Microondas “reverso”, capaz de gelar bebidas, é criado!

Um grupo de estudantes do Distrito Federal desenvolveu uma invenção revolucionária: um microondas “reverso”. Nesse sentido, capaz de gelar bebidas em segundos, o dispositivo promete ser uma solução prática e inovadora para quem precisa de rapidez ao refrigerar substâncias líquidas.

Assim, explicaremos sobre o microondas “reverso”, bem como o que falta para esse dispositivo se tornar viável para venda. Juntamente com isso, iremos listar outras invenções que surgiram de projetos de estudantes e também as lições a aprender com a criação desse aparelho.

Entenda o microondas “reverso”

Três estudantes adolescentes do Distrito Federal foram responsáveis por dar vida a um projeto inovador, que foi apelidado de microondas “reverso”. Sendo assim, Adrielle Dantas, Gabrielly Vilaça e Raffaella Gomes, alunas do Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (CEMI), criaram um dispositivo capaz de gelar bebidas em apenas um minuto.

Desse modo, com nome de ColdStorm, o microondas “ao contrário” começou a ser desenvolvido no ano de 2017. As estudantes usaram lixo eletrônico como base para o protótipo, incluindo coolers de computadores e pastilhas Peltier, que são componentes termoelétricos capazes de esfriar ou aquecer objetos.

Na sequência, o projeto foi apresentado em diversos eventos científicos, como por exemplo o Circuito de Ciências das Escolas Públicas do Distrito Federal e a Exposição de Ciências da própria escola. Posteriormente, o ColdStorm ganhou destaque na Exposição de Ciências, Engenharia, Tecnologia e Educação (EXPOCETI), que aconteceu entre 24 e 30 de junho de 2019, em Pernambuco.

Durante este último evento, o microondas “reverso” conquistou o primeiro lugar entre os projetos que se enquadravam na área da engenharia. Em paralelo, as criadoras do ColdStorm também receberam certificados de destaque e uma carta de credenciamento para participar da Muestra Científica Latino-americana (MCL), que aconteceu entre 9 e 15 de setembro de 2019, em Trujillo, no Peru.

O projeto do microondas "reverso" ganhou destaque em diversos eventos de ciências.
O projeto do microondas “reverso” ganhou destaque em diversos eventos de ciências. | Foto: DALL-E 3

O que falta para esse dispositivo se tornar viável para venda?

Apesar do sucesso em competições científicas, o ColdStorm ainda enfrenta obstáculos para se tornar um produto comercial. Em outras palavras, as criadoras precisam concluir o protótipo e levantar fundos para participar da MCL, no Peru, onde apresentarão a inovação a um público internacional.

Nesse sentido, Gabrielly Vilaça, uma das integrantes do trio, explica que, após a EXPOCETI, surgiram sugestões valiosas para melhorar o dispositivo. “Estamos trabalhando na reconstrução do protótipo e na arrecadação de recursos para a viagem”, comentou a estudante. Tais melhorias incluem ajustes técnicos e de design, essenciais para tornar o ColdStorm eficiente e atraente ao mercado.

Para viabilizar os custos do projeto e da viagem, as estudantes criaram uma campanha de financiamento coletivo. No entanto, o orçamento foi um desafio. Além do apoio financeiro, o grupo também buscou parcerias com empresas ou instituições que pudessem contribuir com materiais ou assistência técnica.

Em adição, a professora Maria Zilma Conceição de Araújo, que orientou o projeto, acreditou que o microondas “reverso” tinha grande potencial comercial, especialmente pela economia energética que o mesmo propunha. 

Segundo ela, a dedicação e o perfil inovador das estudantes responsáveis pelo ColdStorm eram fatores determinantes para o sucesso futuro da invenção. Portanto, com mais apoio, o projeto poderia se transformar em um produto viável.

Outras invenções que surgiram de projetos de estudantes

A criatividade e o talento de estudantes brasileiros têm resultado em invenções que se destacam em eventos científicos ao redor de todo o país. Em conjunto a isso, essas criações oferecem soluções práticas para diversos problemas do cotidiano.

Primeiramente, um dos exemplos mais notáveis é o “Sapato gerador de energia”, que estudantes da Bahia desenvolveram. Esse calçado inovador transforma a energia gerada pelos passos em eletricidade, que pode ser usada para carregar dispositivos móveis.

Em segundo lugar, outro projeto de destaque é o “Filtro de água a partir de caroços de açaí”, criado por alunos de Rondônia. Tal aparelho utiliza resíduos da fruta com o intuito de purificar água, oferecendo uma alternativa sustentável e de baixo custo para comunidades que enfrentam dificuldades no acesso à água potável.

Já no estado de São Paulo, estudantes foram responsáveis por desenvolver o “Tijolo ecológico feito de resíduos da construção civil”. A proposta combina sustentabilidade e eficiência, ajudando a reduzir o desperdício de materiais e o impacto ambiental da construção.

No Rio de Janeiro, jovens criaram um “Coletor menstrual pensado para facilitar a vida de mulheres no espaço”. Esse projeto visa a inclusão de gênero em um setor que é amplamente dominado por homens.

Por fim, no Paraná, temos um projeto de estudantes que se chama “Pulseira-guia para deficientes visuais”. Ele foi criado para ser uma pulseira que vibra quando o deficiente visual se aproxima de algum obstáculo, tendo foco em auxiliar na entrada dessas pessoas no mercado de trabalho.

Lições a aprender com a criação do microondas “reverso”

A trajetória do ColdStorm oferece lições valiosas para quem deseja transformar ideias em realidade. Em primeiro lugar, o projeto evidencia a importância da criatividade e da curiosidade científica como motores da inovação.

Segundamente, outro ponto é a relevância do trabalho em equipe. Adrielle, Gabrielly e Raffaella combinaram suas habilidades para superar desafios tecnológicos. Ou seja, a colaboração foi essencial para o sucesso do projeto.

Juntamente com isso, a história do microondas “reverso” destaca a necessidade de persistência e resiliência. Ainda que tivessem algumas dificuldades financeiras, as jovens continuaram empenhadas em desenvolver o protótipo e buscar apoio.

Da mesma forma, o ColdStorm reforça a importância de apoio institucional e também de parcerias. Em outras palavras, sem a orientação de professores e a participação em eventos científicos, o projeto talvez não tivesse alcançado tanta visibilidade.

Por fim, o exemplo das jovens demonstra que a inovação não depende apenas de recursos financeiros, mas também de uma combinação de aspectos como dedicação, criatividade e apoio estratégico.

Em resumo, a criação do ColdStorm, o microondas “reverso”, inspira outros estudantes e empreendedores a acreditarem em suas ideias, mesmo diante de dificuldades. Logo, esse projeto mostra que o investimento em educação e ciência é crucial para transformar desafios em oportunidades, criando soluções que beneficiam a sociedade e o meio ambiente.

Fonte: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2019/07/22/estudantes-do-df-criam-micro-ondas-ao-contrario-capaz-de-gelar-bebidas-em-ate-um-minuto.ghtml

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