A Black Friday é um dos eventos mais aguardados pelos consumidores brasileiros, repleta de promoções imperdíveis. Em 2024, a Magazine Luiza (Magalu) decidiu inovar ao incorporar criptomoedas na sua tradicional ação promocional, oferecendo uma experiência inédita com o Bitcoin (BTC) e outras moedas virtuais.
Portanto, iremos explicar como funciona a Black Friday com BTC da Magalu e também listar outros movimentos da empresa em relação ao mercado de ativos digitais. Em conjunto a isso, discutiremos possíveis consequências da promoção de criptos, bem como se ela pode virar tendência.
Entenda a Black Friday com Bitcoin da Magalu
A Magazine Luiza, conhecida por sua adaptação às novas tecnologias, lançou a promoção “Cripto Friday” no MagaluPay. Ela vai de 18 a 30 de novembro de 2024, com destaque para a sexta-feira, 29, data oficial da Black Friday. Sendo assim, durante esse período, os consumidores poderão comprar e vender Bitcoin, Ethereum e USDC (uma stablecoin atrelada ao dólar) a partir de R$1,00.
Essa ação visa atrair não apenas quem busca ofertas em produtos, mas também investidores e curiosos do mercado de criptomoedas. Para participar, basta baixar o aplicativo do MagaluPay.
Nele, os usuários poderão visualizar a promoção em vigor e realizar suas transações. Em tal sentido, como parte da estratégia, a Magalu oferece cashback de 2% nas compras e vendas de moedas virtuais que sejam realizadas no app, com o valor sendo creditado de modo direto na carteira dentro do mesmo.
Por fim, é importante destacar que, apesar de ser uma ação inovadora, o MagaluPay ainda não permite saque ou depósito de ativos digitais. Isso é algo que limita as operações à compra e venda dentro do próprio software. Logo, a estratégia tem foco em criar um ecossistema digital para quem já está familiarizado com o universo das criptomoedas.
Outros movimentos da Magalu em relação ao mercado de criptomoedas
A entrada da Magalu no mercado de moedas virtuais não é novidade. Desde 2023, a empresa permite a compra e venda de BTC através do MagaluPay, sendo uma das pioneiras do varejo a explorar esse mercado no Brasil. Nesse sentido, no lançamento dessa funcionalidade, o app já contava com 9 milhões de usuários cadastrados, o que demonstra o potencial de alcance dessa nova plataforma digital.
Juntamente com isso, a varejista iniciou o desenvolvimento de seu próprio ativo digital, a Lucoin. Embora ainda não tenha sido lançada, essa cripto pode representar um novo passo para a empresa. Isso acontecerá principalmente caso o negócio disponibilize a mesma no mercado futuramente.
A ideia de criar uma moeda própria segue a tendência de grandes empresas brasileiras, como por exemplo o Nubank, com o Nucoin, e o Mercado Livre, com o Mercado Coin. Tais iniciativas mostram o crescente interesse do setor privado em explorar as moedas virtuais como um meio de fidelização e também de criação de novas fontes de receita.
Ou seja, ao contrário do que muitos esperavam, as grandes instituições financeiras ainda hesitam em adotar criptomoedas como uma opção de pagamento formal. Porém, as ações de marcas como a Magazine Luiza sinalizam um movimento de adaptação às novas tecnologias e à crescente demanda por soluções digitais de pagamento.
Por último, esse movimento também tem sido impulsionado por uma base de clientes que é cada vez mais digitalizada. Esse grupo de pessoas busca maneiras de pagar de modo mais rápido e seguro.
Possíveis consequências da promoção
A oferta Cripto Friday da Magalu tem o potencial de gerar várias consequências no mercado brasileiro e para a própria varejista. Sendo assim, ao oferecer a compra e venda de criptos com cashback, a empresa consegue atrair um público mais jovem, que já está familiarizado com o mundo das moedas virtuais, além de investidores que buscam aproveitar a alta recente do Bitcoin.
O aumento no número de clientes cadastrados no MagaluPay é uma consequência direta dessa estratégia. Em outras palavras, a inclusão das criptomoedas como uma alternativa de pagamento pode consolidar o recurso como uma plataforma financeira relevante no Brasil, colocando a empresa na vanguarda da digitalização e inovação no setor varejista.
No entanto, o mercado de ativos digitais é altamente volátil, o que pode gerar desconfiança em alguns consumidores. Ainda que a promoção traga benefícios como o cashback, os riscos de oscilações no valor das criptos precisam ser levados em consideração.
Dessa forma, a Magazine Luiza pode reduzir esse fator com mais informações educativas sobre o uso e a volatilidade das criptomoedas. Isso garante que seus clientes estejam cientes das possibilidades e dos riscos envolvidos.
Finalmente, a ação pode fortalecer a imagem da marca como inovadora e antenada nas tendências do mercado digital. Assim, ao se posicionar como líder no setor de e-commerce e finanças, a Magalu atrai tanto clientes quanto investidores que buscam empresas comprometidas com a inovação.
Essa promoção pode virar tendência?
A Black Friday da Magalu com criptomoedas tem o potencial de se tornar uma tendência no Brasil. O uso de BTC e outras moedas virtuais como modo de pagamento, aliado ao cashback, pode atrair um público jovem e investidores que buscam se beneficiar da alta dos ativos digitais.
Então, se a promoção for bem-sucedida, outras grandes empresas de varejo podem adotar modelos semelhantes, oferecendo uma nova experiência de compra para seus clientes. Da mesma maneira, o Brasil é um dos países com maior adoção de criptos, e a crescente familiaridade do público com essas moedas pode acelerar sua integração no e-commerce.
Apesar disso, a volatilidade das criptomoedas ainda representa um desafio. Para que essa tendência ganhe força, os negócios precisam garantir segurança nas transações e educar seus consumidores sobre os riscos e os benefícios das criptos.
Em última análise, a ação da Magalu pode ser um passo inicial quando pensamos em promoções que têm relação com ativos digitais. Mas, se o comportamento dos consumidores em relação às criptomoedas continuar evoluindo de modo positivo, a integração de moedas virtuais no contexto do varejo brasileiro pode se tornar uma norma nos próximos anos.