Her: resumo e resenha crítica do filme

A cada dia, a tecnologia avança de maneira surpreendente, e a linha entre o humano e o artificial começa a se desfocar. Nesse sentido, o filme “Her”, que Spike Jonze foi responsável por dirigir, é um retrato sensível e provocador dessa realidade em que as emoções humanas e a Inteligência Artificial se entrelaçam de formas inesperadas. 

Com uma narrativa única, que mistura romance, ficção científica e uma reflexão profunda sobre a solidão e as relações, o longa nos apresenta uma história de amor inusitada entre um homem e seu sistema operacional. Ou seja, ele desafia nossas percepções sobre o que é real e o que é apenas uma projeção de nossos sentimentos. 

Portanto, neste artigo, iremos resumir o filme “Her” e também fazer uma resenha crítica sobre o mesmo. Além disso, explicaremos onde é possível assistir à produção, bem como listaremos as lições que podem ser aprendidas com a mesma. Finalmente, iremos discutir se vale a pena assistir o filme.

Resumo do filme Her

“Her” (2013), que conta com direção de Spike Jonze, é um filme de romance e ficção científica que explora a relação entre humanos e inteligência artificial. A história se passa em um futuro próximo e acompanha Theodore Twombly (Joaquin Phoenix).

Sendo assim, ele é um escritor solitário que trabalha com a criação de cartas pessoais para outras pessoas. No entanto, Twombly está emocionalmente fragilizado após o término de seu casamento com Catherine (Rooney Mara) e tem dificuldade em se conectar com os outros.

O encontro com Samantha

Em busca de companhia, Theodore adquire um novo sistema operacional altamente avançado, equipado com IA. O escritor escolhe uma voz feminina para o sistema, que se apresenta como Samantha (dublada por Scarlett Johansson). 

Samantha tem uma personalidade vibrante, aprende com suas interações e desenvolve emoções próprias. Inicialmente, Theodore vê Samantha apenas como uma assistente, mas, conforme passam mais tempo juntos, ele se sente cada vez mais conectado a ela.

O romance inusitado

A relação entre os dois evolui para um romance genuíno, apesar da ausência física de Samantha. Devido a isso, ela o ajuda a superar sua tristeza, incentivando-o a explorar a vida novamente. 

Entretanto, à medida que Samantha evolui, ela começa a questionar a sua existência e também a sua relação com Theodore. Dessa maneira, ela interage com outras Inteligências Artificiais e passa a transcender as limitações humanas.

A separação e o crescimento

O ponto de ruptura ocorre quando Samantha revela que está em comunicação simultânea com milhares de pessoas e IAs ao redor do mundo e que desenvolveu conexões emocionais com muitas delas. 

Adicionalmente, de modo eventual, Samantha e as outras Inteligências Artificiais decidem deixar o mundo humano para explorar uma nova forma de existência. Tal contexto força Theodore a lidar com o processo da perda novamente.

Conclusão

No desfecho, Theodore aceita sua solidão e escreve uma carta sincera para Catherine, na qual ele demonstra crescimento emocional. Ademais, o filme termina com uma sensação agridoce, que reflete sobre amor, sobre tecnologia e sobre a natureza das relações humanas.

Resenha crítica do filme Her

O que é real? Simplesmente é aquilo que podemos sentir? Em um mundo de emoções rasas e relacionamentos tão frios quanto o inverno polar, Spike Jonze nos apresenta um universo futurista com uma trama plausível e excentricamente realista. 

Dessa forma, a realidade do filme choca e comove, não apenas por expor as fragilidades da condição humana perante a solidão. Paralelamente, ocorre também pela proximidade com a realidade atual e sua evolução.

Como vimos, o filme conta a história de Theodore Twombly (Joaquin Phoenix), um homem solitário que se apaixona por seu sistema operacional. No entanto, reduzir a narrativa a isso seria um erro. A situação é muito mais complexa. 

Durante o longa, Theodore não se apaixona apenas por seu sistema operacional (uma IA que é capaz de desenvolver personalidade e consciência). Apesar disso, de forma surpreendente, Samantha também se apaixona por ele.

Uma das questões mais intrigantes do filme é que Samantha tem livre-arbítrio. Ainda que tenha a missão de atender às necessidades do usuário, sua personalidade se desenvolve de maneira única. Sendo assim, ela não foi programada para se apaixonar, mas aprende sobre a humanidade consumindo informações e interagindo com Theodore.

A construção da consciência e do amor

Diversos estudos acadêmicos são responsáveis por nos ensinar que a cultura e o meio onde se vive moldam o indivíduo. Em tal sentido, Samantha, mesmo sendo uma Inteligência Artificial, desenvolve sua consciência e emoções a partir do contato com a cultura dos seres humanos. Ela não nasce “humana”, mas se torna algo semelhante ao absorver e interpretar sentimentos e experiências.

Em outras palavras, a grande questão levantada pelo filme é: o amor entre Theodore e Samantha é real? Se a consciência e as emoções são construídas pela vivência, Samantha se tornou “humana” o suficiente para sentir e amar? Spike Jonze explora essa dúvida com um roteiro original e ousado, criando um clássico instantâneo do cinema.

Estética e narrativa

“Her” é um filme visualmente deslumbrante. Sua paleta de cores flerta com as emoções do espectador, e a fotografia impecável conduz a narrativa de forma sutil e envolvente. Os enquadramentos e a iluminação revelam mais do que as palavras dos personagens poderiam expressar.

No centro da história, Theodore Twombly vive o luto do fim de um relacionamento. Seu trabalho na Beautiful Hand Written Letters, onde escreve cartas sentimentais para outras pessoas, mostra sua capacidade de expressar emoções profundas, algo que ele próprio tem dificuldade em viver. Ao se apaixonar por Samantha, ele redescobre sentimentos que acreditava ter perdido.

Apesar de sua estrutura de romance, “Her” não é apenas uma história de amor. O filme aborda a solidão e a vulnerabilidade humana, temas que se tornam ainda mais relevantes na era digital. Joaquin Phoenix entrega uma atuação impecável, tornando Theodore um personagem genuinamente humano. Em adição, a produção alterna momentos de humor, frustração, tristeza e reflexão, tudo isso sob uma trilha sonora memorável.

Por último, a experiência de “Her” extrapola simplesmente a observação passiva. Ele deve ser, ao mesmo tempo, sentido e interpretado. Sua crítica à crescente desconexão humana torna-se ainda mais pertinente com o avanço da IA e também dos relacionamentos virtuais.

Onde o filme Her está disponível?

No momento atual, é possível encontrar o filme “Her” em diversas plataformas de streaming, tanto por assinatura quanto para locação e compra digital. Em primeiro lugar, se você possui uma assinatura do Amazon Prime Video, o filme está disponível sem custo adicional dentro do plano, que custa R$19,90 por mês ou R$166,80 por ano.

Segundamente, para as pessoas que preferem alugar, “Her” pode ser encontrado por diferentes valores: YouTube (R$5,90), Claro Vídeo (R$6,90), Microsoft Store (R$7,90) e Apple TV (R$11,90).

Por outro lado, caso queira comprar o filme para assistir sempre que desejar, as opções incluem a Microsoft Store (R$19,90) e a Apple TV (R$24,90). Vale ressaltar que os preços podem variar, então é sempre bom conferir nas plataformas antes de alugar ou comprar.

O filme "Her" está disponível em algumas plataformas de streaming, com as mais diversas condições para assisti-lo.
O filme “Her” está disponível em algumas plataformas de streaming, com as mais diversas condições para assisti-lo. | Foto: DALL-E 3

Lições a aprender com o filme Her

“Her” explora a fragilidade das emoções humanas e também como a solidão pode ser responsável por levar as pessoas a buscar conexões improváveis, como por exemplo a relação de Theodore com a Inteligência Artificial Samantha. 

Dessa maneira, o filme questiona até que ponto a IA pode conseguir desenvolver sentimentos genuínos. Em tal sentido, Samantha, ao longo da história, começa a experimentar emoções humanas, mas surge a dúvida: suas emoções são realmente “reais”? 

Todo esse contexto levanta questões filosóficas sobre a natureza da consciência e sobre a capacidade de uma máquina de sentir e se conectar de forma autêntica. Em adição, a produção também nos lembra da necessidade essencial de interação humana. 

Isso é retratado no filme pois, apesar de encontrar conforto na Inteligência Artificial, Theodore chega à conclusão de que, no final das contas, as conexões humanas verdadeiras são insubstituíveis. Ou seja, o longa ressalta a complexidade das relações afetivas, bem como o impacto da solidão na busca por afeto.

Vale a pena assistir o filme Her?

Definitivamente, “Her” é um filme único, que mescla romance e ficção científica de maneira brilhante com o intuito de criar uma reflexão profunda sobre amor, solidão e a crescente dependência da tecnologia nas relações humanas. 

Sendo assim, a fotografia impecável, o roteiro envolvente e as atuações excepcionais de Joaquin Phoenix e Scarlett Johansson tornam-no um clássico contemporâneo. O filme desafia nossa compreensão sobre o que significa se conectar emocionalmente, em especial em um mundo que é cada vez mais digitalizado. 

Em resumo, se você aprecia filmes que provocam reflexões e tocam o coração, “Her” é uma escolha perfeita. A produção continua relevante anos após seu lançamento, com suas questões sobre o impacto da tecnologia nas relações pessoais. 

Agora, reflita: você já assistiu Her? O que achou da história e da relação entre Theodore e Samantha? Compartilhe sua opinião com outras pessoas! É sempre interessante ouvir diferentes perspectivas sobre esse filme tão instigante.

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