A inteligência artificial (IA) é uma tecnologia que permite que máquinas e sistemas realizem tarefas que normalmente requerem inteligência humana, como reconhecimento de padrões, aprendizado, raciocínio e tomada de decisão. A IA tem diversas aplicações em vários campos, como saúde, educação, entretenimento e segurança. No entanto, a IA também pode ser usada para fins bélicos, ou seja, para criar e operar armas que usam inteligência artificial para selecionar e atacar alvos.
Israel é um dos países que mais investe e usa a IA para fins militares, pois enfrenta constantes ameaças e conflitos em sua região. Israel possui um arsenal de armas de última geração que usam IA para aumentar a eficiência e a precisão das operações de defesa e ataque. Neste artigo, vamos conhecer algumas dessas armas israelenses que utilizam inteligência artificial, e quais são os benefícios e os riscos que elas trazem para a paz e a segurança globais.
Armas com inteligência artificial
Tanques Barak
Os tanques Barak são tanques de guerra que usam IA para gerar uma visão de realidade aumentada do que está do lado de fora. Além disso, eles têm um sistema de proteção ativa que detecta e neutraliza qualquer ameaça. Eles se baseiam nos tanques Merkava, que são os principais tanques de combate das Forças de Defesa de Israel (IDF).
Os tanques Barak possuem um sistema chamado Iron Vision, que consiste em uma série de câmeras e sensores que capturam imagens em 360 graus do ambiente externo. Essas imagens são projetadas em um capacete especial que o comandante do tanque usa, permitindo que ele veja o que está acontecendo do lado de fora sem precisar expor sua cabeça. O sistema também permite que o comandante controle o canhão e a metralhadora do tanque com o movimento da cabeça, aumentando a agilidade e a precisão dos disparos.
Além disso, os tanques Barak possuem um sistema chamado Trophy, que é um sistema de proteção ativa que detecta e intercepta mísseis e foguetes lançados contra o tanque. O sistema usa um radar para rastrear as ameaças e dispara projéteis que explodem no ar, destruindo os mísseis e foguetes inimigos. O sistema também alerta o comandante do tanque sobre a direção e a distância do ataque, permitindo que ele tome medidas evasivas ou de contra-ataque.
Os tanques Barak são os tanques mais avançados do mundo, pois usam IA para melhorar a visão, a proteção e a capacidade de fogo dos tanques. Eles também são capazes de se comunicar e se coordenar com outros tanques e unidades militares, formando uma rede integrada de combate. Os tanques Barak estão em fase de testes e devem entrar em operação em 2024.
Drone Spark
O drone Spark é um drone de coleta de inteligência e apoio ao combate, que pode sobrevoar posições inimigas e definir possíveis alvos. As Forças de Defesa de Israel (IDF) não revelam muito sobre o novo drone. Mas sabe-se que ele é pequeno, silencioso e rápido, podendo voar a uma velocidade de até 150 km/h.
O drone Spark usa IA para analisar as imagens capturadas por sua câmera, e identificar alvos de interesse, como veículos, armas ou pessoas. O drone também pode transmitir as imagens em tempo real para uma estação de controle. Nesse sentido, um operador humano pode confirmar ou rejeitar os alvos sugeridos pelo drone. O dispositivo pode então disparar um míssil guiado por laser contra o alvo, ou marcar o alvo para que outras unidades militares possam atacá-lo.
O Spark é uma arma de inteligência artificial que pode aumentar a capacidade de reconhecimento e de ataque das IDF, pois pode operar em áreas de difícil acesso ou de alto risco, e pode reduzir o tempo de reação entre a detecção e a neutralização do alvo. O drone Spark também serve para missões de defesa, como proteger instalações militares ou civis de ataques aéreos.
Munição Vagante Spike Firefly
A munição vagante Spike Firefly é um drone kamikaze, que pesa apenas 3 quilos e vem com uma ogiva removível. Ele serve, principalmente, para além do campo de visão. Ou seja, o drone pode atacar alvos que um soldado em solo não seria capaz de ver. O drone é lançado por um lançador portátil, acoplado a um fuzil ou a uma mochila.
O drone Spike Firefly usa IA para navegar pelo ambiente, evitando obstáculos e buscando o alvo. Aliás, ele pode ser controlado por um operador humano. Assim, ele pode ver as imagens capturadas pela câmera do drone em um tablet, ou pode operar de forma autônoma, seguindo um algoritmo pré-programado. O drone pode atingir alvos a uma distância de até 1,5 km, e tem uma autonomia de voo de até 15 minutos.
O Spike Firefly é uma arma de inteligência artificial que pode aumentar a capacidade de ataque dos soldados. Afinal, ele atinge alvos escondidos ou protegidos, como atrás de paredes, janelas ou veículos. O drone também pode servir para missões de reconhecimento, como coletar informações sobre o terreno ou o inimigo. O drone Spike Firefly está em operação desde 2020.
Inteligência artificial em armas em última análise…
As armas israelenses que utilizam inteligência artificial demonstram como a tecnologia contempla fins bélicos, aumentando a eficiência e a precisão das operações militares. No entanto, essas armas também trazem riscos éticos e legais, pois podem violar os princípios do direito internacional humanitário, que proíbem ataques indiscriminados e desproporcionais contra civis e infraestruturas essenciais. Além disso, essas armas podem representar um risco de perda de controle, responsabilidade e transparência, pois podem tomar decisões sobre o uso da força sem intervenção humana.
Por isso, é importante que haja uma regulação internacional sobre as armas de inteligência artificial, para garantir o uso de forma responsável, ética e pacífica. Afinal, a comunidade internacional tem um papel importante na busca por uma solução pacífica e justa para o conflito entre Israel e Palestina.
Contudo, vimos que a inteligência artificial e a tecnologia é útil tanto para o bem quanto para o mal, dependendo das escolhas que fazemos. Vale lembrar que, anteriormente, as mídias sociais também foram utilizados para reprodução de terrorismo online.