Yuval Harari: autor diz que a IA é uma ameaça existencial.

Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) tem evoluído em uma velocidade surpreendente, oferecendo soluções inovadoras e impactando diversos setores da sociedade. Entretanto, essa mesma tecnologia levanta preocupações profundas, principalmente no que diz respeito ao futuro da humanidade. Então, o historiador e autor Yuval Harari tem se posicionado de forma contundente sobre os riscos que a IA pode trazer.

Assim, neste texto, iremos explorar o porquê dessa visão, bem como explicar quem é Yuval Harari. Em conjunto a isso, listaremos outros autores que compartilham ideias semelhantes e também discutiremos se devemos, de fato, nos preocupar com o futuro das Inteligências Artificiais.

Por que Yuval Harari diz que a Inteligência Artificial é uma ameaça existencial?

Yuval Harari acredita que a IA representa uma ameaça existencial porque pode transformar drasticamente as estruturas de poder e controle na sociedade. Segundo ele, a Inteligência Artificial concentra poder nas mãos de poucos, já que aqueles que controlam os dados e a tecnologia poderão dominar economias e governos.

Logo, isso gera um risco de ampliação da desigualdade social e ameaça à democracia, pois a IA pode ser usada para vigilância em massa e manipulação de comportamentos. Em paralelo, outro ponto levantado pelo autor é a possibilidade de a Inteligência Artificial desenvolver uma autonomia perigosa, escapando ao controle humano.

Sendo assim, ele alerta sobre os riscos de armas autônomas e sistemas que poderiam tornar decisões cruciais sem intervenção humana. Portanto, a IA, nesse cenário, pode ameaçar a estabilidade da civilização.

Além disso, Yuval Harari teme que a Inteligência Artificial substitua um grande número de empregos, criando uma “classe de humanos inúteis”. O impacto social e econômico seria devastador, pois o desemprego em massa e a falta de alternativas de trabalho poderiam gerar crises globais.

Nesse sentido, ele vê esses cenários como desafios profundos para o futuro da humanidade. Dessa forma, eles exigem maior reflexão e ação para evitar que a IA se torne uma força descontrolada e perigosa.

Segundo Yuval Hariri, existe o risco de armas autônomas e sistemas tomarem decisões cruciais sem intervenção humana, o que na linguagem popular faria a IA "dominar o mundo".
Segundo Yuval Hariri, existe o risco de armas autônomas e sistemas tomarem decisões cruciais sem intervenção humana, o que na linguagem popular faria a IA “dominar o mundo”. | Foto: DALL-E 3

Quem é Yuval Harari?

Yuval Noah Harari é um historiador israelense, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém e autor de best-sellers internacionais, como “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade”, “Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã” e “21 Lições para o Século 21”.

Nascido em 19776, Yuval Harari se especializou em história mundial, militar e da civilização humana. Seu trabalho ganhou notoriedade por trazer à tona discussões profundas sobre o passado, o presente e o futuro da humanidade. Isso aconteceu especialmente à luz das revoluções tecnológicas e científicas que estamos vivendo.

Em “Sapiens”, o autor explora a história da humanidade desde o surgimento da espécie até os dias atuais. Assim, oferece uma visão ampla de como o Homo sapiens dominou o planeta.

Já em “Homo Deus”, ele discute o futuro da espécie humana e os potenciais caminhos que podemos seguir com o desenvolvimento de tecnologias como a Inteligência Artificial e a biotecnologia. Por fim, “21 Lições” foca em questões contemporâneas, abordando desafios como a crise climática, o avanço da IA e a política global.

Harari é conhecido por sua capacidade de conectar eventos históricos com tendências contemporâneas e previsões sobre o futuro, usando uma linguagem acessível que atinge um vasto público.

Sua visão crítica sobre o desenvolvimento da tecnologia o colocou no centro de debates globais sobre o impacto da Inteligência Artificial, sendo frequentemente convidado para palestrar em conferências importantes, como o Fórum Econômico Mundial. Sua influência também vai além do mundo acadêmico, com muitos líderes políticos e empresariais levando em conta suas análises para tomar decisões estratégicas.

Outros autores com pensamentos parecidos

Embora Yuval Harari seja uma das vozes mais proeminentes a alertar sobre os perigos da IA, ele não está sozinho nessa discussão. Vários outros pensadores e especialistas em tecnologia também expressaram preocupações semelhantes.

O físico e cosmólogo Stephen Hawking, por exemplo, advertiu que o desenvolvimento pleno da Inteligência Artificial poderia significar o fim da humanidade. Em uma de suas declarações mais famosas sobre o assunto, Hawking disse “a IA pode ser a melhor ou a pior coisa que já aconteceu à humanidade”.

Para ele, o risco estava no fato de que, uma vez que a Inteligência Artificial atingisse um nível de inteligência superior ao humano, ela poderia se tornar incontrolável, priorizando seus próprios objetivos em detrimento dos nossos.

Adicionalmente, o filósofo Nick Bostrom também contribui significativamente para esse debate. Em seu livro “Superintelligence: Paths, Dangers, Strategies”, Bostrom analisa os possíveis caminhos que o desenvolvimento da IA pode seguir.

Na obra, ele destaca os riscos de uma superinteligência artificial que, uma vez criada, poderia agir de forma imprevisível e perigosa para a humanidade. Assim, sugere que devemos pensar em maneiras de garantir que a Inteligência Artificial seja alinhada com os valores e interesses humanos antes que ela se torne autossuficiente.

Devemos nos preocupar com o futuro com as IAs?

Dado o crescente debate em torno dos riscos e benefícios da Inteligência Artificial, é natural perguntar se devemos realmente nos preocupar com o futuro dominado por essas tecnologias.

Por um lado, a IA já está trazendo avanços impressionantes na medicina, ciência, transporte e outras áreas, prometendo um futuro de mais eficiência e conveniência. Por outro, as advertências de Yuval Harari, Stephen Hawking e Nick Bostrom nos lembram que o potencial para o uso inadequado da Inteligência Artificial também é real.

A maior preocupação está na velocidade com que a tecnologia está avançando. Nesse sentido, muitas vezes isso ultrapassa a nossa capacidade de prever ou controlar suas consequências.

Logo, a falta de regulamentação clara e global é um ponto crucial. Sem diretrizes sólidas, o risco de que a IA seja usada para fins destrutivos ou que escape ao controle humano é grande. Juntamente com isso, o impacto da Inteligência Artificial no mercado de trabalho e nas relações sociais pode gerar uma série de crises que, se não forem bem gerenciadas, poderão agravar desigualdades e tensões globais.

Em resumo, embora a IA traga muitas promessas, as advertências de pensadores como Yuval Harari não devem ser ignoradas. Portanto, o futuro com a Inteligência Artificial depende de como a humanidade escolherá lidar com suas implicações éticas, sociais e políticas.

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