Sam Altman, CEO da OpenAI, pretende aumentar a expectativa da vida humana

Com a melhora das condições de medicina e de vida, os seres humanos buscam cada vez mais aumentar a longevidade de suas vidas. É inevitável que em um mundo com tecnologias que se desenvolvem dia a dia, não tenham pessoas relacionadas ao mundo digital que investem nessa busca, como é o caso de Sam Altman, CEO da OpenAI e criador do ChatGPT, que investiu US$180 milhões na startup Retro Biosciences

A empreitada, iniciada em 2021, busca reprogramar o corpo humano, com o objetivo de adicionar dez anos saudáveis à expectativa de vida das pessoas. Essa meta vai ao encontro da visão futurista de Altman. 

Todo o conceito da startup se dá em testar maneiras de alcançar esse propósito, realizando apostas até encontrar um meio de satisfazê-lo. Para isso, ela é norteada por três técnicas anti-envelhecimento: autofagia, reprogramação celular e terapia plasmática.

imagem ilustrativa aumento da expectativa de vida pela pesquisa de Sam Altman
Retro Biosciences: a ousada startup de Sam Altman que busca um anti-envelhecimento saudável. | Foto: Freepik.

Quem é Sam Altman?

Sam Altman é um dos grandes nomes do cenário tecnológico global, sendo conhecido por sua visão intrépida e seu comprometimento com a inovação e o desenvolvimento. Ele nasceu em Chicago, estado de Illinois, em 22 de abril de 1985. Desde sua infância, ele já demonstrava interesse e paixão pela tecnologia e pelo empreendedorismo. 

Seguindo um caminho que lhe parecia natural, ele frequentou o curso de Ciência da Computação na Universidade de Stanford, na Califórnia. Durante os anos iniciais da graduação, Altman fundou, com dois amigos, a startup Loopt, uma rede social baseada em localização. Mas os jovens abandonaram a faculdade para se dedicar em tempo integral ao aplicativo, que foi vendido à Green Dot Corporation em 2012.

Com o sucesso do projeto, Altman atraiu a atenção do mundo da tecnologia, continuando sua trajetória como empreendedor e investidor. Então, em 2014 assumiu o cargo de presidente da Y Combinator, uma renomada aceleradora de startups sediada no Vale do Silício, que se consolidou ainda mais no ramo sob o comando do bilionário, tendo como cases de sucesso notáveis a Airbnb, a Instacart, o DoorDash, o Reddit e a Twitch. Mas ele deixou a função em 2019 para se tornar CEO da OpenAi, apesar de continuar como chairman da consultora.

Inclusive, em 2015, ele foi um dos fundadores do projeto sem fins lucrativos que buscava desenvolver a inteligência artificial para beneficiar a humanidade, juntamente com o conhecido Elon Musk. Com o passar do tempo, o dono da Tesla saiu do projeto por divergências com Altman, que precisou criar uma empresa com “lucro limitado” para financiar o desenvolvimento feito pela organização. 

No controle da nova empreitada estaria o mesmo conselho que puxava a organização sem fins lucrativos.  A partir disso, ele foi buscar o apoio da Microsoft, com seus investimentos bilionários. Com um aporte tão expressivo, os trabalhos da OpenAI se desenvolveram e foram possíveis os lançamentos do DALL-E e do ChatGPT, duas inteligências artificiais de grande destaque nos dias atuais por sua eficácia e qualidade.

Como está o andamento da startup e quem contribui com Sam Altman nela

Apesar da alta expectativa que uma empresa novata comandada por Sam Altman gera, a Retro Biosciences, atualmente, é apontada como tendo um espírito puramente presente no Vale do Silício, com sua sede sendo um escritório semelhante a um armazém e seus laboratórios sendo um conjunto de contêineres. 

A ousada meta da startup de estender a vida humana em até dez anos, de forma saudável, atraiu a atenção de investidores e especialistas do setor da saúde. Na parte financeira, a empresa recebe investimentos significativos de uma gama diversa de fontes, como: capital de risco, fundações filantrópicas e instituições acadêmicas. Já na questão de mão de obra, a Retro Biosciences atraiu alguns dos principais especialistas em biotecnologia e inteligência artificial do mundo. 

A equipe é formada por cientistas de dados, biólogos moleculares, engenheiros genéticos e especialistas em aprendizado de máquina. Como nome de destaque entre os peritos, temos Joe Betts-LaCroix.

Joe é cientista, biofísico e considerado gênio da computação. Foi treinado em Harvard, MIT e Caltech e é conhecido por ter desenvolvido o menor computador pessoal do mundo. Ele também possui uma organização sem fins lucrativos denominada Health Extension Foundation, sendo considerado por isso um promotor de longa data do processo científico e da biologia aprofundada por trás do aumento da longevidade humana

Os métodos que a Retro Biosciences tem testado

A startup utiliza uma abordagem multidisciplinar para tentar alcançar sua missão, investindo em pesquisas avançadas e desenvolvimento de tecnologias inovadoras para tal, incluindo o uso de inteligência artificial no processo. As principais apostas da empresa para tentar conseguir aumentar a longevidade humana são: autofagia, reprogramação celular e terapia plasmática.

No caso da autofagia, a Retro Biosciences busca criar uma pílula que recicla células. Dentre os três métodos, a autofagia seria capaz de conseguir uma solução mais rápida para o envelhecimento. Isto se deve ao fato de existirem no mercado outros medicamentos do tipo, que são usados para transplantes renais e contra a diabetes.

Já a reprogramação celular tem como foco fazer com que células velhas fiquem jovens novamente, usando os quatro fatores Yamanaka (descobertos em pesquisa sobre células-tronco do japonês Shinya Yamanaka). Para isso, a startup faz pesquisas a partir do extrato de células dos ouvidos ou das articulações do joelho de voluntários, para que rejuvenesçam e se tornem eficazes contra a perda auditiva ou da mobilidade articular relacionada à idade, respectivamente.

Por fim, a terapia plasmática é considerada a mais promissora, pois já teve testes bem-sucedidos em camundongos. Neles, foi diluído o plasma do sangue com uma solução salina e essa mistura foi injetada em roedores de idade avançada. Como resultado, houve melhora da saúde muscular e hepática, redução na inflamação e estímulo à formação de células cerebrais, áreas afetadas pelo avanço da idade. Os cientistas buscam agora descobrir se a técnica é efetiva em organismos humanos.

imagem ilustrativa pesquisa de Sam Altman pelo aumento da expectativa de vida
A startup de Sam Altman aposta em três caminhos na pesquisa anti-envelhecimento. | Foto: Freepik.

Os impactos da empresa de Sam Altman caso obtenha sucesso

Considerando que a Retro Biosciences busca proporcionar longevidade humana a seus consumidores, caso suas iniciativas obtenham sucesso, seus impactos podem ser profundos e transformadores. Isto se deve ao fato de que a startup busca concretizar essa realidade em situação saudável, ou seja, não é apenas viver, mas sim conseguir essa prolongação tendo boas condições de vida. 

Apesar de todo esse contexto positivo, um possível sucesso da empresa pode levantar discussões importantes sobre ética, disparidade no acesso aos cuidados de saúde e também os efeitos que serão causados na sociedade a longo prazo, considerando que uma parte da população será mais longeva. O empreendimento deverá conseguir resolver essas questões, a fim de garantir que os avanços da pesquisa beneficiem a todos.

Explanados os benefícios e possíveis dúvidas acerca da Retro Biosciences, podemos concluir que a startup de Sam Altman é ousada e pode ser algo marcante na existência da espécie humana, em caso de sucesso. 

Vários outros grandes nomes do mercado empreendedor também começam a olhar para esse nicho da startup de Sam Altman e, com isso, podemos ver uma tendência para o assunto da longevidade humana. Uma coisa é certa, quem vencer esta corrida, terá um empreendimento de muita lucratividade e colocará seu nome nos livros de história.

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