Inteligência Artificial: Após a democratização

Quando entendemos que a Inteligência Artificial e qualquer outra inovação passa por fases, é comum nos tornarmos mais sensíveis à identificação dessas respectivas etapas. No caso da Inteligência Artificial, já passamos, pelo menos, pelas seis etapas da disrupção, alternando somente a intensidade com a qual atravessamos e a profundidade da educação que temos sobre o assunto. Seguimos, agora, no início da democratização da Inteligência Artificial. 

A democratização da inteligência artificial significa que, após a etapa de desmonetização, a ferramenta deve ter sua acessibilidade cada vez mais intensificada. Se hoje estamos parcialmente familiarizados com o ChatGPT – porque existe uma grande parcela da sociedade que sequer sabe do que se trata -, a intenção é que isso se repita com diversas outras inteligências que desempenham outras funções. O nome da etapa que vivemos é muito literal: o objetivo, agora, é tornar democrático – viabilizando o acesso tanto quanto possível para todos os usuários. 

Mas se estamos agora em uma das últimas etapas de um processo com seis fases, surge a curiosidade: depois daqui, atravessando a democratização, para onde vamos com a inteligência artificial? 

Estar a par do futuro da inteligência artificial é importante para nos mantermos atualizados a respeito das principais tendências do mercado e como adotá-las, garantindo uma boa performance em um mercado extremamente competitivo. Por isso, organizamos algumas das apostas para o futuro da inteligência artificial que merecem devida atenção.

 

A Força de Trabalho Intensificada com IA 

Com o surgimento da IA, um pânico é instalado. O medo, vindo da possiblidade e que a mão de obra humana se tornasse ofuscada e obsoleta, causando sua substituição pela inteligência.

Essa preocupação, apesar de válida, é distorcida do real propósito da IA. Com a ferramenta, o objetivo é que, as máquinas contribuam para impulsionar e aperfeiçoar a competência dos seus colaboradores, no futuro. 

De acordo com alguns economistas do banco de investimento Goldman Sachs, até 300 milhões de empregos em todo o mundo serão automatizados, a partir da adoção da inteligência artificial. 

No entanto, essa previsão subestima a importância da criatividade e do potencial de inovação dos seres humanos. Apesar de a incorporação da inteligência artificial ser, de fato, irreversível para o futuro do trabalho, o ideal seria utilizar os computadores para expandir a inteligência humana. 

Esse expandir da inteligência humana é interpretado como Amplificação da Inteligência, ou Inteligência Ampliada. O objetivo da tecnologia é aumentar a inteligência humana, aprimorar a produtividade e ter maior eficiência no trabalho. Contudo, a transformação acontece nos seres humanos enquanto colaboradores das máquinas.

 

Adesão ao Small Data

Sabemos que os dados são o material regente da inteligência artificial. Sem dados, não existe inteligência. Nos últimos anos, temos percebido uma maior simpatia por parte das empresas em relação ao Big Data. No entanto, um levantamento realizado pela Gartner – provedor de serviços de pesquisa e consultoria para empresas de TI, que trabalha com organizações desenvolvem estratégias, planos e orçamentos de tecnologia, além de selecionar as tecnologias certas para suas operações – aponta que aproximadamente 70% das empresas devem ter migrado do Big Data para o Small Data até 2025. Isso significaria que a inteligência artificial se tornaria menos dependente dos dados. 

A diferença entre o Big Data e o Small Data é fácil de identificar: o Big Data refere-se a dados que são tão grandes, complexos ou rápidos que são difíceis ou impossíveis de processar usando métodos tradicionais. 

Por outro lado, o Small Data foca na qualidade dos dados coletados, e não em sua quantidade. O argumento dessa tendência é que, diante de uma imensa quantidade de informações, é preciso filtrar o que realmente é importante para construir estratégias.

É um raciocínio que faz sentido e será melhor articulado até 2025, quando a previsão de que o Small Data se sobreponha ao Big Data toma forma.

 

Reforço de Segurança no Espaço Cibernético

Depois de escândalos políticos causados por crimes cibernéticos, não é difícil entender a preocupação das organizações de segurança mundial em relação à internet e ao espaço cibernético. 

Em 2021, o Fórum Econômico Mundial constatou que o crime cibernético é tão nocivo e perigoso para a sociedade quanto atos de terrorismo. Apesar de assustadora, essa é uma constatação justa porque percebermos que, conforme evoluímos com as máquinas, todo o nosso ecossistema social também se desenvolve, e isso significa que a criminalidade, acompanhando esses avanços, deve evoluir em suas formas de atuação.

Os ciberataques operam de diversas formas. A inteligência artificial busca analisar os grandes bancos de dados e procurar por padrões de comportamentos subversivos de usuários. Com isso, a IA se apoia no Machine Learning para compreender as curvas de segurança e dados, a fim de aprender a solucionar ataques de forma autônoma, antecipando o erro e evitando grandes perdas de dados particulares. 

Com essa ameaça indica um futuro inseguro. Todava, a Inteligência Artificial reforça a segurança cibernética das empresas. Ao monitorar o tráfego da rede e identificar ações suspeitas, acionando mecanismos responsáveis por barrar qualquer agente malicioso, de forma automática.

 

Surgimento do Metaverso.

O Metaverso é definitivamente uma das tendências em destaque. 

O termo Metaverso foi cunhado pelo escritor Neal Stephenson em sua obra de ficção científica “Snow Crash”, publicada em 1992. No livro, temos um personagem que, na realidade, é entregador de pizza, mas, no mundo virtual, é um samurai. 

Recentemente, o Metaverso ganhou mais popularidade devido aos investimentos realizados pela Meta (anteriormente conhecida como Facebook) na publicidade sobre o assunto. O Metaverso é uma espécie de nova camada da realidade responsável por integrar o mundo real e o virtual. 

Na prática, é um ambiente virtual, construído por diversas tecnologias, como: Realidade Virtual, Realidade Aumentada e hologramas – muito parecido com os filmes de ficção científica. Sendo o Metaverso um ambiente digital e unificado onde nós, usuários, podemos conviver, trabalhar, gerar e viver experiências e entretenimento. Em suma, a intenção desse espaço é gerar experiências imersivas, criadas pelas próprias pessoas que fazem parte dele. 

Nesse caso, a inteligência artificial é indispensável para o crescimento do Metaverso. Diante desse contexto, a inteligência funciona como uma ferramenta para os usuários amadurecerem sua criatividade e aplicá-la em um espaço virtual. 

 

Decerto, essa tecnologia está mais presente entre as empresas e a sociedade, como um todo. Analisar o futuro da inteligência social é pensar em novas inovações surgindo em todas as áreas. Logo, manter-se atualizando quanto à educação no mundo da IA e para onde estamos indo é, novamente, indispensável.

É inegável! O aperfeiçoamento constante viabiliza a pluralidade de operações. Seu desenvolvimento automatiza operações complexas, o bom trabalho na performance das equipes e o auxílio no direcionamento dos negócios.

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Rodrigo Mourão
Rodrigo Mourãohttps://lp.rodrigomourao.com.br/
- CEO Holding RM Factory - COO Grupo AceleradorEspecialista em tecnologia e estrategista de negócios com 22 de experiência. CEO da Holding RM Factory e fundador do Na Prática Club. Já mentoreou mais de 420 empresários do mercado tradicional e digital. Implementou a arquitetura de negócios de grandes players do mercado. Atualmente é Diretor Executivo de operações do Grupo Acelerador Empresarial do empresário Marcus Marques e conduz um grupo de com dezenas de empresários de tecnologia que faturam entre R$ 800mil e R$ 12 milhões por ano.