Google Beam faz reuniões de vídeo parecerem presenciais. Veja!

Já imaginou participar de uma videoconferência e sentir como se estivesse frente a frente com a outra pessoa, mesmo a quilômetros de distância? Essa é exatamente a proposta do Google Beam, a mais nova inovação em comunicação imersiva da gigante da tecnologia

Dessa maneira, anunciado oficialmente durante o Google I/O 2025, o sistema promete revolucionar a forma como realizamos reuniões on-line. Para isso, ele traz uma experiência tridimensional sem a necessidade de óculos ou dispositivos adicionais.

Nesse sentido, a tecnologia marca um passo importante rumo ao futuro das interações virtuais, pois oferece qualidade visual e sensorial que simula com precisão a presença física. Mas afinal, como essa ferramenta funciona e por que tanta empolgação em torno dela? 

Portanto, neste conteúdo, explicaremos o que é o Google Beam, bem como exploraremos o sistema da ferramenta que faz reuniões de vídeo parecerem presenciais. Juntamente com isso, iremos pensar se ela deve evoluir ainda mais no futuro e também refletir se é possível que a mesma se torne popular. Ademais, discutiremos se vale testá-la quando a mesma estiver disponível.

O que é o Google Beam?

A possibilidade de participar de uma reunião de vídeo e sentir como se estivesse com as outras pessoas na mesma sala é exatamente a promessa do Google Beam. Ele consiste em uma inovadora plataforma de comunicação em vídeo 3D oficializada pelo Google nesta terça-feira (21 de maio de 2025), durante o Google I/O 2025, evento anual da empresa voltado a desenvolvedores e entusiastas de tecnologia.

Sendo assim, a base do Google Beam está em uma ideia que o Google já vinha explorando desde o ano de 2021, com o Projeto Starline. Na época, o sistema impressionou ao permitir conversas remotas com aparência realista e sensação de presença física, tudo isso sem a necessidade de headsets ou óculos de realidade virtual.

Evolução do Projeto Starline

O Projeto Starline funcionava como um experimento futurista que se baseava em captura volumétrica e renderização em tempo real. Com o tempo, o Google aprimorou a tecnologia, tornando-a mais acessível e próxima de uma aplicação comercial. 

A transformação do protótipo em produto se concretizou com o Google Beam, que agora está sendo desenvolvido com apoio de empresas parceiras, responsáveis por fabricar o hardware, que é uma estrutura semelhante a uma TV de tela grande.

O diferencial é que o Google não apenas fornece o sistema operacional e a inteligência por trás da experiência. Paralelamente, também garante integração com todo o ecossistema da empresa, como por exemplo Google Meet, Google Cloud e outros serviços corporativos. Em tal sentido, o resultado é um ambiente de comunicação natural e fluido, sem a frieza típica das videochamadas tradicionais.

Como funciona o sistema do Google Beam que faz reuniões de vídeo parecerem presenciais

Inteligência Artificial (IA) a serviço da imersão

O segredo por trás do realismo do Google Beam está na combinação entre IA avançada e tecnologia de exibição inovadora. Em outras palavras, o Google utiliza um modelo de vídeo volumétrico, que é capaz de transformar imagens em 2D captadas por câmeras em representações tridimensionais com profundidade e realismo impressionantes.

Assim, esse modelo de Inteligência Artificial analisa a posição dos olhos, expressões faciais, movimentos corporais e até a luz do ambiente para construir uma imagem mais próxima da presença real. Vale ressaltar que o grande diferencial é que isso acontece em tempo real, o que permite conversas naturais sem atrasos perceptíveis.

Tela com campo de luz (light field display)

Outro componente essencial do sistema é a tela chamada light field display. Ela é responsável por projetar imagens com diferentes perspectivas para cada olho, sem necessidade de óculos especiais. 

Isso cria a ilusão de profundidade, permitindo que o cérebro interprete a imagem como tridimensional. Ou seja, a sensação é tão real que os participantes sentem como se pudessem estender a mão e tocar a outra pessoa.

Além disso, essa tela permite manter o contato visual, algo difícil de simular em chamadas convencionais. Essa proximidade visual ajuda a criar empatia, interpretar melhor expressões faciais e fortalecer a confiança entre os participantes.

Infraestrutura de nuvem e integração com o Google Meet

O Google Beam funciona com base na Google Cloud, que fornece toda a infraestrutura de processamento e armazenamento necessário. Isso garante qualidade profissional de imagem, mesmo com altas demandas de dados. E mais: a plataforma foi projetada para se integrar com os fluxos de trabalho corporativos já existentes, facilitando a adoção por empresas.

Como extensão de sua integração com o Google Meet, o Google Beam também inclui recursos de tradução de fala em tempo real, que preservam o tom de voz e entonação dos participantes. Isso significa que pessoas que falam idiomas diferentes podem se comunicar de forma fluida e natural, algo essencial em um mundo corporativo cada vez mais globalizado.

O Google Beam usa muita tecnologia para entregar uma experiência diferenciada em reuniões de vídeo.
O Google Beam usa muita tecnologia para entregar uma experiência diferenciada em reuniões de vídeo. | Foto: DALL-E 3

O Google Beam deve evoluir ainda mais no futuro?

A versão apresentada no Google I/O 2025 já é bastante impressionante, mas o Google deixou claro que essa é apenas a primeira fase comercial do Beam. Nesse sentido, a empresa está comprometida em continuar evoluindo a tecnologia, com foco em torná-la mais compacta, acessível e versátil.

Sendo assim, entre as evoluções esperadas estão versões menores e modulares, que sejam capazes de serem instaladas em escritórios convencionais ou até mesmo em ambientes domésticos. Em adição, outra frente de desenvolvimento pode ser a redução da latência, para que a conversa flua com ainda mais naturalidade.

Integração com novas ferramentas de IA

Espera-se que o Google também tenha pretensões de incorporar ao Google Beam mais ferramentas de Inteligência Artificial generativa, como resumos automáticos de reuniões, sugestões de tópicos e insights em tempo real, tudo baseado nas interações captadas durante os encontros. Tal tipo de funcionalidade poderia transformar a plataforma em uma verdadeira central de produtividade e colaboração.

Do mesmo modo, existe o potencial de expandir o uso para setores como por exemplo educação, saúde, entretenimento e até mesmo terapias remotas, onde a presença virtual pode fazer toda a diferença.

É possível que o Google Beam se torne uma plataforma popular?

Apesar do hardware ainda ser um fator limitante em termos tanto de custo quanto de espaço, o Google Beam tem grande potencial de adoção por empresas de médio e grande porte, especialmente aquelas com equipes distribuídas globalmente. 

Vale ressaltar que o setor de tecnologia, consultoria, saúde e educação já demonstram interesse. Isso se deve à necessidade crescente de ferramentas que sejam responsáveis por melhorar a comunicação remota.

Sendo assim, com o tempo, e à medida que a produção em escala torne os equipamentos mais baratos, é possível que o Beam chegue também ao consumidor final. Essa transição é semelhante ao que aconteceu com outras tecnologias inicialmente corporativas, como por exemplo videoconferência em HD, cloud computing e colaboração em tempo real.

O diferencial frente à concorrência

Plataformas como Microsoft Teams e Zoom também investem em IA e melhorias na experiência de vídeo. No entanto, nenhuma oferece, até o momento, um sistema de comunicação tridimensional sem óculos, com o mesmo nível de imersão que o Google Beam promete. Esse diferencial pode posicionar o Google à frente em um mercado cada vez mais competitivo.

Vale a pena testar o Google Beam quando estiver disponível?

Se você trabalha em um ambiente onde a comunicação eficaz é essencial (seja em reuniões com clientes, treinamentos ou sessões estratégicas), testar o Google Beam assim que estiver disponível pode ser uma vantagem competitiva. Em outras palavras, a capacidade de simular a presença física com fidelidade pode melhorar aspectos como por exemplo a empatia, a produtividade e também a qualidade das interações.

Questões de acessibilidade e investimento

É importante considerar que, num primeiro momento, o investimento para usar o Google Beam pode ser elevado, tanto em termos de espaço físico quanto de infraestrutura. No entanto, como em toda tecnologia inovadora, os primeiros usuários tendem a se beneficiar mais rapidamente dos ganhos de eficiência e diferenciação.

Também é válido ressaltar que o Google ainda não anunciou um cronograma exato de lançamento comercial em larga escala. Porém, o início dos testes com empresas parceiras e a integração com o Google Meet já indicam que a adoção está mais próxima do que nunca.

Em suma, o Google Beam representa um passo significativo rumo ao futuro da comunicação remota. Isso se deve ao fato de que ele oferece uma experiência tão imersiva que torna as reuniões virtuais praticamente indistinguíveis de encontros presenciais. 

Com base em Inteligência Artificial, tecnologia de exibição inovadora e integração com o ecossistema Google, a plataforma promete transformar a forma como empresas e pessoas interagem no mundo digital.

Ou seja, se você busca estar à frente das tendências e melhorar significativamente a qualidade das suas reuniões on-line, vale a pena acompanhar de perto o desenvolvimento do Google Beam e considerar seu uso assim que estiver disponível.

Quer saber mais sobre como o Google Beam pode ser responsável por transformar sua comunicação empresarial? Fique atento às atualizações e prepare-se para experimentar essa revolução digital, pois o futuro das reuniões remotas tem um grande potencial com a plataforma.

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