Roberto Justus e sua família se tornaram alvos de um ataque cruel na internet que gerou revolta, preocupação e, sobretudo, discussões sobre os limites da liberdade de expressão e da convivência nas redes sociais.
Em outras palavras, o empresário, sua esposa Ana Paula Siebert e a filha do casal, Vicky, de apenas cinco anos, foram duramente atacados após a publicação de uma simples foto em família. Sendo assim, a postagem, que deveria ser um momento de celebração e carinho, foi o estopim para uma série de ameaças e discursos de ódio que escalaram de forma alarmante.
Logo, neste conteúdo, entenderemos o ataque que Roberto Justus e sua família sofreram na internet e também exploraremos o que eles fizeram em relação a eles. Além disso, iremos pensar sobre o contexto do aumento dos ataques online a pessoas públicas , bem como listar possíveis consequências para as pessoas que atacaram o empresário e seus familiares. Por fim, elencaremos algumas lições a serem aprendidas com esse contexto.
Entenda o ataque que Roberto Justus e sua família sofreram na internet
O que era apenas um álbum de fotos em família virou um verdadeiro tormento para Ana Paula Siebert e Roberto Justus. Em tal sentido, tudo começou quando Ana Paula compartilhou nas redes sociais uma imagem ao lado do marido e da filha, Vicky.
A criança, na fotografia, estava segurando uma bolsa de grife que está avaliada em aproximadamente 14 mil reais. Segundo a própria influenciadora, a intenção era apenas registrar um momento bonito em família.
Contudo, a exposição do item de luxo nas mãos da criança rapidamente virou motivo de críticas. Em um momento inicial, internautas acusaram o casal de ostentação e falta de noção diante da realidade do Brasil.
Na sequência, o que já seria considerado um julgamento infeliz tomou contornos ainda mais graves quando indivíduos como por exemplo um professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e uma psicóloga foram além, proferindo discursos extremos nas redes sociais.
Declarações inaceitáveis
Os dois profissionais, em comentários públicos, afirmaram que a criança “deveria ser morta”. Sendo assim, a fala, que configura crime de ameaça e incitação à violência, gerou enorme indignação.
Com isso, diversos perfis começaram a repercutir o caso, dividindo a internet entre os que criticavam a exposição do luxo e os que condenavam as declarações absurdas. Ou seja, a gravidade da situação despertou a atenção da mídia e mobilizou defensores dos direitos das crianças, juristas e psicólogos, que reforçaram a urgência de combater esse tipo de violência verbal nas redes.
O que Roberto Justus e sua família fizeram em relação aos ataques?
Com a escalada dos ataques e do nível de ameaça direcionado à filha pequena, Roberto Justus e Ana Paula Siebert decidiram agir. Desse modo, na noite do último domingo, 6 de julho de 2025, o casal publicou um vídeo nas redes sociais explicando a situação e anunciando as medidas que estavam tomando.
Segundo Justus, a situação ultrapassou todos os limites do razoável e do aceitável. Em paralelo, ele afirmou que não permitirá que sua filha seja alvo de tamanha crueldade e que já acionou seus advogados com o intuito de processar todas as pessoas responsáveis pelos comentários violentos.
Medidas jurídicas
No vídeo, Ana Paula e Justus deixam claro que já estão colhendo provas, registrando boletins de ocorrência e solicitando a identificação dos autores dos ataques, inclusive com a ajuda da Polícia Civil e do Ministério Público.
Adicionalmente, os advogados da família também estão preparando representações judiciais contra os indivíduos que fizeram os comentários mais agressivos. Em conjunto a isso, a defesa estuda entrar com ações por danos morais e incitação ao crime, que podem resultar em multas pesadas e até mesmo prisão para os envolvidos.
O contexto do aumento dos ataques a pessoas públicas como Roberto Justus e sua família na internet
O fenômeno do linchamento virtual
O caso de Roberto Justus e sua família está longe de ser isolado. Em outras palavras, nos últimos anos, personalidades públicas, artistas, influenciadores digitais e até mesmo crianças passaram a ser alvos constantes de linchamentos virtuais.
Tal tipo de comportamento envolve ataques em massa, propagação de discursos de ódio e ameaças que extrapolam o debate saudável. Com isso, a internet, que deveria ser um espaço de troca de ideias e informação, muitas vezes se transforma em terreno fértil para comportamentos tóxicos e violentos. Ou seja, é como se não houvesse consequências para quem escreve atrás de uma tela.
Anonimato e impunidade: os combustíveis do ódio
O anonimato que as redes sociais oferecem e a morosidade na responsabilização legal dos agressores virtuais contribuem para a escalada desse tipo de comportamento. Dessa forma, muitos usuários acreditam que podem escrever o que quiserem sem serem punidos, o que estimula discursos cada vez mais extremos e violentos.
Apesar disso, a naturalização desse comportamento é preocupante, e casos como por exemplo o de Roberto Justus revelam como é urgente repensar os limites da liberdade de expressão e a necessidade de legislação mais eficaz.
Possíveis consequências para as pessoas que atacaram Roberto Justus e sua família
Crime previsto em lei
As declarações que foram feitas contra Vicky, a filha de Roberto Justus, podem configurar diversos crimes que estão previstos no Código Penal Brasileiro. Entre eles, estão incluúdos:
- Ameaça (art. 147): pena de detenção de um a seis meses, ou multa;
- Incitação ao crime (art. 286): pena de três a seis meses de detenção, ou multa;
- Injúria (art. 140): pena de um a seis meses de detenção, ou multa;
- Discriminação e preconceito (Lei 7.716/1989), em casos de falas que envolvam elementos discriminatórios.
Sendo assim, a depender da interpretação do Judiciário, e caso se comprove que houve intenção deliberada de incitar violência contra uma criança, todas as penas listadas acima podem ser agravadas.
Juntamente com isso, o fato de alguns dos comentários partirem de profissionais com cargos públicos ou registros em conselhos (como por exemplo psicólogos ou professores) pode implicar em processos disciplinares e perda de licenças para atuar.
Responsabilização civil
Além da esfera criminal, quem fez os comentários poderá enfrentar ações cíveis por danos morais. Em tal sentido, considerando o contexto, a exposição pública do caso e a repercussão nacional, os valores das indenizações podem ser bastante expressivos.
Com tudo isso exposto, advogados especializados estimam que possíveis multas a serem aplicadas aos autores dos ataques poderão ser de valores que vão de dezenas a centenas de milhares de reais.

Lições a aprender com os ataques que Roberto Justus e sua família enfrentaram
A importância da responsabilidade no uso das redes sociais
O episódio que envolve Roberto Justus e sua família escancara a necessidade urgente de promover a responsabilidade digital. Em outras palavras, a internet não pode ser um ambiente sem regras. Os comentários importam e podem ferir, especialmente quando direcionados a crianças, que devem ser protegidas em qualquer circunstância.
Paralelamente, é necessário rever a ideia de que figuras públicas estão “à disposição” para todo tipo de julgamento. Ou seja, a crítica construtiva e o debate são saudáveis, mas ultrapassar os limites da civilidade e da legalidade é algo inaceitável.
Como proteger nossas crianças do ambiente digital hostil
O caso também levanta um debate sobre como expor crianças nas redes sociais. Mesmo que a intenção dos pais seja positiva, a repercussão pode ser imprevisível. Dessa maneira, isso exige cautela, reflexão e preparo com o intuito de lidar com os eventuais desdobramentos.
Assim, especialistas recomendam que os pais considerem os riscos antes de compartilhar imagens dos filhos, sobretudo em contextos que podem gerar reações enviesadas, como ostentação de itens caros, por exemplo.
Legislação precisa acompanhar os tempos digitais
Por último, é urgente que o ordenamento jurídico brasileiro avance na proteção contra crimes digitais. Embora já existam leis que tipificam crimes como ameaça e difamação, a aplicação ainda é lenta e nem sempre eficaz. Casos como o de Roberto Justus podem acelerar o debate sobre endurecimento de penas e maior atuação das plataformas na moderação de conteúdo.
Como usuários comuns podem se proteger de ataques virtuais?
- Não compartilhe dados pessoais em excesso: quanto menos informações são públicas, menor a exposição;
- Registre todas as provas: print screens, links e datas são conteúdos essenciais para processos judiciais;
- Acione a justiça imediatamente: nunca ignore ameaças. Isso se deve ao fato de que o silêncio apenas encoraja os agressores;
- Denuncie nas plataformas: Facebook, Instagram, X (antigo Twitter) e TikTok e outras redes sociais possuem mecanismos para reportar abusos.
Em última análise, Roberto Justus e sua família se tornaram símbolos de uma luta urgente contra a violência digital. O episódio levanta um alerta sobre a gravidade do ódio nas redes, os riscos da exposição excessiva e também a importância de se estabelecer limites e leis que sejam mais rígidas nesse ambiente. Proteger nossas crianças e zelar pelo respeito online deve ser uma prioridade para todos.
Quer acompanhar desdobramentos e saber como se proteger no ambiente virtual? Continue informado com tudo sobre o caso Roberto Justus e outros temas do contexto digital.