Com a quantidade crescente de produtos tecnológicos incorporados ao nosso cotidiano nos últimos anos, o hábito de acreditar que tudo é extremamente revolucionário ora se torna obsoleto, ora se mostra pura ingenuidade. No entanto, em meio ao contexto repleto de inovações em que vivemos, existem algumas que se destacam como genuinamente cruciais para o futuro da tecnologia. Um exemplo notável é a interseção entre os smartwatches e a nova tecnologia 5G. Para compreender como essa relação se desdobra, é necessário, em primeiro lugar, entender o que são os smartwatches e o que representa, efetivamente, o 5G.
O que é a rede 5G?
O 5G é reconhecido como o próximo passo na evolução da banda larga wireless, ou seja, sem fio. A proposta do 5G é elevar drasticamente o potencial das redes atuais, também conhecidas como 4G, ao alcançar a banda larga móvel com padrões exorbitantes de velocidade de conexão e capacidade para suportar um grande número de usuários simultaneamente.
As redes 5G apresentam, portanto, um pacote de avanços significativos para os usuários do futuro. Prometem transferências de dados mais rápidas, maior capacidade para conexões simultâneas e uma cobertura mais ampla e eficiente.
Para efeito de comparação, as redes de quarta geração, conhecidas como 4G, conseguem oferecer uma velocidade média de conexão de aproximadamente 33 Mbps. No entanto, o 5G, que é a quinta geração das redes móveis, representa uma revolução em termos de velocidade, prometendo entregas de velocidade de até 50 a 100 vezes superior às redes da quarta geração. Isso implica em uma promessa teórica de até 10 Gbps.
Desde o início da popularização do 5G, a promessa para a nova banda larga estava principalmente relacionada ao seu desempenho em dispositivos amplamente conhecidos, como os smartphones. E essa promessa, na prática, tornou-se uma realidade, já que os smartphones têm sido grandes aliados dessa tecnologia. No entanto, além dos smartphones, os smartwatches também emergiram como dispositivos que atraem consideravelmente a atenção para o futuro dessa tecnologia e sua ampla gama de aplicações.
Smartwatches: o que são?
Os smartwatches são, em resumo, dispositivos portáteis avançados. No entanto, eles não se limitam a ser apenas dispositivos portáteis comuns. Possuem um design semelhante ao de um relógio de pulso, com telas sensíveis ao toque que permitem aos usuários desfrutar de uma variedade de aplicativos. Além disso, têm a capacidade de registrar sinais vitais importantes, como a frequência cardíaca, passos dados durante o dia, qualidade do sono e muito mais.
O dispositivo inclui um valor significativo à vida das pessoas, devido as características valorizadas por consumidores preocupados com a saúde e atividades físicas. Isto é, o smartwatch se torna um acessório extremamente atrativo para o dia a dia.
Considerando a imersão no período da “Internet das Coisas”, onde a visão é que o futuro seja permeado pela conectividade à internet de forma contínua e onipresente, é evidente que carros, equipamentos médicos, drones, sistemas de segurança, semáforos, utensílios domésticos e uma variedade de outros dispositivos estarão interligados à internet. Isso nos coloca no caminho para o desenvolvimento de cidades verdadeiramente inteligentes.
Atualmente, estamos profundamente conectados à internet. De fato, uma sociedade tecnológica que confia na tecnologia para simplificar mesmo as tarefas mais básicas do cotidiano, como apagar as luzes, controlar o som ou desligar a TV. No entanto, a jornada rumo à total interconectividade não se detém por aqui. Portanto, em um mundo moldado pela Internet das Coisas, um dispositivo que permanece constantemente conosco, conectado de forma ininterrupta, não pode passar despercebido.
Diante desse cenário, surge a seguinte questão: qual é o papel dos smartwatches nesse futuro totalmente interconectado?
Tecnologias compatíveis
Existem várias tecnologias que podem ser usadas em smartwatches, dependendo do fabricante, do sistema operacional e das funcionalidades do dispositivo. Algumas das tecnologias mais comuns são:
- Bluetooth: permite a conexão sem fio entre o smartwatch e o smartphone, podendo transmitir dados, notificações, chamadas, músicas e outros recursos.
- Wi-Fi: permite o acesso à internet no smartwatch, podendo usar aplicativos, navegar na web, enviar mensagens e receber atualizações.
- GPS: permite o rastreamento da localização, velocidade e distância do usuário, podendo usar mapas, rotas, monitorar atividades físicas e outras funções.
- NFC: permite a realização de pagamentos, troca de informações e pareamento com outros dispositivos usando a aproximação física.
- Sensores: permitem a medição de diversos parâmetros do usuário, como batimentos cardíacos, pressão arterial, oxigenação do sangue, temperatura corporal, nível de estresse, qualidade do sono e outros.
- Tela sensível ao toque: permite a interação com o smartwatch usando gestos, toques e deslizes na tela, podendo também usar botões físicos ou digitais.
- Microfone e alto-falante: permitem a comunicação de voz com o smartwatch, podendo usar assistentes virtuais, fazer e receber chamadas, gravar áudios e ouvir músicas.
Smartwatches e 5G: como se relacionam?
O aparelho smartwatch desempenha um papel crucial e versátil. Além de suas funções operacionais, o dispositivo pode salvar vidas em situações de emergência, detectando arritmias cardíacas ou monitorando os níveis de oxigênio e pressão arterial.
É justamente esse foco na saúde que atrai muitos consumidores aos smartwatches. Eles rastreiam e medem o progresso físico. Assim, permitindo que os usuários acompanhem suas atividades corporais e avaliem como essas ações impactam sua saúde a longo prazo.
No entanto, o papel dos smartwatches vai além e se torna um ator central na evolução do futuro, impulsionado pela tecnologia 5G e sua capacidade de manter os usuários conectados o tempo todo. Essa conectividade ininterrupta, que em breve chega ao nosso alcance, é onde mora a relação entrelaçada entre os smartwatches e o futuro do 5G.
Esses dispositivos desempenham o papel vital de uma ponte que liga o indivíduo, abrangendo aspectos físicos, biológicos e pessoais, com uma tecnologia desenvolvida para catalisar a missão audaciosa de criar não apenas cidades, mas sociedades inteiras que se destacam como verdadeiramente inteligentes.
Com isso, o smartwatch assegura sua posição de linha de frente em um futuro que está prestes a testemunhar o nascimento de sociedades genuinamente ‘inteligentes’. Nesse contexto, é importante lembrar que não estamos nos referindo à cognição humana, mas sim a uma inteligência que se baseia na tecnologia e revolução digital.
Agora que entendemos essa perspectiva, o papel dos smartwatches fica mais claro. Decerto, o disposito é um dos elementos centrais no cenário de evolução tecnológica. Com a rede 5G, a vida e interação com o mundo muda. Apesar de assustador, o contexto de Internet das Coisas prova que o futuro está cada vez mais presente no minuto seguinte.