A plataforma de streaming Max deu início a uma nova fase de sua política de uso: o impedimento do compartilhamento de senhas entre usuários que não residem na mesma casa.
Nesse sentido, a medida, que inicialmente foi implementada nos Estados Unidos, vem despertando grande atenção nas redes sociais e causando impacto entre os assinantes da Max, que agora precisam reavaliar como acessam o conteúdo da plataforma.
Vale ressaltar que a decisão segue uma tendência já adotada por outras gigantes do setor, como por exemplo Netflix e Disney Plus. Da mesma maneira, marca uma mudança importante na forma como os serviços de streaming operam diante da crescente busca por rentabilidade e controle de acesso.
Então, neste conteúdo, entenderemos o contexto da Max proibir o compartilhamento de senha, bem como exploraremos a opção que a plataforma disponibilizou para quem deseja dividir a conta. Juntamente com isso, iremos pensar se é possível que ela expanda essa postura para outras localidades e também listar algumas possíveis consequências do contexto. Ademais, discutiremos se há chances da medida ser repensada pelo serviço.
Entenda o contexto da Max proibir o compartilhamento de senha
A Max, que anteriormente se chamava HBO Max, está se reposicionando no mercado com uma estratégia mais rígida em relação ao compartilhamento de senhas. Em tal sentido, a decisão de bloquear o uso compartilhado fora de uma mesma residência tem como pano de fundo a pressão por lucratividade.
Tal aspecto representa uma preocupação cada vez mais comum no mercado de streaming, em especial após a Netflix reportar um aumento de receita depois de implementar medidas similares.
Nos Estados Unidos, diversos usuários da Max já estão sendo notificados de que não irão poder mais acessar a plataforma se estiverem usando uma conta que está associada a um endereço diferente daquele registrado como principal.
Sendo assim, as mensagens de aviso começaram a aparecer no mês de abril de 2025. Elas informam o usuário sobre a necessidade de autenticação da residência principal e também a impossibilidade de continuar com o uso atual caso a localização não seja validada.
O movimento nas redes sociais
Logo após a implementação da medida, uma onda de relatos tomou conta do X (antigo Twitter), Reddit e outras redes sociais. Em tais comentários, os usuários manifestaram surpresa e descontentamento com a nova regra da Max.
Paralelamente, muitos deles compartilharam capturas de tela com a mensagem que impede o acesso e solicitando orientações sobre como manter o uso da plataforma fora da casa principal. Ou seja, esse comportamento é algo que evidencia o impacto da mudança e o quanto o compartilhamento era uma prática comum entre os assinantes do serviço de streaming.
Qual a opção da Max para dividir a conta?
Para reduzir o impacto negativo e não perder usuários, a Max lançou o recurso “Membro Extra”. Ela consiste em uma alternativa para quem deseja continuar acessando a plataforma mesmo morando em um endereço diferente do assinante principal.
Tal modelo segue o caminho que a Netflix trilhou. Antes mesmo da Max, a concorrente também criou uma funcionalidade semelhante com cobrança adicional. Vale ressaltar que o “Membro Extra” da Max custa US$7,99 por mês.
Esse é um valor que representa cerca de R$46 na cotação atual. No entanto, um ponto de atenção é que essa funcionalidade está disponível somente para quem assina diretamente pela plataforma da Max, e não por pacotes terceirizados ou combos com outros serviços, como por exemplo Disney Plus e Hulu.
Planos elegíveis para adicionar um “Membro Extra”
O assinante precisa ter um dos planos individuais da Max para poder acessar esse recurso:
- Plano com anúncios: US$9,99 por mês;
- Plano Standard (sem anúncios): US$16,99 por mês;
- Plano Premium (qualidade 4K e múltiplos dispositivos): US$20,99 por mês.
Sendo assim, esses são os únicos elegíveis para adicionar um “Membro Extra”. Caso a assinatura tenha sido feita por meio de operadoras de telefonia, lojas de aplicativos ou combos, essa funcionalidade não estará disponível.
Funcionalidades da conta extra
O “Membro Extra” ganha acesso a uma conta independente, que conta com senha, perfil, recomendações, histórico e até controles administrativos separados. Isso significa que a experiência do usuário não será limitada em relação à conta principal.
Entretanto, a continuidade do serviço depende da manutenção da assinatura pelo titular. Ou seja, se acontecer um cancelamento da conta original, o “Membro Extra” também perderá o acesso à plataforma.
É possível que a Max expanda essa postura para outras localidades?
Embora, até o momento, a nova política esteja restrita aos Estados Unidos, há fortes indícios de que a Max pretende aplicar a medida em outros países nos próximos meses. O Brasil, como um dos maiores mercados da plataforma na América Latina, é um dos candidatos mais prováveis a receber a nova política ainda em 2025.
A empresa está monitorando atentamente a aceitação da medida nos EUA, analisando indicadores como número de cancelamentos, novos assinantes e engajamento com os planos disponíveis.
Nesse sentido, tais dados serão fundamentais para ajustar sua estratégia antes de expandi-la globalmente. Dessa maneira, especialistas do setor apontam que a decisão deve alcançar o território brasileiro antes do fim do ano, especialmente considerando os esforços de monetização da Warner Bros. Discovery após o reposicionamento da Max e a crescente competição no mercado de streaming.
Antecipação de reações e estratégias regionais
Sabendo do impacto que essa mudança pode gerar nos hábitos de consumo dos usuários, é possível que a Max opte por adotar abordagens regionais específicas. Entre elas, estão medidas como por exemplo oferecer períodos promocionais, descontos no plano “Membro Extra” ou condições especiais para quem migrar de um plano antigo.
Juntamente com isso, campanhas de comunicação segmentadas devem ser implementadas com o intuito de informar e preparar os assinantes sobre as novas regras. Elas deverão ter foco em esclarecer os benefícios, as limitações e também as alternativas, em busca de reduzir a resistência e facilitar a transição.
Possíveis consequências dessa postura da Max
Efeitos na base de assinantes
A restrição ao compartilhamento de senha pode ser responsável por causar um efeito imediato de cancelamentos, especialmente entre usuários que dependiam de contas de familiares ou amigos para acessar o serviço. Isso foi observado em outras plataformas que adotaram medidas semelhantes. No entanto, é possível que a Max recupere parte desses usuários por meio do recurso do “Membro Extra”.
Redução da pirataria e aumento de controle
Um dos objetivos centrais dessa medida é combater o uso indevido da plataforma e reduzir práticas ilegais, como por exemplo a venda de acessos compartilhados. Sendo assim, ao exigir autenticação e associar as contas a uma residência específica, a Max amplia seu controle sobre os acessos e reduz as brechas para fraudes e pirataria.
Receita adicional e maior fidelização
A criação do “Membro Extra” não apenas compensa a perda de usuários compartilhados, mas também abre uma nova fonte de receita. Em conjunto a isso, os usuários que aderirem à conta extra poderão ser fidelizados por meio de recomendações personalizadas, notificações e uma experiência de usuário que seja mais fluida.
Há chances da Max repensar essa medida?
A medida de proibir o compartilhamento de senha, embora seja algo que é financeiramente interessante para a Max, pode gerar repercussões negativas entre os usuários. Isso deve acontecer em especial nos mercados que possuem um menor poder aquisitivo.
Sendo assim, o risco de se tornar uma plataforma que será vista pela sociedade como “menos acessível” pode ser responsável por afetar a imagem da empresa e levar a uma perda de competitividade diante de serviços que sejam gratuitos ou mais flexíveis.
Ajustes futuros e flexibilização das regras
Dependendo do feedback global e do impacto nas métricas de retenção e aquisição de usuários, a Max pode adotar uma postura mais flexível no futuro. Isso pode incluir, por exemplo, permitir o compartilhamento entre familiares com IPs distintos ou até mesmo introduzir pacotes familiares que sejam mais acessíveis.
Em paralelo, plataformas como por exemplo a Disney Plus também implementaram restrições. Por outro lado, elas ainda permitem a existência de múltiplos perfis e acessos em dispositivos diferentes, o que ajuda a manter a satisfação dos usuários. Dessa forma, Max poderá seguir esse exemplo e adaptar suas regras conforme o comportamento de seus assinantes.
Logo, a decisão da Max de começar a impedir o compartilhamento de senha é parte de uma tendência maior no mercado de streaming. Porém, seu sucesso dependerá de como a empresa gerencia a aceitação do público e a implementação global da medida.
Em última análise, com foco em monetização e maior controle de acessos, a Max busca consolidar seu modelo de negócio. No entanto, ela enfrentará desafios significativos à medida que essa nova política for expandida para outros países. Para os usuários, o momento é de adaptação e análise das novas opções disponíveis no serviço de streaming.
Quer continuar acompanhando as mudanças e novidades da Max? Fique ligado nas atualizações e descubra como aproveitar ao máximo sua assinatura mesmo com as novas regras. Não perca nenhuma novidade da Max!
