A Semana de Moda em Xangai de 2025 foi marcada por um acontecimento inusitado e futurista: a presença de robôs humanoides nas passarelas. Sendo assim, o evento, que é conhecido por explorar conceitos de vanguarda e integrar tecnologia com design, desta vez foi além ao apresentar o robô humanoide G1, acompanhado de um cão robótico, durante o desfile da marca NMTG.
Em outras palavras, tal inovação não apenas chamou a atenção do público e da imprensa internacional. Paralelamente, o contexto também abriu espaço para uma série de debates sobre o papel da Inteligência Artificial (IA) e da robótica no mundo da moda e da cultura. A presença dos robôs tornou-se um divisor de águas, indicando que a moda pode estar prestes a atravessar fronteiras jamais imaginadas.
Logo, neste artigo, entenderemos o uso de robôs humanoides na Semana de Moda em Xangai, bem como explicaremos os motivos pelos quais isso causou debate. Em conjunto a isso, iremos discutir se tal situação pode virar tendência e também listar algumas lições que podem ser aprendidas com a polêmica. Por último, elencaremos outros usos possíveis para esses dispositivos.
Entenda o uso de robôs humanoides na Semana de Moda em Xangai
Durante o desfile da marca NMTG, uma grife reconhecida por explorar temas como por exemplo o futuro das civilizações e os limites do estilo humano, o robô humanoide G1 fez sua primeira aparição pública.
Em tal sentido, desenvolvido por engenheiros chineses com apoio de especialistas em IA, o G1 desfilou ao lado de modelos humanos em um cenário que foi projetado para simular um ambiente de tecnologia. Vale ressaltar que a cena foi ainda mais impactante por causa da presença de um cão robótico, programado para andar em sincronia com o G1.
O objetivo da marca foi levantar reflexões sobre como a tecnologia pode alterar não apenas a estética, mas também os modos de vida humanos. Portanto, a inserção desses robôs no desfile não foi apenas performática. Em adição, ela fazia parte de uma narrativa que questionava o que significa ser humano em uma era de avanços tecnológicos acelerados.
O impacto visual e narrativo no desfile
Como dito acima, a presença dos robôs não apenas serviu para entreter, mas também comunicou uma mensagem estética e conceitual poderosa. A androidez do G1, sua postura e expressão neutra contrastaram com a expressividade dos modelos humanos, criando um ambiente de reflexão profunda. Ou seja, a ideia era provocar uma reação emocional e filosófica no público, e isso foi cumprido com êxito.
Por sua vez, o cão robótico representava a lealdade tecnológica, uma metáfora para o papel crescente que máquinas desempenham em nossas rotinas, desde a companhia até a assistência. Toda essa performance reforçou o caráter disruptivo da Semana de Moda em Xangai.

Por que esse contexto da Semana de Moda em Xangai causou debate?
A inserção de robôs humanoides na passarela é algo que gerou reações polarizadas. Em primeiro lugar, para muitos, foi um passo à frente na integração entre moda e tecnologia, demonstrando que o setor está aberto a novas formas de expressão e interação.
Segundamente, outros viram a iniciativa como uma ameaça aos profissionais humanos da moda, o que levanta questionamentos sobre o desemprego e a desumanização do setor criativo.
Em paralelo, alguns críticos também apontaram que a adoção de robôs em ambientes tradicionalmente humanos pode esvaziar a essência artística da moda. Ou seja, a presença de um robô pode ser visualmente impactante, mas até que ponto ele consegue transmitir emoções ou contar histórias por meio da linguagem corporal como um ser humano?
A questão ética e filosófica
Adicionalmente, outro ponto sensível discutido após o evento foi a ética do uso de robôs em ambientes de entretenimento. Nesse sentido, ainda que os robôs não tenham consciência, a sua humanização pode provocar confusão emocional ou psicológica no público.
Da mesma forma, há também o risco de reforçar a objetificação dos corpos humanos, ao colocá-los lado a lado com máquinas perfeitamente simétricas, que foram programadas para obedecer.
Finalmente, vale ressaltar que a Semana de Moda em Xangai tornou-se um símbolo dessa nova era, em que a estética do futuro levanta mais perguntas do que respostas. A crítica não é apenas sobre a tecnologia em si, mas sobre os valores que ela carrega e as consequências sociais de sua aplicação.
O uso de robôs humanoides como na Semana de Moda em Xangai pode virar tendência?
A moda é, por natureza, uma área experimental e que está aberta a inovações. Em tal sentido, casos anteriores já mostraram o uso de drones para desfiles, como por exemplo na Dolce & Gabbana, ou modelos virtuais como Lil Miquela.
Nesse contexto, o uso de robôs humanoides surge como uma extensão natural dessa busca por novidade e diferenciação. Sendo assim, especialistas acreditam que o episódio da Semana de Moda em Xangai pode sim se tornar uma tendência.
Isso deve ocorrer especialmente em eventos de alto conceito ou que desejam dialogar com o futuro. Em outras palavras, os robôs humanoides podem assumir funções específicas, como manequins dinâmicos, recepcionistas ou até mesmo influenciadores digitais com aparência física.
O mercado e o apelo midiático
Do ponto de vista mercadológico, a presença de robôs em desfiles é um aspecto que gera engajamento, cobertura midiática e uma repercussão que é difícil de conquistar com métodos tradicionais. Isso significa que marcas que buscam visibilidade podem considerar essa tecnologia como um diferencial competitivo.
No entanto, para que isso se torne uma tendência concreta, será necessário equilibrar inovação com autenticidade. Portanto, a tecnologia deve servir à narrativa da moda, e não substituí-la. Ou seja, robôs precisam agregar valor criativo e não apenas funcionarem como dispositivos no palco.
Lições a aprender com o debate sobre a Semana de Moda em Xangai
A importância do discurso por trás da inovação
A principal lição deixada pela Semana de Moda em Xangai é que a tecnologia, por si só, não basta. Em paralelo, é preciso construir uma história que justifique sua presença e integre-a de forma coerente ao universo da moda. Nesse sentido, o desfile da NMTG foi bem-sucedido justamente por isso: não se tratava apenas de exibir um robô, mas de usá-lo como ferramenta narrativa.
Dessa maneira, marcas que desejam seguir esse caminho devem estar preparadas para lidar com questões filosóficas, sociais e até legais. O uso de robôs em ambientes públicos ou criativos demanda regulamentações claras e responsabilidades bem definidas.
A moda como espelho das transformações sociais
A moda sempre refletiu os dilemas e aspirações de cada época. Na década de 60, por exemplo, eram comuns os vestidos metálicos que simbolizavam a corrida espacial. Já nos anos 2000, o futurismo cibernético marcou presença com tecidos sintéticos e cortes assimétricos.
Hoje, os robôs humanoides surgem como metáfora das nossas incertezas frente à Inteligência Artificial e à automatização. Esse episódio reforça que a moda não é apenas sobre roupas, mas também sobre cultura, valores e transformações sociais. Nesse sentido, o debate que foi gerado pela Semana de Moda em Xangai é saudável e necessário.
Outros usos dos robôs humanoides além da Semana de Moda em Xangai
Além do universo fashion, robôs humanoides já estão sendo utilizados em exposições de arte e museus. Em tais contextos, eles atuam como guias interativos, que são capazes de explicar obras, responder perguntas e até mesmo simular emoções. Vale ressaltar que essa prática se intensificou em países como Japão, Coreia do Sul e Alemanha, onde a aceitação da tecnologia é maior.
Já em festivais culturais, os robôs são usados para criar experiências imersivas, misturando performance teatral, som e projeções holográficas. Isso mostra que o potencial dessas máquinas vai muito além das passarelas, podendo transformar toda a cadeia da indústria criativa.
Aplicações comerciais e educacionais
Algumas empresas de varejo já estão testando robôs humanoides como recepcionistas ou atendentes em lojas. Eles são capazes de fornecer informações sobre produtos, guiar o cliente dentro do espaço físico e até interagir em múltiplos idiomas. Na educação, robôs têm sido usados como tutores em sala de aula, especialmente para crianças autistas, criando ambientes seguros e controlados para o aprendizado.
Logo, todos esses exemplos mostram que o impacto cultural dos robôs humanoides será profundo e multifacetado. Ou seja, a Semana de Moda em Xangai foi apenas uma amostra do que está por vir.
Em resumo, a presença de robôs humanoides na Semana de Moda em Xangai não apenas causou fascínio, mas também levantou discussões importantes sobre o futuro da moda, da tecnologia e das relações humanas.
Ao mesmo tempo que alguns celebram a ousadia e inovação, outros alertam para os riscos da desumanização. Seja como for, o evento consolidou um novo capítulo na intersecção entre arte, ciência e sociedade, convidando todos a refletir sobre o papel que queremos que a tecnologia desempenhe em nossas vidas.
Quer continuar acompanhando os avanços tecnológicos que impactam o universo fashion e os bastidores da Semana de Moda em Xangai? Pesquise mais sobre o tema para entender as possíveis repercussões de tal contexto na moda e na sociedade!