O mercado de criptomoedas viveu momentos de tensão com a recente queda do Bitcoin (BTC), a principal delas. Nesse sentido, o ativo digital mais conhecido do mundo perdeu força, algo que afetou as altcoins (moedas virtuais alternativas) e gerou incerteza entre os investidores do mercado cripto.
Logo, neste texto, iremos entender a queda do Bitcoin e também explicar o que se deve fazer no momento com base na explicação de um especialista. Além disso, discutiremos porque essa redução de valor assustou os investidores e influenciou as altcoins, bem como se é momento de vender ou comprar BTC.
Entenda a queda do Bitcoin
O Bitcoin vinha em uma trajetória de alta em seu valor, com investidores tentando romper a marca histórica de US$100.000. Após várias tentativas frustradas, o mercado da moeda virtual enfrentou uma correção, que devolveu o preço da mesma para cerca de US$93.000.
No entanto, este movimento, segundo Beto Fernandes, analista da Foxbit, já era algo esperado, dado o nível de lucros acumulados nesse mercado. Sendo assim, ele explica que a correção de quase 5% não é tão agressiva quando se analisa o histórico recente do BTC.
Contudo, é um sinal de realização de lucros por parte dos investidores. Em outras palavras, quando muitos detentores decidem vender uma criptomoeda para garantir seus ganhos, a pressão vendedora aumenta, levando à queda de preços de tal ativo digital.
Em paralelo, outro fator a ser considerado nesse contexto é o cenário macroeconômico. Ou seja, esta semana é marcada por uma baixa movimentação em decorrência ao feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos.
Juntamente com isso, o índice de preços PCE, que mede a evolução dos preços dos bens e serviços adquiridos pelos consumidores para fins de consumo nos EUA (excluindo tanto alimentos quanto energia), será divulgado. Isso pode trazer volatilidade adicional. Com a liquidez reduzida, as flutuações tendem a ser mais intensas.
Portanto, a falta de catalisadores positivos no curto prazo, combinada com a resistência técnica da aproximação do valor de US$100.000, fez com que o Bitcoin recuasse. Esse movimento trouxe dúvidas para os investidores, impactando também as altcoins.
O que fazer no atual momento?
Diante desse cenário, muitos investidores se perguntam qual a melhor estratégia a ser adotada. Israel Buzaym, especialista cripto do Bitybank, destaca que a queda reflete uma barreira técnica importante. Desse modo, a marca de US$100.000 é marcada por um grande volume de ordens de venda de BTC.
Apesar da correção no valor da moeda virtual, há sinais positivos no mercado. Nesse sentido, segundo Buzaym, a entrada de capital institucional e de pequenos investidores continua a crescer. Isso é algo que indica que o apetite pelas criptomoedas ainda permanece forte, uma realidade que pode ajudar a sustentar os preços quando se pensa no médio prazo.
Em conjunto a isso, os indicadores técnicos já apontavam para essa possibilidade de correção. Primeiramente, o RSI, indicador que mede a força do mercado, estava em níveis de sobrecompra, sinalizando que o preço do Bitcoin poderia estar inflado. Da mesma forma, o MACD, que analisa mudanças de direção do mercado, também sugeria desaceleração antes da queda.
Assim, para o especialista, uma correção mais profunda, de até 20%, seria saudável. Esse movimento ajudaria a consolidar o preço do BTC, dando suporte para novas altas em momentos futuros.
Por último, Buzaym também chama a atenção para o cenário político dos Estados Unidos. A vitória republicana (com Donald Trump) nas eleições trouxe otimismo aos mercados tradicionais, o que pode impactar positivamente as criptomoedas no longo prazo.
Por que a queda assustou os investidores e influenciou as altcoins?
Quando o Bitcoin cai, ele frequentemente arrasta o mercado de altcoins. Essas moedas virtuais, que têm menor capitalização de mercado, costumam ser mais voláteis. Logo, qualquer movimento do BTC se reflete nelas de maneira amplificada.
Desse modo, a queda do Bitcoin gerou incertezas porque muitos investidores ainda veem a principal criptomoeda como um termômetro do mercado cripto. Quando ela perde força, surge o temor de que o mercado esteja entrando em um período de baixa.
Além disso, altcoins dependem, em parte, da liquidez que flui do BTC. Sendo assim, se os investidores retiram capital do Bitcoin, as altcoins sofrem ainda mais. Essa dinâmica cria um ciclo de vendas, intensificando as quedas em todo o mercado.
Paralelamente, outro ponto é o impacto psicológico. Em outras palavras, investidores que entraram no mercado recentemente podem se assustar com correções e tomar decisões precipitadas, como vender no prejuízo. Ou seja, esse comportamento agrava a volatilidade, especialmente em semanas de baixa liquidez.
Apesar disso, especialistas apontam que momento de correção podem ser oportunidades para reavaliar estratégias e buscar boas entradas, tanto no BTC quanto em altcoins que são promissoras.
É momento de vender ou comprar Bitcoin?
Decidir entre vender, comprar ou manter BTC depende do perfil e também dos objetivos do investidor. Nesse sentido, a recente oscilação trouxe dúvidas, mas também abriu oportunidades no mercado.
Para investidores de longo prazo, quedas podem ser vistas como uma chance de acumular mais Bitcoin a preços reduzidos. O cenário atual mostra que os fundamentos do ativo digital continuam sólidos, e a entrada de capital institucional reforça sua perspectiva de valorização no futuro.
Já para traders de curto prazo, é crucial observar os níveis de suporte e resistência. A faixa de US$100.000 se mantém como uma barreira significativa. Enquanto o BTC não superar essa marca, o mercado pode permanecer em consolidação ou até mesmo recuar ainda mais.
Finalmente, quem já acumulou lucros relevantes pode optar por realizar parte deles, reduzindo a exposição ao risco. Tal estratégia é útil para proteger o capital em momentos de maior incerteza e volatilidade.
Em suma, independentemente da escolha, manter a calma é essencial. O mercado de criptos é naturalmente volátil, e correções são comuns em ciclos de alta. Avaliar o contexto, acompanhar indicadores e evitar decisões impulsivas são atitudes-chave para aproveitar o melhor momento do mercado.