A Starlink chegou ao Brasil como uma promessa de revolução no acesso à internet, especialmente para regiões remotas e carentes de infraestrutura. Em outras palavras, desenvolvido pela SpaceX, o serviço oferece internet de alta velocidade via satélite de baixa órbita (LEO).
Isso é algo que permite que mesmo áreas isoladas possam se conectar de forma estável e eficiente. Ou seja, o nome da empresa já se tornou um sinônimo de conectividade de ponta no país, atraindo tanto usuários domésticos quanto empresas e instituições governamentais.
Logo, neste artigo, explicaremos como conectar a Starlink no Brasil, bem como exploraremos a área de cobertura da marca no país. Além disso, iremos listar quais dispositivos são compatíveis com a internet da SpaceX e também refletir se é possível que ela se torne cada vez mais popular no mercado brasileiro. Finalmente, discutiremos se vale a pena assinar o serviço no Brasil.
Como conectar a Starlink no Brasil?
O processo de conexão à Starlink no Brasil é relativamente simples, mas envolve algumas etapas fundamentais para garantir que o serviço funcione corretamente. Sendo assim, a seguir, detalhamos todo o procedimento, desde a contratação até a conexão dos dispositivos à internet via satélite.
1. Contratar o serviço
O primeiro passo é acessar o site oficial da Starlink e verificar a disponibilidade para sua região. Caso a cobertura esteja ativa, o site permitirá que você siga com a contratação. Na sequência, será necessário fornecer dados pessoais, endereço de instalação e informações de pagamento. Ao finalizar, você receberá um kit Starlink, que inclui o terminal (também conhecido como “dish”), suporte de montagem, fonte de energia e roteador Wi-Fi.
2. Localizar o terminal
Após o recebimento do kit, o próximo passo é determinar o local ideal para a instalação do terminal. Utilize o aplicativo oficial da Starlink, disponível para Android e iOS, e acesse a função “Verificar obstruções”.
Essa ferramenta usa a câmera do celular para simular o campo de visão do terminal, ajudando a identificar áreas livres de obstáculos como árvores, telhados ou paredes. O ideal é ter uma visão clara e ampla do céu, pois os satélites da Starlink se movimentam constantemente.
3. Instalar o terminal
Com o local definido, conecte o terminal à energia elétrica. Para os modelos mais modernos, o processo é automatizado: o prato se alinhará sozinho para localizar os satélites em órbita.
No entanto, em modelos manuais, será necessário usar ferramentas como bússolas ou aplicativos de localização para ajustar o ângulo e a direção do terminal. A instalação pode ser feita em telhados, postes ou até mesmo em superfícies planas no solo, desde que a vista para o céu seja preservada.
4. Ativar o serviço
Com o terminal corretamente posicionado, será preciso ativar o serviço. Essa etapa pode ser feita diretamente pelo aplicativo Starlink ou através do site. Para isso, você deverá informar o identificador do seu terminal (geralmente localizado na base do equipamento ou na embalagem), confirmar sua localização e aguardar a sincronização com a rede de satélites. Tal processo leva apenas alguns minutos.
5. Configurar a rede Wi-Fi
Depois da ativação, acesse o menu de configurações do aplicativo Starlink e entre na opção “Roteador”. Lá, você poderá definir o nome da rede Wi-Fi (SSID) e a senha de acesso. É recomendável escolher uma senha forte para proteger sua conexão.
O roteador fornecido pela Starlink já vem pré-configurado para oferecer cobertura adequada para casas e pequenos estabelecimentos, mas há possibilidade de expandir o sinal com repetidores, se necessário.
6. Conectar dispositivos
Com tudo configurado, basta conectar seus dispositivos, como smartphones, notebooks, TVs e consoles de videogame, à rede Wi-Fi criada. A Starlink oferece velocidades que variam de 50 Mbps a 250 Mbps, dependendo da região, com latência entre 20 ms e 40 ms, o que é excelente para videoconferências, streaming em alta definição e jogos online.
Qual a área de cobertura da Starlink no Brasil?
A cobertura da Starlink no Brasil é abrangente, graças à constelação de satélites de órbita baixa que a SpaceX tem colocado em funcionamento desde 2019. O serviço está disponível em praticamente todo o território nacional, incluindo áreas rurais, zonas de floresta, regiões costeiras e até comunidades ribeirinhas na Amazônia.
No entanto, em algumas regiões a capacidade já atingiu o limite, o que significa que novos usuários entram em uma lista de espera. Atualmente, isso ocorre em áreas metropolitanas densamente povoadas, como:
- Grande São Paulo;
- Região metropolitana do Rio de Janeiro;
- Belo Horizonte e entorno;
- Manaus e adjacências.
Juntamente com essas, há pontos com restrição no Amazonas e no Pará, principalmente em localidades que receberam adoção massiva do serviço para fins educacionais e comunitários.
Mesmo nessas áreas com lista de espera, a Starlink está constantemente ampliando sua capacidade, adicionando novos satélites e otimizando a distribuição de tráfego, o que significa que o tempo de espera pode variar de semanas a poucos meses.
Quais dispositivos são compatíveis com a Starlink no Brasil?
A compatibilidade da Starlink é algo que extrapola o simples acesso à internet via terminal doméstico. Com o avanço do serviço “Direct to Cell”, a empresa está permitindo que smartphones se conectem diretamente aos satélites, mesmo na ausência de torres de celular. Essa tecnologia é extremamente útil em situações de emergência, aventuras ao ar livre ou para quem vive em locais remotos.
No Brasil, essa funcionalidade está sendo implementada gradativamente e já é compatível com diversos modelos de smartphones modernos que suportam a tecnologia 3GPP versão 10 ou superior e operam nas frequências liberadas pela Anatel. Em seguida, confira os principais modelos compatíveis:
Apple
- iPhones 14, 15, 16 e suas variantes;
- iPhone SE (3ª geração, compatível parcialmente).
Samsung
- Galaxy A14, A24, A34 e A54;
- Galaxy S21, S22, S23, S24 e S25;
- Galaxy Z Flip 3, Z Flip 4, Z Flip 5 e Z Flip 6;
- Galaxy Z Fold 3, Z Fold 4, Z Fold 5 e Z Fold 6;
- Galaxy X Cover 6 Pro.
- Pixel 9, Pixel 9 Pro e demais modelos da geração;
Motorola
- Razr (2024) e Razr Plus (2024);
- Linha Edge (versões 2023 e 2024);
- Série G: Moto G Power 5G (2024), Moto G Stylus e outros;
Vale ressaltar que a lista de compatibilidade está em constante atualização. Por isso, é recomendável consultar o site oficial da Starlink ou verificar junto às operadoras parceiras no Brasil.

É possível que a Starlink se torne cada vez mais popular no Brasil?
O crescimento da Starlink no Brasil tem sido notável. Desde sua chegada, o serviço já conquistou milhares de assinantes em todos os estados, principalmente em áreas onde os provedores tradicionais não conseguem oferecer internet de qualidade. Municípios do interior, zonas de difícil acesso e regiões de fronteira têm adotado a Starlink como solução principal de conectividade.
Em conjunto a isso, programas educacionais e de inclusão digital do governo e de ONGs têm utilizado a Starlink para levar internet a escolas e comunidades isoladas. Com os investimentos da SpaceX em novas gerações de satélites, espera-se que a capacidade aumente significativamente até 2026, o que pode reduzir os custos e expandir ainda mais a base de usuários.
O potencial de popularização da Starlink também está ligado ao aumento da adoção de tecnologias remotas no trabalho, no ensino a distância, na telemedicina e na agricultura de precisão. Em todos esses cenários, a conexão estável oferecida pela Starlink representa uma vantagem competitiva.
Vale a pena assinar a Starlink no Brasil?
A resposta depende do perfil de uso e da localização do usuário. Por um lado, para moradores de grandes centros urbanos, onde existem diversas opções de banda larga por fibra óptica com preços competitivos, a Starlink pode não ser a primeira escolha. No entanto, em regiões onde não há cobertura de internet terrestre ou onde os serviços existentes são instáveis, ela representa uma verdadeira revolução.
Os principais pontos positivos incluem:
- Conectividade de alta velocidade em áreas remotas;
- Facilidade de instalação;
- Baixa latência para um serviço via satélite;
- Expansão da compatibilidade com smartphones.
Por outro lado, o custo ainda é um fator a ser considerado. Nesse sentido, o kit inicial da Starlink pode custar cerca de R$2.000 a R$4.000, além da mensalidade em torno de R$230 a R$300. Ou seja, para muitas famílias, esse investimento pode ser elevado, embora o retorno em qualidade de conexão compense.
Em suma, a Starlink vale muito a pena para quem vive fora dos grandes centros e precisa de internet confiável para trabalhar, estudar, se comunicar ou até mesmo operar negócios rurais. Com o avanço da tecnologia, a tendência é que os preços se tornem mais acessíveis nos próximos anos.
A Starlink representa uma mudança significativa no cenário da conectividade brasileira, oferecendo soluções inovadoras para regiões que, até então, viviam à margem da inclusão digital. Seja para usuários domésticos ou para empresas, a Starlink no Brasil tem se mostrado uma opção sólida, confiável e com grande potencial de crescimento.
Quer experimentar a liberdade da conexão via satélite e explorar novas possibilidades? Acesse o site oficial e descubra se a conexão está disponível na sua região. Conecte-se com o futuro hoje mesmo com a Starlink!