Celulares serão proibidos nas escolas de SP a partir de 2025. Veja!

A partir de 2025, os celulares serão oficialmente proibidos nas escolas públicas e privadas do estado de São Paulo. Nesse sentido, sancionou-se uma lei que visa essa proibição por alguns motivos que têm relação com a melhora do ambiente escolar.

Logo, neste artigo, iremos entender a lei que proíbe celulares nas escolas de São Paulo e também os motivos para tal proibição. Em conjunto a isso, explicaremos como os aparelhos podem ser aliados do processo educativo, bem como discutiremos se essa lei pode ser aplicada em outros estados brasileiros.

Entenda a lei que proíbe celulares nas escolas de SP

A proibição, que o governador do estado de São Paulo Tarcísio de Freitas sancionou e publicou no Diário Oficial em 6 de dezembro de 2024, entrará em vigor em até 30 dias após sua publicação. Desse modo, a medida abrange não só celulares, mas também outros dispositivos eletrônicos com acesso à internet, como por exemplo tablets e smartwatches.

Sendo assim, os alunos que levarem esses dispositivos para a escola deverão armazená-los de forma segura e inacessível durante o período escolar, que inclui aulas, intervalos e atividades extracurriculares. O descumprimento das regras implicará na responsabilidade do estudante por extravios ou danos aos aparelhos. 

No entanto, a lei permite duas exceções. A primeira delas, é para uso pedagógico. Ou seja, durante aulas específicas, com autorização do professor, há permissão para os celulares. Em seguida, após a aula, os aparelhos devem ser novamente armazenados. 

Paralelamente, pensou-se em uma segunda situação para alunos que possuem algum tipo de deficiência. Esses estudantes precisam de dispositivos assistivos para participar das atividades escolares. Assim, eles têm permissão para o uso de celulares.

Juntamente com isso, a lei prevê que as secretarias estaduais e municipais de educação, tal qual as escolas privadas, deverão criar protocolos de armazenamento e estabelecer canais de comunicação acessíveis para pais e responsáveis.

Então, essa lei estadual é resultado de uma iniciativa que a deputada estadual Marina Helou (Rede) foi responsável por propor. Posteriormente, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou esse projeto por unanimidade.

Os deputados estaduais de São Paulo aprovaram por unanimidade  lei que proíbe celulares nas escolas do estado.
Os deputados estaduais de São Paulo aprovaram por unanimidade lei que proíbe celulares nas escolas do estado. | Foto: DALL-E 3

Motivos para essa proibição 

A proibição do uso de celulares nas escolas de São Paulo reflete preocupações com os impactos negativos que esses aparelhos podem causar no ambiente educacional. Um dos principais problemas é a dificuldade de concentração dos estudantes.

Nesse sentido, quando os alunos têm acesso irrestrito aos celulares durante as aulas, o foco no conteúdo escolar é facilmente comprometido. Em outras palavras, redes sociais, mensagens e jogos acabam desviando a atenção, prejudicando a assimilação dos conteúdos e reduzindo o desempenho acadêmico.

Além disso, o uso excessivo de celulares no ambiente escolar tem diminuído a interação social entre os estudantes. Momentos como intervalos e recreios, que deveriam ser oportunidades para conversas e brincadeiras, estão sendo substituídos pelo tempo gasto nas telas. Essa mudança compromete o desenvolvimento de habilidades sociais essenciais, como empatia, trabalho em equipe e resolução de conflitos.

Da mesma maneira, a medida também aborda questões de segurança e bem-estar. O uso descontrolado de dispositivos expõe os alunos ao risco de cyberbullying, acesso a conteúdos inadequados e até mesmo distrai os professores, que precisam lidar com constantes interrupções causadas pelos aparelhos.

Portanto, com a nova lei, espera-se que o ambiente escolar se torne mais equilibrado, favorecendo o aprendizado e fortalecendo as relações interpessoais entre os alunos. Desse modo, a prioridade é criar condições para um ensino mais focado, produtivo e saudável.

Os celulares podem ser aliados do processo de aprendizado?

Apesar de estabelecer a proibição dos celulares nas escolas do estado de São Paulo, a lei reconhece que dispositivos eletrônicos podem ser aliados do ensino, desde que sejam utilizados de forma controlada e com finalidades psicológicas.

Sendo assim, tablets, aplicativos educativos e plataformas interativas são alguns exemplos de ferramentas que podem enriquecer o aprendizado. Logo, professores podem utilizar a tecnologia para criar aulas mais dinâmicas, aumentando o engajamento dos alunos.

Um exemplo prático é o uso de aplicativos de simulação em aulas de ciências ou de recursos de aprendizado de idiomas. Dessa maneira, a tecnologia permite acesso rápido a informações e pode complementar os métodos tradicionais de ensino.

Ainda assim, é essencial que o uso desses recursos seja algo que os professores sejam responsáveis por planejar e monitorar. Por outro lado, caso o acesso seja irrestrito aos dispositivos, isso pode desviar o foco dos estudantes, comprometendo os objetivos pedagógicos.

Então, como vimos, a lei do estado de São Paulo permite o uso de celulares apenas em atividades específicas, garantindo que a tecnologia seja empregada de modo pontual e controlado. Tal equilíbrio é crucial para que os aparelhos não sejam uma distração, mas uma ferramenta útil no aprendizado.

Outros estados podem aplicar essa lei?

A medida que o estado de São Paulo adotou pode abrir caminho para iniciativas semelhantes em outras partes do Brasil. Nesse sentido, a discussão sobre a regulamentação do uso de celulares em escolas já está avançada no âmbito federal.

Um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados propõe a proibição de aparelhos eletrônicos em escolas públicas e privadas em todo o país. Dessa forma, uma comissão já aprovou o texto, mas ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de o plenário votar o mesmo.

Assim, a implementação dessa lei em São Paulo será um teste importante. Caso apresente resultados positivos, como por exemplo maior foco dos alunos e melhora no desempenho acadêmico, poderá servir de modelo para outros estados.

Da mesma maneira, a viabilidade de expandir essa medida dependerá de fatores como o apoio político, a receptividade das comunidades escolares e a capacidade de implementação por parte das Secretarias de Educação. Portanto, se a iniciativa for bem-sucedida, poderá estabelecer um novo padrão para a educação brasileira.

Em suma, a proibição dos celulares no estado de São Paulo busca criar um ambiente escolar mais focado, seguro e socialmente interativo. Com resultados positivos, ela poderá inspirar mudanças em outras regiões, contribuindo para a formação de cidadãos mais preparados para os desafios do futuro.

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