A Geração Z, também conhecida como Gen Z ou zoomers, está entrando no mercado de trabalho e enfrentando desafios únicos. Dessa forma, entre os muitos obstáculos que ela enfrenta, a saúde mental tem se destacado como um fator crítico que impacta a busca desses indivíduos por seus primeiros empregos.
Portanto, este texto irá explorar a Geração Z, bem como a prevalência de problemas de saúde mental entre as pessoas dessa faixa etária. Em conjunto a isso, discutirá como essa condição afeta a busca pelo primeiro emprego e também comentará algumas posturas que podem ajudar a melhorar a condição mental desses jovens.
O que é a Geração Z?
A Geração Z é composta pelos indivíduos que nasceram entre os anos de 1995 e 2010. Sendo assim, eles cresceram em um mundo altamente digitalizado, cercados por tecnologias e redes sociais.
Nesse sentido, diferente das gerações anteriores, os zoomers são nativos digitais. Isso significa que eles não conheceram um mundo sem internet e dispositivos móveis. Então, essa familiaridade com a tecnologia moldou suas vidas de maneiras significativas, influenciando seus hábitos, valores e expectativas.
A Gen Z é frequentemente descrita como pragmática e realista, com uma forte consciência social e ambiental. Logo, eles valorizam a autenticidade e a transparência, tanto em suas interações pessoais quanto em suas interações profissionais. Além disso, são uma geração altamente diversificada e inclusiva, que celebra as diferenças e a luta por igualdade e justiça social.
Do mesmo modo, a educação é uma prioridade para muitos membros da Geração Z, que tendem a ser autodidatas e buscar aprendizado contínuo. No entanto, ao mesmo tempo, eles enfrentam pressões significativas em termos de desempenho acadêmico e expectativas de carreira. Essas questões acarretam em diversas consequências negativas para a saúde mental desses indivíduos.
A grande ocorrência de problemas de saúde mental entre os zoomers
A saúde mental tornou-se um tema central quando se fala sobre a Geração Z. Pesquisas indicam que essa geração está experimentando níveis alarmantes de problemas relacionados à ela, incluindo ansiedade, depressão e estresse. Dessa maneira, diversos fatores contribuem para essa situação preocupante.
Primeiramente, o uso intensivo das redes sociais tem um impacto significativo. Embora proporcionem conexões e acesso à informação, também podem levar à comparação constante, cyberbullying e uma sensação de inadequação. Logo, a pressão para manter uma imagem perfeita online pode ser esmagadora, resultando em sentimentos de ansiedade e baixa autoestima.
Juntamente com isso, a Gen Z cresceu em um período de instabilidade econômica e incertezas globais, como por exemplo mudanças climáticas e crises políticas. A exposição constante a notícias negativas e a percepção de um futuro incerto contribuem para um estado de alerta constante e preocupações com o que está por vir.
Outro fator importante é o estigma ainda existente em torno da saúde mental. Apesar da discussão sobre o tema ter se tornado mais aberta, muitos jovens ainda sentem vergonha de buscar ajuda ou de falar sobre seus problemas. A falta de suporte adequado, seja na família, escola ou comunidade, agrava ainda mais a situação.
Por fim, estudos mostram que os zoomers são mais propensos a relatar sentimentos de solidão e isolamento em comparação com gerações anteriores. Essas sensações podem ter sido exacerbadas pela pandemia de COVID-19, que impôs medidas de distanciamento social e interrompeu as rotinas diárias, aumentando o isolamento e a ansiedade.
Como a saúde mental impacta a Gen Z na busca pelo primeiro emprego
A saúde mental precária tem um impacto direto na busca pelo primeiro emprego entre a Geração Z. Nesse sentido, o mercado de trabalho já é um ambiente naturalmente competitivo e estressante, e para aqueles que estão lutando com problemas de saúde mental, esses desafios são amplificados.
A ansiedade e a depressão podem diminuir a autoconfiança, fazendo com que os jovens se sintam inadequados e inseguros em suas capacidades profissionais. Isso pode resultar em evitar candidatar-se a empregos ou comparecer a entrevistas, perdendo oportunidades valiosas.
Além disso, a ansiedade pode se manifestar em comportamentos de procrastinação. Isso dificulta a preparação adequada para entrevistas ou a realização de tarefas relacionadas à busca de emprego.
Da mesma maneira, a concentração e a produtividade também são afetadas. Problemas de saúde mental podem dificultar a manutenção do foco durante a procura por emprego e durante o próprio trabalho, caso sejam contratados. Então, a dificuldade em se concentrar pode levar a erros, atrasos e uma menor capacidade de demonstrar habilidades e competências essenciais para o trabalho.
Por último, a estigmatização associada aos problemas de saúde mental pode levar ao medo de discriminação. Portanto, muitos jovens hesitam em relatar suas condições de saúde mental aos empregadores, temendo que isso possa prejudicar suas chances de contratação ou crescimento profissional.
Desse modo, esta falta de transparência pode criar um ambiente de trabalho onde os indivíduos não se sentem confortáveis para buscar ajuda ou acomodação. Isso exacerba ainda mais os problemas de saúde mental.
Posturas para a Geração Z melhorar a condição da mente
Existem várias estratégias que podem ser adotadas para melhorar a saúde mental dos zoomers, facilitando a busca pelo primeiro emprego e o sucesso profissional. Assim, a conscientização e a educação sobre saúde mental são fundamentais.
Logo, promover um ambiente onde a discussão sobre saúde mental é encorajada e livre de estigmas pode ajudar os jovens a se sentirem mais à vontade para buscar ajuda. Programas de apoio psicológico e aconselhamento, tanto nas instituições de ensino quanto nos locais de trabalho, são essenciais.
Em paralelo, ter acesso a profissionais de saúde mental pode fornecer o suporte necessário para lidar com o estresse, a ansiedade e outros problemas. Em conjunto a isso, práticas de autocuidado, como exercícios físicos regulares, uma dieta equilibrada e técnicas de relaxamento como meditação e mindfulness, podem contribuir significativamente para o bem-estar mental.
Outra abordagem é o desenvolvimento de habilidades de enfrentamento e resiliência. Ensinar os jovens a gerenciar o estresse, a lidar com contratempos e a manter uma perspectiva positiva pode ser extremamente benéfico.
Empregadores também têm um papel crucial. Criar ambientes de trabalho que valorizem o bem-estar mental, oferecendo flexibilidade, apoio e recursos, pode fazer uma grande diferença.
Em suma, a saúde mental é um aspecto crítico que impacta a Geração Z na busca pelo primeiro emprego. Então, compreender os desafios enfrentados por esses indivíduos e adotar posturas e estratégias para melhorar a condição da mente pode não apenas ajudar os jovens a encontrar e manter empregos, mas também contribuir para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
