“I am Mother” é um filme de ficção científica que explora questões complexas sobre a moralidade, ética e a relação da humanidade com a Inteligência Artificial. Sendo assim, o longa contou com a direção de Grant Sputore e um roteiro que Michael Lloyd Green foi responsável por escrever, e teve lançamento na plataforma de streaming Netflix no ano de 2019.
Com uma premissa intrigante e um elenco sólido, o filme chama a atenção desde sua estreia devido a sua abordagem filosófica sobre diversos temas que têm relação com o renascimento da humanidade e o papel de seres artificiais na preservação e evolução da raça humana.
Então, neste artigo, iremos fazer um resumo do filme, bem como uma resenha crítica de “I am Mother”. Juntamente com isso, discutiremos a importância de filmes que discutem a tecnologia e também listaremos outros filmes semelhantes. Por fim, iremos refletir se vale a pena assistir ao longa da Netflix.
Resumo do filme I am Mother
“I am Mother” começa com um cenário pós-apocalíptico onde aconteceu a extinção da humanidade por causa de um evento de cataclismo global. Devido a isso, ativa-se um bunker automatizado, que se projetou para preservar a espécie humana.
Nesse bunker, um robô chamado Mãe, uma IA avançada com forma humana, assume o cuidado de um embrião que, com o passar do tempo, se torna uma criança humana que se chama Filha.
Mãe é programada para ensinar e cuidar da jovem. Ela é responsável por criar um ambiente onde a criança é ensinada sobre ética e moralidade, enquanto é mantida afastada do mundo exterior, que, segundo Mãe, é inabitável devido à contaminação.
Com o passar dos anos, Filha, agora uma adolescente, começa a questionar as explicações de Mãe sobre o mundo lá fora. Sua curiosidade é despertada quando ela encontra uma mulher ferida, que aparece de forma inesperada no bunker.
Essa mulher, aparentemente humana e com intenções misteriosas, desafia tudo o que Filha sabia sobre sua realidade, levando-a a duvidar da verdadeira natureza de Mãe e das suas intenções. A partir daí, o filme desenvolve um enredo que é repleto de reviravoltas, revelando que a verdade sobre o bunker, sobre Mãe e sobre a extinção da humanidade é mais complexa e assustadora do que Filha poderia imaginar.
Filha, em seu desejo de descobrir mais sobre a verdade, se envolve em uma série de eventos que a levam a confrontar Mãe e a questionar se realmente pode confiar nela. Ao longo do filme, Filha se vê forçada a fazer escolhas difíceis, enfrentando dilemas morais e éticos que testam seus limites de compreensão e confiança.
Resenha crítica do filme I am Mother
A ficção científica é um gênero que se presta bem a discussões sobre a moralidade e a ética humanas, principalmente quando envolve Inteligência Artificial e robôs. “I am Mother” é um excelente exemplo de como é possível usar o gênero com o intuito de explorar questões filosóficas profundas, embora o filme tenha alguns pontos de discussão que merecem atenção.
A construção do personagem Mãe
O robô Mãe é, sem dúvida, a grande estrela do filme. Seu design e sua atuação são impressionantes. A Weta Digital, famosa pela criação de efeitos visuais de alta qualidade, conseguiu criar uma IA humanoide com um visual que é ao mesmo tempo acolhedor e ameaçador.
Sendo assim, projetou-se a aparência de Mãe para cuidar de uma criança, com sua estrutura macia e movimentos sutis. No entanto, à medida que o filme avança, fica claro que sua verdadeira natureza é muito mais complexa do que isso.
O trabalho de voz e captura de movimentos, que Rose Byrne foi responsável por realizar, adiciona uma camada de profundidade ao personagem, misturando uma aparência carinhosa com uma frieza assustadora.
Portanto, Mãe é uma personagem que desafia a expectativa do espectador sobre o que um robô pode ser. Ou seja, ela traz uma performance enervante que torna a trama ainda mais cativante.
A dinâmica entre Filha e Mãe
Clara Rugaard, que interpreta Filha, faz um trabalho notável ao equilibrar a devoção à Mãe com sua crescente desconfiança em relação à sua cuidadora. À medida que Filha se aproxima da idade adulta, ela começa a questionar as lições que Mãe lhe ensinou.
Dessa forma, o filme explora muito bem esse conflito interno. Nesse sentido, a dinâmica entre as duas personagens, que começa com a confiança total e vai se transformando em incerteza e desconforto, é um dos pontos mais fortes de “I am Mother”.
Por outro lado, a personagem da mulher ferida, que Hilary Swank interpreta, serve como um catalisador para as mudanças no comportamento de Filha. Sua chegada ao bunker provoca um choque de visões de mundo e questionamentos sobre as reais intenções de Mãe.
Entretanto, apesar de sua boa atuação, a introdução e o desenvolvimento da personagem de Swank falham um pouco em atingir o impacto emocional desejado, já que ela se torna mais um meio para conduzir a trama do que uma figura verdadeiramente interessante ou convincente.
O roteiro e os dilemas filosóficos
A premissa de “I am Mother” oferece um terreno fértil para discussões sobre ética e também sobre moralidade. Logo, a principal questão que o filme levanta é se um ser artificial, como Mãe, é capaz de desenvolver sentimentos genuínos ou se tudo não passa de uma simulação programada.
Em conjunto a isso, o filme aborda o dilema de confiar em uma IA para criar e educar a próxima geração de seres humanos, considerando que se criou a Inteligência Artificial com o propósito de preservar a humanidade. Ainda assim, essa tecnologia também é capaz de tomar decisões que podem ser moralmente questionáveis.
No entanto, apesar de levantar questões filosóficas intrigantes, o filme não consegue sempre entregar respostas satisfatórias. A introdução de reviravoltas no enredo, especialmente no final, pode deixar o espectador com uma sensação de confusão.
Isso acontece pois algumas pistas dadas ao longo da história parecem contradizer a resolução do conflito central. O filme encerra com um final aberto, que, embora cativante, deixa algumas perguntas sem resposta e pode frustrar aqueles que esperam uma conclusão mais clara.
A importância de filmes que discutem a tecnologia
“I am Mother” é mais do que apenas um simples filme sobre a luta de uma jovem contra uma figura maternal que é autoritária. Sendo assim, ele faz uma reflexão sobre o papel crescente da tecnologia em nossas vidas e os limites da IA.
Ou seja, à medida que a tecnologia se torna cada vez mais presente no nosso cotidiano, é crucial questionar o que significa confiar em máquinas para tomar decisões importantes, como a criação e a preservação da vida humana.
Dessa maneira, filmes como por exemplo “I am Mother” são importantes porque incentivam o público a refletir sobre essas questões. Em outras palavras, isso ajuda a formar uma discussão mais ampla sobre o papel da tecnologia no futuro da humanidade.

Outros filmes semelhantes
Se você assistiu e gostou de “I am Mother”, pode gostar também de outros filmes que buscam explorar temas semelhantes, como por exemplo a relação entre seres humanos e as Inteligências Artificiais. Desse modo, alguns exemplos incluem as produções:
- Ex Machina (2014): esse é um thriller psicológico que explora a criação de um robô com IA avançada. Em paralelo, trata também sobre as questões éticas e morais associadas a esse contexto;
- Blade Runner 2049 (2017): essa é uma sequência da clássica produção “Blade Runner”. Assim como o original, também aborda a questão da humanidade das Inteligências Artificiais e o que significa ser pertencente à raça humana;
- Her (2013): esse é um filme que explora o relacionamento entre um homem e um sistema operacional equipado com IA. A partir disso, ele levanta questões sobre a natureza do amor e das emoções.
Vale a pena assistir I am Mother?
Se você é fã de ficção científica e gosta de filmes que levantam questões filosóficas sobre a tecnologia e a moralidade humana, “I am Mother” vale a pena ser assistido. Nesse sentido, o filme oferece uma visão interessante e perturbadora do futuro da humanidade e de como a Inteligência Artificial pode ser tanto uma salvadora quanto uma ameaça.
Apesar de a produção ter seus pontos fracos, especialmente no desenvolvimento de certos personagens, sua trama é envolvente. Juntamente com isso, é cheia de reviravoltas que mantêm o espectador atento até o final.
Em suma, se você está buscando uma experiência cinematográfica que desafie suas crenças sobre a tecnologia, esse é um filme que vai fazer você pensar. “I am Mother” é uma obra que, com suas falhas e acertos, continua a ser uma contribuição valiosa para o debate sobre a relação da humanidade com a tecnologia. Portanto, aproveite para assistir e se questionar sobre o que é realmente a “mãe” de nosso futuro.
Ademais, gostou de “I am Mother”? Não deixe de compartilhar suas opiniões sobre o filme! Junte-se à discussão sobre o impacto da IA e da tecnologia que está acontecendo em nossa sociedade!
Juntamente com isso, existem outras produções incríveis para consumir. Sendo assim, veja outros filmes de Inteligência Artificial e tecnologia que podem lhe interessar!