A tecnologia blockchain tem revolucionado diferentes setores, e a Universidade de São Paulo (USP) deu mais um passo rumo à inovação tecnológica. Nesse sentido, recentemente, a maior universidade do Brasil iniciou uma pesquisa sobre o assunto, o que destaca o potencial da tecnologia e o papel da academia no avanço de soluções inovadoras.
Logo, neste artigo, iremos explorar os detalhes dessa iniciativa e também alguns projetos anteriores da USP nessa área. Juntamente com isso, discutiremos tanto se essa relação academia e blockchain pode virar tendência quanto as lições que podem ser aprendidas com esse contexto.
Entenda a pesquisa sobre blockchain da USP
No final de novembro de 2024, a Universidade de São Paulo firmou um convênio para iniciar uma pesquisa voltada à criação de uma “Plataforma de Tokenização do Setor Imobiliário”.
Desse modo, a proposta envolve a digitalização de ativos imobiliários usando tecnologias como blockchain e Distributed Ledger Technology (DLT). Em paralelo, o projeto terá a liderança do professor Marcos Antonio Simplicio Junior, da Escola Politécnica (EPUSP), especialista em blockchain e tecnologias P2P.
Sendo assim, o professor Simplicio é reconhecido por sua ampla experiência acadêmica e também por colaborações com empresas como por exemplo Ripple e Bradesco. Agora, ele irá liderar um projeto que busca desenvolver uma prova de conceito que será capaz de demonstrar os benefícios da tokenização no setor imobiliário, como aumento da transparência, redução de custos e maior liquidez para os ativos.
O estudo conta com um orçamento inicial de R$504.000,00 e tem um prazo de execução de 16 meses. A Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE) e o Instituto de Pesquisas em Blockchain LTDA participam da iniciativa.
Isso é algo que evidencia a importância das parcerias entre academia e mercado para o avanço tecnológico. Tal projeto reforça o potencial transformador do blockchain no setor imobiliário, apontando caminhos para digitalizar ativos e criar soluções eficientes e seguras.
Outros movimentos que a USP já realizou em tal sentido
A Universidade de São Paulo, anteriormente, já desenvolveu projetos inovadores envolvendo blockchain. Em primeiro lugar, um dos mais notáveis foi a U$P Coin, uma moeda digital criada para uso interno na universidade. Com financiamento da Ripple, ela tinha como objetivo facilitar a troca de serviços e suprimentos entre laboratórios, pesquisadores e startups.
Além de promover a economia colaborativa no ambiente acadêmico, o projeto serviu como um experimento para compreender melhor as aplicações práticas do blockchain. Dessa forma, essa iniciativa destacou a capacidade da tecnologia de transformar sistemas internos de gerenciamento e de transações.
Em adição, outro marco importante foi a criação do USP Blockchain Research Initiative (UBRI), um centro de pesquisa da instituição que é dedicado ao estudo do blockchain. Isto é, o UBRI publica materiais técnicos e educacionais, ajudando a fortalecer a base de conhecimento acadêmico sobre o tema.
Com isso, a Universidade de São Paulo demonstra sua liderança em pesquisas tecnológicas no Brasil e sua capacidade de influenciar o mercado com soluções inovadoras. Ou seja, esses esforços mostram que a USP não está apenas acompanhando tendências globais, mas também se posicionando como pioneira tanto no estudo quanto na aplicação de tecnologias emergentes no Brasil.

Essa relação academia e blockchain pode virar tendência?
A conexão entre as universidades e o blockchain é algo que tem ganhado força em todo o mundo. Nesse sentido, instituições como MIT, Stanford e Oxford lideram pesquisas na área, explorando o impacto da tecnologia em diferentes setores. Já no Brasil, a Universidade de São Paulo desponta como um exemplo de como a academia pode ser responsável por impulsionar a adoção do blockchain.
Dessa maneira, tal relação oferece diversos benefícios. Por um lado, cria-se um ambiente controlado com o intuito de testar soluções inovadoras antes de aplicar as mesmas no mercado. Por outro lado, estimula a formação de profissionais capacitados, atendendo à crescente demanda por especialistas em tecnologias emergentes.
Em conjunto a isso, a parceria entre academia e empresas privadas também desempenha um papel essencial em tal cenário. Portanto, colaborações como a que a USP está realizando permitem que se combine o rigor acadêmico com os recursos e a infraestrutura do mercado. Isso acelera o desenvolvimento de soluções práticas.
Finalmente, no futuro, outras universidades podem seguir o exemplo da Universidade de São Paulo, explorando o blockchain em áreas como por exemplo contratos inteligentes, identidade digital e também cadeias de suprimentos. Então, essa integração entre academia e tecnologia tem o potencial de transformar setores inteiros, promovendo inovação e eficiência.
Lições a aprender com esse contexto
As iniciativas da USP no setor de blockchain oferecem importantes aprendizados para universidades, para empresas e para o mercado como um todo. Primeiramente, elas demonstram como a academia pode ser responsável por liderar a transformação tecnológica.
Em tal sentido, ela aplica conhecimentos teóricos com o intuito de resolver problemas práticos. Ou seja, projetos como o da tokenização de ativos imobiliários evidenciam o impacto positivo de soluções com base em blockchain.
Juntamente com isso, o caso da Universidade de São Paulo é algo que reforça o valor das parcerias entre instituições acadêmicas e empresas privadas. Sendo assim, tal colaboração é essencial para que se combine aspectos como expertise, recursos e infraestrutura. Isso acelera o desenvolvimento de tecnologias que irão atender às demandas reais do mercado.
Do mesmo modo, outro aspecto relevante é o papel da educação na formação de profissionais qualificados. Em outras palavras, investir em projetos como os da USP é fundamental para preparar especialistas em blockchain, uma área que está se tornando cada vez mais estratégica para o futuro digital.
Por fim, a experiência da Universidade de São Paulo destaca que o blockchain vai além de ser uma tendência tecnológica. Adicionalmente, ele é uma ferramenta poderosa para promover transparência, eficiência e inovação em setores diversos.
Em suma, a USP mostra que, ao unir academia e tecnologia, é possível criar soluções que não apenas transformem mercados, mas também gerem impacto social positivo, beneficiando a sociedade como um todo.