OpenAI tem sequência de importantes demissões. Entenda!

O mercado de trabalho não é para amadores. Não tá fácil para ninguém, nem mesmo para o criador do ChatGPT, Sam Altman. Isto é, recentemente o CEO da OpenAI – empresa de inteligência artificial responsável por diversas ferramentas – foi desligado da associação. No entanto, o que eles não esperavam é que isso iria impactar, significativamente, a rotina da empresa.

Após a decisão de desligar Sam, diversos funcionários se juntaram e ameaçaram pedir as contas, numa carta coletiva. Nesse sentido, a OpenAI passou por uma série de mudanças e desafios nos últimos meses, que culminaram em uma sequência de importantes demissões na empresa. Neste conteúdo, iremos mergulhar no assunto para entender um pouco do que motivou as demissões e o que podemos esperar para o futuro da empresa. Portanto, vamos seguir!

OpenAI?

Em suma, a OpenAI é uma empresa de pesquisa e implantação de inteligência artificial que tem como missão garantir que a inteligência artificial geral (IAG) beneficie toda a humanidade. A OpenAI desenvolve sistemas de IA avançados, como o ChatGPT, que podem gerar, editar e colaborar com os usuários em tarefas criativas e técnicas de escrita, como compor músicas, escrever roteiros ou aprender o estilo de escrita de um usuário.

A demissão de Sam Altman

Em novembro de 2023, a OpenAI demitiu o seu cofundador e CEO, Sam Altman, por supostas violações de confiança e comunicação . A decisão gerou uma grande revolta entre os funcionários e os investidores da OpenAI, que exigiram a sua reintegração e a renúncia dos diretores que tomaram a decisão.

Os motivos da demissão de Altman

  • Discordâncias sobre a velocidade e a segurança do desenvolvimento da IA: Altman era a favor de impulsionar o desenvolvimento e a monetização das ferramentas de inteligência artificial da OpenAI, como o ChatGPT, de forma mais agressiva, enquanto alguns membros do conselho, como o cientista-chefe Ilya Sutskever, queriam agir com mais cautela e responsabilidade, temendo os potenciais riscos e impactos sociais dos grandes modelos de IA.
  • Falta de transparência na comunicação com o conselho: Altman teria omitido ou distorcido algumas informações importantes sobre os projetos e os planos da OpenAI, gerando desconfiança e insatisfação entre os diretores. Por exemplo, ele teria escondido que a OpenAI estava trabalhando em um modelo de IA geral (IAG), chamado de Q*, que poderia ser capaz de superar a inteligência humana em todas as tarefas, mas também poderia representar uma ameaça existencial para a humanidade.
  • Pressão da Microsoft e de outros investidores: A Microsoft, que é a principal investidora e parceira da OpenAI, teria exercido uma forte influência sobre a empresa, exigindo mais retorno sobre o seu investimento e mais acesso aos modelos de IA da OpenAI, como o ChatGPT. Altman teria resistido a essas demandas, mas também teria negociado secretamente com a Microsoft para levar alguns executivos e funcionários da OpenAI para a gigante de tecnologia, o que gerou mais descontentamento entre o conselho.

GPT Builder

Além disso, a criação do GPT Builder também pode ter sido um fato decisivo para a demissão do CEO.

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Sam Altman é reintegrado a OpenAI. Imagem: DALL-E 3.

A reintegração de Altman

Tira caso e bota casaco… Após uma longa negociação, a OpenAI anunciou que chegou a um acordo para que Altman retornasse à empresa como CEO, sob a supervisão de um novo conselho administrativo. Altman e Brockman comemoraram o seu retorno à empresa com publicações na X, a plataforma anteriormente conhecida como Twitter, na manhã de quarta-feira, 29 de novembro. Altman disse que queria restaurar a confiança e a transparência na empresa, e manter o seu compromisso com a missão de criar uma inteligência artificial geral que beneficie toda a humanidade.

A demissão de mais de 100 funcionários

Mas as demissões na OpenAI não pararam por aí. Em dezembro de 2023, a OpenAI anunciou que estava dispensando mais de 100 funcionários, cerca de 20% da sua força de trabalho, por motivos de reestruturação e otimização. A empresa disse que estava focando nos seus projetos mais estratégicos e promissores, como o ChatGPT, o Codex e o DALL•E, e que estava oferecendo pacotes de indenização e recolocação para os funcionários afetados. A empresa também disse que estava contratando novos talentos para as áreas de pesquisa, engenharia e operações.

A reação dos funcionários e ex-funcionários

A decisão de cortar pessoal foi recebida com surpresa e tristeza por muitos funcionários e ex-funcionários da OpenAI, que expressaram as suas opiniões e sentimentos na X. Alguns disseram que a OpenAI estava perdendo a sua essência e a sua cultura, que eram baseadas na colaboração, na diversidade e na inovação. Outros disseram que a OpenAI estava se tornando mais burocrática, hierárquica e comercial, e que estava se afastando da sua missão original de criar uma inteligência artificial geral aberta e benéfica.

A justificativa da OpenAI

A OpenAI, por sua vez, afirmou que as demissões faziam parte de um processo natural e necessário de crescimento e adaptação. Porém, que a empresa continuava comprometida com os seus valores e a sua visão. A empresa também agradeceu aos funcionários que saíram pela sua contribuição e dedicação, e desejou-lhes sucesso nas suas novas jornadas.

Elon Musk e OpenAI

A posição de Musk em relação à OpenAI agora é de uma crítica e desconfiança. Elon Musk foi um dos cofundadores e financiadores da OpenAI em 2015. O empresário tinha a ideia de criar uma organização sem fins lucrativos e aberta, que pudesse desenvolver uma IA geral que beneficie toda a humanidade. Acima de tudo, a empresa não teria restrições de necessidade de gerar retorno financeiro. No entanto, ele deixou o conselho da OpenAI em 2018, por conflitos de interesse com a sua empresa Tesla, que também usa inteligência artificial.

Desde então, Musk tem expressado a sua insatisfação e preocupação com os rumos da OpenAI. Afinal, a empresa decidiu criar produtos comerciais de inteligência artificial, como o ChatGPT, o Codex e o DALL-E, e abandonar as suas raízes não-lucrativas. Aliás, ele tentou assumir o controle da OpenAI em 2020. Porém, acabou rejeitado pelos outros fundadores, Sam Altman e Greg Brockman, que preferiram manter a independência da empresa.

Musk acredita que a OpenAI está ficando para trás na disputa com o Google, que é o seu principal rival na área de IA. Além disso, ele acredita que a empresa não está levando a sério os riscos e os impactos sociais dos grandes modelos de IA. Afinal, eles podem se tornar perigosos e incontroláveis.

O futuro da OpenAI

Em resumo, essa foi a sequência de importantes demissões que a OpenAI teve nos últimos meses. Decerto, elas geraram muitas repercussões e questionamentos no mundo da inteligência artificial. A OpenAI é uma empresa fundamental e influente no campo da IA, e que enfrenta muitos desafios e incertezas no seu caminho. O que podemos esperar para o futuro da OpenAI, então, é que a empresa continue a desenvolver e aprimorar os seus sistemas de IA. Nesse sentido, buscando criar uma IA avançada e segura, que tenha um impacto positivo na sociedade. Isto é, ajudando a resolver problemas em áreas como saúde, meio ambiente, educação e muito mais.

Sobretudo, a OpenAI também deve continuar a oferecer os seus serviços e produtos de IA para os seus clientes e parceiros. Assim, beneficiando empresas como a Microsoft, o GitHub, o Power BI e o Microsoft Designer. Além disso, a OpenAI deve enfrentar os riscos e os impactos sociais dos grandes modelos de IA. A competição com outras empresas e organizações de pesquisa em IA, como o Google, a Facebook, a Amazon e a Neuralink também é preocupante.

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