Tecnologia enquanto instrumento de Guerra. Entenda!

Diariamente estamos repletos de novidades voltadas para a tecnologia. O campo, de fato, é interessante, o que nos faz sempre visar os benefícios decorridos dessa inovação. Isto é, ficamos impressionados tendo em vista como a revolução digital impactou o mundo e a sociedade em, praticamente, todos seus aspectos. Entretanto, qual a parte negativa disso? Em suma, os conteúdos publicados nas redes sociais, infelizmente, estão virando instrumentos de guerra.

Mas por que estamos falando disso? Infelizmente, muitos conteúdos estão sendo usados para disseminar o terrorismo online em diversas redes sociais. No cenário atual, onde conflitos como o entre Israel e Hamas são transmitidos ao vivo para o mundo, a tecnologia se torna uma ferramenta poderosa, capaz de moldar percepções e influenciar opiniões globais. No entanto, com esse “poder” surge uma grande responsabilidade. Nesse sentido, devemos utilizar a tecnologia com responsabilidade, especialmente nas redes sociais, para evitar a disseminação de desinformação e conteúdo relacionado a organizações terroristas.

Neste artigo iremos falar sobre responsabilidade digital a partir do que anda acontecendo nas redes sociais. Qual a importância da moderação de conteúdo assertiva? E qual seria o papel das grandes empresas de tecnologia nesse cenário? Enfim, vamos seguir para melhor entender!

A ascensão do Terrorismo Online

O Hamas, uma organização classificada como terrorista em muitos países, transformou as redes sociais em um instrumento de propagação de medo e terror. Vídeos de ataques, reféns implorando por suas vidas e ações dos terroristas são divulgados nas redes, criando uma narrativa perigosa. Além disso, conteúdos falsos, gerados por inteligência artificial e retirados de contexto, são compartilhados, confundindo a verdade e semeando o pânico.

Desinformação nas redes Meta

O caso está repercutindo muito, principalmente na Europa e preocupa pela dimensão dos conteúdos e o alcance envolvido. Com o acesso facilitado da tecnologia, conseguimos ter acesso a informação (ou a desinformação) e compartilhar isso em instantes. Não se trata de uma fofoca, são guerras, o tópico é sério, complexo e envolve muita coisa. Aqui vai uma pequena contextualização:

  • O comissário europeu para o mercado interno, Thierry Breton, enviou uma carta ao CEO da Meta, Mark Zuckerberg;
  • Nela, Breton enfatiza a necessidade de remover desinformação das plataformas da Meta relacionada à guerra entre Israel e o Hamas, bem como em antecipação às próximas eleições nos EUA;
  • Breton ressaltou um aumento de conteúdo ilegal e desinformação em “certas plataformas” após o ataque do Hamas a Israel e destacou a responsabilidade da Meta de acordo com o recém-aprovado Ato de Serviços Digitais da União Europeia;
  • A legislação exige que a empresa monitore e remova conteúdo ilegal, como discurso de ódio e conteúdo terrorista, e detalhe seus procedimentos para tal;
  • Breton pediu a Zuckerberg uma resposta no prazo de 24 horas e também mencionou relatos de conteúdo manipulado e deepfakes nas plataformas do Meta antes das recentes eleições na Eslováquia;
  • Um porta-voz da Meta afirmou que a empresa estabeleceu um centro de operações especializado após os ataques do Hamas em Israel, com uma equipe monitorando a situação de perto e tomando medidas contra conteúdo violador das políticas e leis locais.

As informações são do portal Olhar Digital.

Mas o que é Meta?

Em suma, Meta é o novo nome da empresa que era conhecida como Facebook. Meta significa “além” em grego, e reflete a visão da empresa de criar uma plataforma de realidade aumentada e virtual que conecte as pessoas com o que elas amam. Meta é responsável por vários produtos e serviços, como Facebook, Instagram, WhatsApp, Messenger, Oculus, Workplace e outros. Você pode saber mais sobre o Meta visitando os seguintes sites: Meta – FacebookLogin and Access Meta Business Suite and Business ManagerMeta.

Desafios nas redes sociais, importância da Moderação de conteúdo e o papel das BIG Techs
Desafios nas redes sociais, importância da Moderação de conteúdo e o papel das BIG Techs. Imagem: DALL-E 3.

Desafios enfrentados pelas Redes Sociais

Com a pandemia levando a demissões em massa nas BIG TECHs, os setores de proteção e moderação de conteúdo diminuíram, tornando-se mais difícil monitorar o conteúdo exibido. No entanto, algumas empresas estão agindo. A Meta anunciou um “centro de operações especiais” com monitoramento em tempo real e reforços fluentes em hebraico e árabe. Google e TikTok proibiram todo conteúdo ligado ao Hamas, enquanto o TikTok removeu mais de 500 mil vídeos e planeja contratar mais moderadores de conteúdo que falam árabe e hebraico.

A responsabilidade das empresas de Tecnologia

As BIG TECHs têm uma responsabilidade significativa no combate à disseminação de desinformação e conteúdo terrorista. O papel da moderação de conteúdo e a responsabilidade digital são, de fato, inegáveis. A União Europeia alertou essas empresas e exigiu a remoção de vídeos associados ao Hamas. No entanto, o Telegram continua sendo um desafio. A plataforma alega ser contra a censura, até mesmo quando se tratam de conteúdos criminosos. Dessa forma, diversos grupos se sentem à vontade para compartilhar informações e conteúdos ilegais por lá, já que a plataforma não procura fiscalizar, banir ou tomar qualquer medida. Por outro lado, as outras redes (seus concorrentes) argumentam que é crucial concentrar esforços no combate à propagação de terrorismo e fake news.

Mas o que são Big Techs?

“BIG TECHs” é uma abreviação para “Big Technology Companies”, que se refere a grandes empresas de tecnologia que têm um impacto significativo no mercado de tecnologia e na sociedade como um todo. Essas empresas são conhecidas por sua influência, tamanho e alcance global. Alguns dos exemplos mais proeminentes de BIG TECHs incluem:

  1. Apple: Conhecida por seus produtos, como o iPhone, iPad e Mac, bem como pelo sistema operacional iOS. A Apple também opera serviços como a App Store e o iCloud.
  2. Amazon: A maior plataforma de comércio eletrônico do mundo, que oferece uma ampla variedade de produtos, além de serviços como Amazon Web Services (AWS) e Amazon Prime.
  3. Google: A gigante das buscas na internet, conhecida pelo motor de busca Google, bem como pelo sistema operacional Android, YouTube e diversos outros serviços online.
  4. Facebook (Meta Platforms, Inc.): A empresa que controla a maior rede social do mundo, o Facebook, além do Instagram, WhatsApp e Oculus VR.
  5. Microsoft: Conhecida por seu sistema operacional Windows, pacote de produtividade Office, plataforma de computação em nuvem Azure e pela linha de produtos Surface.

Essas empresas são consideradas “BIG TECHs” devido ao seu tamanho, influência, participação de mercado e capacidade de moldar a indústria da tecnologia. Elas desempenham um papel fundamental na economia global e na vida cotidiana das pessoas, oferecendo uma ampla gama de produtos e serviços, desde dispositivos eletrônicos até soluções de software e infraestrutura em nuvem. No entanto, essa influência também levanta questões sobre concorrência, regulamentação, privacidade de dados e outros desafios relacionados à ética e à responsabilidade das empresas de tecnologia.

Tecnologia, Guerra e Responsabilidade

Em resumo, o papel da tecnologia na guerra é inegável. A disseminação de informações e desinformação ocorre em tempo real, moldando a percepção do público e impactando a opinião mundial. As empresas de tecnologia têm a responsabilidade de monitorar, moderar e combater ativamente a disseminação de conteúdo terrorista. Ao usar a tecnologia com responsabilidade e implementar medidas rigorosas de moderação, podemos criar um ambiente online mais seguro, protegendo vidas e garantindo a integridade da informação em tempos de conflito.

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