setores, desde o entretenimento até a educação, passando por publicidade, jornalismo e criação de conteúdo digital.

Marcas como Kraft Heinz e L’Oréal já utilizam essas ferramentas para otimizar suas campanhas. Porém, espera-se que, após a demonstração em Las Vegas, outras empresas se juntem a essa transformação, incorporando IA generativa em suas estratégias criativas e operacionais.

Novos modelos de negócios

Juntamente com novos usuários, o Google pode também abrir caminhos para modelos de negócios inovadores. Ou seja, plataformas de streaming, por exemplo, podem começar a oferecer versões alternativas de filmes e séries, geradas dinamicamente conforme as preferências do espectador. Isso criaria uma nova camada de personalização no consumo de mídia, algo impensável até poucos anos atrás.

Em conclusão, o uso da Inteligência Artificial para reimaginar o clássico “Mágico de Oz” marca uma nova era na produção de conteúdos audiovisuais, misturando tecnologia de ponta com a tradição de grandes obras da cultura pop. 

À medida que ferramentas como Lyria, Veo 2, Imagen 3 e Chirp 3 se tornam acessíveis, surgem oportunidades inéditas para contar histórias, promover marcas e preservar memórias históricas de forma criativa e impactante.

Sendo assim, quer descobrir como aplicar a IA em suas criações e projetos, assim como foi feito com “Mágico de Oz”? Explore as possibilidades da Inteligência Artificial do Google e comece hoje a transformar suas ideias em realidade com a mesma tecnologia que teve o trabalho de revolucionar a obra clássica.

Artigos recentes