Carros elétricos e motos são realmente o futuro? Entenda

Você já pensou em ter algum tipo de veículo elétrico? Bom, talvez não. Porém, esses veículos representam o futuro e possuem diversas vantagens sob os automóveis tradicionais. Sem dúvidas, o futuro prepara um espaço insubstituível para os carros elétricos e motos.

Os carros elétricos e as motos elétricas são veículos que usam energia elétrica para se locomover, em vez de combustíveis fósseis como gasolina, etanol ou diesel. Eles têm várias vantagens em relação aos veículos convencionais, como serem mais sustentáveis, econômicos, silenciosos e tecnológicos. Mas também têm alguns desafios e limitações, como serem mais caros, terem uma autonomia reduzida e uma infraestrutura insuficiente.

Neste artigo, você vai entender como funcionam os carros elétricos e as motos elétricas, quais são os tipos, os modelos, os preços e os incentivos fiscais para esses veículos, e por que eles são considerados uma alternativa promissora para o futuro da mobilidade.

Como funcionam os carros elétricos e as motos elétricas?

A tecnologia por trás dos carros elétricos e das motos elétricas é baseada no uso de energia elétrica para movimentar um motor elétrico, que substitui o motor a combustão dos veículos convencionais. Os veículos elétricos podem ser classificados em quatro tipos principais, de acordo com a fonte e o armazenamento da energia elétrica:

  • Veículo elétrico a bateria (BEV): utiliza uma bateria recarregável para armazenar a energia elétrica, que pode ser obtida de uma tomada ou de um posto de recarga. Exemplos: Tesla, BMW i3, Chevrolet Bolt.
  • Veículo elétrico híbrido (HEV): utiliza um motor a combustão e um motor elétrico, que se alternam ou se complementam para movimentar o veículo. A energia elétrica acaba gerada pelo próprio motor a combustão ou pela frenagem regenerativa. Exemplos: Toyota Prius, Chevrolet Malibu, Ford Fusion Hybrid.
  • Veículo elétrico híbrido plug-in (PHEV): utiliza um motor a combustão e um motor elétrico, mas também possui uma bateria recarregável, que pode ser conectada a uma fonte externa de energia elétrica. Exemplos: BMW i8, Volvo V60, Mitsubishi Outlander.
  • Veículo elétrico a célula de combustível (FCEV): utiliza uma célula de combustível que combina hidrogênio e oxigênio para gerar energia elétrica, que é armazenada em uma bateria ou em um capacitor. O hidrogênio é obtido de um tanque de armazenamento. Exemplos: Toyota Mirai, Honda Clarity, Hyundai Nexo.

Componentes básicos

Os componentes básicos de um veículo elétrico são:

  • Bateria: é o dispositivo que armazena a energia elétrica para alimentar o motor elétrico. As baterias mais comuns são de íon-lítio, que têm alta densidade de energia e longa vida útil.
  • Motor elétrico: é o dispositivo que transforma a energia elétrica em movimento. O motor elétrico é composto por um rotor e um estator, que criam um campo magnético para gerar o movimento. O motor elétrico é muito mais eficiente do que um motor a combustão.
  • Inversor: é o dispositivo que converte a corrente contínua (CC) da bateria em corrente alternada (CA) para alimentar o motor elétrico. O inversor também controla a velocidade e o torque do motor elétrico.
  • Sistema de recarga: é o conjunto de dispositivos que permitem recarregar a bateria do veículo elétrico. O sistema de recarga pode ser de parede (wallbox), instalado em casa ou em estacionamentos públicos, ou de recarga rápida, que pode fornecer uma carga completa em menos de uma hora.
  • Sistema de regeneração de energia: é o sistema que permite recuperar parte da energia cinética perdida durante a frenagem e convertê-la em energia elétrica, armazenada na bateria. Isso aumenta a autonomia do veículo elétrico.

Quais são os tipos, os modelos, os preços e os incentivos fiscais para carros elétricos e motos elétricas?

Os carros elétricos e as motos elétricas acabam encontrados em diferentes tipos, modelos, preços e incentivos fiscais, dependendo do mercado, da marca, da potência, da autonomia e do design. No Brasil, existem vários modelos de carros elétricos e motos elétricas à venda, que podem atender a diferentes perfis e necessidades de consumidores. Alguns exemplos são:

Carros elétricos:

  • Tesla Model 3: um sedan de luxo que é o carro elétrico mais vendido do mundo, com autonomia de até 568 km, potência de 283 cv e velocidade máxima de 233 km/h. O preço no Brasil é de R$590 mil.
  • BMW i3: um hatch compacto que é o carro elétrico mais vendido do Brasil, com autonomia de até 335 km, potência de 170 cv e velocidade máxima de 150 km/h. O preço no Brasil é de R$250 mil.
  • Chevrolet Bolt: um hatch médio, considerado o carro elétrico mais barato do Brasil, com autonomia de até 416 km, potência de 203 cv e velocidade máxima de 146 km/h. O preço no Brasil é de R$209 mil.

Motos elétricas:

  • Voltz EVS: uma naked de foco urbano com design moderno e autonomia de até 180 km, potência de 3.000 watts e velocidade máxima de 60 km/h. O preço no Brasil é de R$21.490 (com uma bateria) ou R$ 26.990 (com duas baterias).
  • Super Soco TC Max: uma café racer futurista que mistura estilo e performance, com autonomia de 140 km, potência de 5.000 watts e velocidade máxima de 100 km/h. O preço no Brasil é de R$23.870.
  • GWS K14RS: uma superesportiva que impressiona pela potência e velocidade, com autonomia de 200 km, potência de 14.000 watts e velocidade máxima de 200 km/h. O preço no Brasil é de R$96.440.

Incentivos

Os incentivos fiscais para carros elétricos e motos elétricas no Brasil visam reduzir ou isentar os impostos sobre a importação, a produção e a venda desses veículos, que usam energia elétrica em vez de combustíveis fósseis. A princípio, o objetivo é estimular o desenvolvimento, a inovação e a competitividade da indústria de veículos elétricos no país, além de contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa e a melhoria da qualidade do ar nas cidades.

Existem vários projetos de lei que propõem incentivos fiscais para veículos elétricos no Brasil, mas nem todos acabaram aprovados ou sancionados. Alguns exemplos são:

  • O Projeto de Lei 5308/20, que isenta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) as importações e as saídas de veículos elétricos ou híbridos, e reduz a zero as alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins incidentes na importação e sobre a receita bruta de venda no mercado interno de carros elétricos.
  • O Projeto de Lei 3174/20, que cria uma política de incentivo aos veículos elétricos, baseada em corte de imposto e troca da frota do governo federal, e prevê também a criação de linhas de crédito prioritárias para a produção de veículos elétricos no país.
  • O Projeto de Lei 6020/19, que cria uma política de incentivo tributário à pesquisa e desenvolvimento da mobilidade elétrica no Brasil, e determina que as empresas beneficiadas por renúncias fiscais no programa Rota 2030 devem aplicar 1,5% do benefício em pesquisas sobre o desenvolvimento da tecnologia para veículos elétricos.
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O futuro da mobilidade elétrica. Imagem: DALL-E 3.

Carros elétricos e motos elétricas enquanto alternativa promissora para o futuro da mobilidade

Os carros elétricos e as motos elétricas representam, de fato, uma alternativa promissora para o futuro da mobilidade. Afinal, eles oferecem benefícios ambientais, econômicos, sociais e tecnológicos. Nesse sentido, alguns dos motivos que levam muitas pessoas a acreditarem nessa tendência são:

Os carros elétricos e as motos elétricas não emitem poluentes que contribuem para o aquecimento global e a poluição do ar, como o dióxido de carbono (CO2), o monóxido de carbono (CO), os óxidos de nitrogênio (NOx) e os hidrocarbonetos (HC). Esses gases são responsáveis por causar efeitos nocivos à saúde humana e à biodiversidade, como doenças respiratórias, alergias, chuva ácida e efeito estufa. Ao usar energia elétrica em vez de combustíveis fósseis, os veículos elétricos ajudam a preservar o meio ambiente e a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Os carros elétricos e as motos elétricas são mais econômicos, pois têm um custo de manutenção e abastecimento menor do que os veículos a combustão. Os veículos elétricos dispensam troca de óleo, filtros, velas e outras peças que se desgastam com o uso. Além disso, também têm um rendimento maior, pois aproveitam melhor a energia elétrica. Aliás, os veículos elétricos podem se recarregar. Isto é, em tomadas domésticas ou postos de energia elétrica. O que é mais baratos do que os combustíveis fósseis. Assim, os veículos elétricos geram uma economia de dinheiro e de recursos naturais.

Os carros elétricos e as motos elétricas são mais silenciosos, pois não fazem barulho de motor, o que melhora a qualidade de vida nas cidades. O ruído dos veículos a combustão é uma das principais fontes de poluição sonora nas áreas urbanas. Isso causa estresse, irritação, insônia, perda de audição e outros problemas de saúde. Portanto, ao usar veículos elétricos, as pessoas podem ter mais tranquilidade, conforto e bem-estar.

Tecnologia

Os carros elétricos e as motos elétricas são mais tecnológicos, pois contam com recursos avançados de conectividade, segurança e conforto. Os veículos elétricos podem se comunicar com outros dispositivos, como smartphones, tablets, computadores e smartwatches, e oferecer serviços de navegação, entretenimento, assistência e monitoramento. Além disso, os veículos elétricos podem ter sistemas de segurança inteligentes, como frenagem automática, alerta de colisão, controle de estabilidade e câmeras de ré. E ainda, os veículos elétricos podem ter sistemas de conforto sofisticados, como ar-condicionado, aquecimento, bancos ajustáveis e teto solar.

Em última análise…

Em suma, esses carros elétricos e motos usam energia elétrica para se locomover, em vez de combustíveis fósseis como gasolina, etanol ou diesel. Dessa forma, eles apresentam benefícios ambientais, econômicos, sociais e tecnológicos. No entanto, também enfrentam desafios e limitações, como o preço elevado, a autonomia reduzida e a infraestrutura insuficiente. Por isso, eles acabam sendo considerados uma alternativa promissora, mas não definitiva, para o futuro da mobilidade.

Para que os veículos elétricos se tornem mais acessíveis e populares, é preciso que haja mais incentivos fiscais. Ou seja, investimentos e inovações por parte do Estado, da indústria e da sociedade. Assim, será possível aproveitar as vantagens e superar as desvantagens desses veículos. Afinal, eles contribuem para a preservação do meio ambiente, a economia de recursos, a qualidade de vida e o desenvolvimento tecnológico.

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